INFORMAÇÃO INTERNACIONAL - Departamento de Prospectiva e ...
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Espanha: Infra-estruturas <strong>de</strong> Transporte e Mo<strong>de</strong>lo Territorial<br />
• no contexto peninsular, a reafirmação do papel centrípeto <strong>de</strong> Madrid, acentuando-lhe<br />
a vocação para Centro peninsular é clara. A instalação <strong>de</strong> uma Plataforma Logística<br />
com as dimensões do Porto Seco em Barajas-Coslada, qual fecho <strong>de</strong> abóbada,<br />
<strong>de</strong>termina que, pelo menos, o litoral ibérico passa a constituir um conjunto <strong>de</strong> lugares<br />
com uma proprieda<strong>de</strong> comum: a <strong>de</strong>pendência, mais ou menos directa, relativamente<br />
ao Centro, a Madrid;<br />
• noutra vertente, o aeroporto <strong>de</strong> Barajas (Madrid), com movimentos <strong>de</strong> passageiros em<br />
acelerada subida, vai criando as necessárias condições para se po<strong>de</strong>r tornar na<br />
gran<strong>de</strong> placa giratória da e para a América Latina, fi<strong>de</strong>lizando os tráfegos já existentes<br />
e acrescentando-lhe outros, por ganho <strong>de</strong> novas quotas <strong>de</strong> mercado;<br />
• quanto ao aeroporto <strong>de</strong> El Prat, em Barcelona, o papel que lhe <strong>de</strong>stinam é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />
Hub quer para o Sul europeu quer para o Magreb;<br />
• com este objectivo atingido até finais <strong>de</strong> 2010, os restantes aeroportos ibéricos<br />
passariam, em termos do longo curso, a “alternantes” daqueles dois, porquanto viriam<br />
a ser estes a concentrar os gran<strong>de</strong>s tráfegos que aí se fraccionarão para <strong>de</strong>pois<br />
irradiarem em estrela, pelo AVE, por avião, ou por rodovia, aos mais diversos lugares<br />
da Península, do Norte <strong>de</strong> África e até doutros lugares do continente;<br />
• reforço do papel da Catalunha, e com especial ênfase para Barcelona, não parece<br />
prefigurar o <strong>de</strong>slize do centro <strong>de</strong> gravida<strong>de</strong> espanhol (MAPA 8), mas antes<br />
materializar a partilha na construção <strong>de</strong> uma arquitectura, assente em fortes e<br />
po<strong>de</strong>rosos pilares que reúnem, e em complementarida<strong>de</strong>, as melhores condições<br />
para suportar, com êxito, o quadrilátero industrial, núcleo vital do tecido produtivo <strong>de</strong><br />
Espanha, cujo lado cimeiro se esten<strong>de</strong> do vértice mediterrâneo, incorporando o Vale<br />
do Ebro, até ao vértice atlântico (Bilbau), numa aposta forte <strong>de</strong> candidatura a entrada<br />
atlântica europeia. Por outro lado, a nível nacional e regional as complementarida<strong>de</strong>s<br />
infra-estruturais necessárias a essa candidatura e materializadas também em outros<br />
portos do Norte <strong>de</strong> Espanha (da Galiza ao País Basco), vão-se <strong>de</strong>senvolvendo numa<br />
ascen<strong>de</strong>nte operacionalida<strong>de</strong>, acelerando já a médio prazo o <strong>de</strong>svio <strong>de</strong> uma procura<br />
aos portos portugueses, que embora fraca em termos relativos ainda mantém alguma<br />
dimensão;<br />
• em consequência, os portos <strong>de</strong> Espanha, para além dos 4 principais referidos, vão<br />
criando condições em termos peninsulares e europeus para se passarem a colocar<br />
como lugares incontornáveis <strong>de</strong> transhipment e <strong>de</strong> interfaces num futuro<br />
<strong>de</strong>senvolvimento do Transporte Marítimo <strong>de</strong> Curta Distância (TMCD), intra-europeu;<br />
• nitidamente se configura o objectivo <strong>de</strong> uma reestruturação espacial, <strong>de</strong>mográfica e<br />
produtiva, procurando fixar populações, num repovoamento territorial redutor das<br />
gran<strong>de</strong>s assimetrias existentes, causadas pelas migrações internas;<br />
• também releva da estratégia espanhola quanto à estruturação espacial em curso, que<br />
a Fachada Oci<strong>de</strong>ntal da Península se não reveste, para já, <strong>de</strong> primordial importância,<br />
exceptuando algumas conexões que auxiliam a recuperação <strong>de</strong> zonas periféricas<br />
fronteiriças e/ou lhe facilitam a penetração no mercado português;<br />
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