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Irlanda − Crescimento Económico e Factores de Sucesso
Uma característica fundamental do crescimento económico conseguido nos anos recentes
foi seu impacto acentuado no mercado de trabalho. No período de 1994 a 1998, o PNB
expandiu-se a uma média anual de quase 8%, levando a um correspondente aumento anual
do emprego de 4,6%. Este crescimento foi suficiente para acomodar os novos trabalhadores
(nova população activa) e muitos desempregados tendo-se verificado, em consequência,
uma redução da taxa de desemprego.
Um dos mais significativos desafios da política económica consiste em enfrentar a
contracção do mercado de trabalho. As necessidade de mão-de-obra começaram já a
emergir nalguns sectores, embora o número de indivíduos em idade de trabalhar tenha
aumentando rapidamente. Nos anos mais próximos, a taxa de crescimento natural do
mercado de trabalho deverá abrandar consideravelmente.
Previsões efectuadas sugerem que PNB poderá registar uma taxa de crescimento média
anual de 5% entre 2000 e 2005. Esta taxa de crescimento fica consideravelmente abaixo
das taxas conseguidas em anos recentes, compreendendo um crescimento de 3% para a
produtividade e de 2% no emprego. Projecções elaboradas sobre a evolução da mão de
obra, indiciam que o aumento natural na população será somente capaz de fornecer,
aproximadamente, metade da procura de mão-de-obra gerada pelos diferentes sectores da
economia. Em consequência, o diferencial terá de ser preenchido com aumentos contínuos
da taxa de participação, integração dos desempregados no mercado de trabalho e aumento
da imigração líquida.
Com efeito, uma vez que a economia caminha no sentido de atingir a sua taxa de
desemprego natural, a oferta interna de trabalhadores terá que ser complementada com
fontes externas, a fim sustentar o crescimento. A imigração de trabalhadores tem sido
relativamente pequena, mas tem crescido de forma cada vez mais significativa. Por
exemplo, entre 1994 e o primeiro trimestre de 1999, deverão ter chegado à Irlanda uma
média anual de 39.000 imigrantes. Torna-se evidente que, com vários sectores da economia
a declarar falta de trabalhadores, a escassez de mão-de-obra emerge como uma limitação
potencial ao crescimento futuro e a importância da imigração continuará a aumentar para
recurso a trabalhadores novos e qualificados. Face a esta situação, é importante que uma
política transparente e bem estruturada seja levada a cabo de forma a permitir que o
processo do imigração contribua para o desenvolvimento económico.
Assim, o abrandamento no crescimento natural da população activa não irá constituir uma
limitação ao crescimento económico futuro, desde que acções adequadas sejam tomadas,
nomeadamente:
• aumento da participação feminina; incentivo a uma maior participação dos
desempregados de longa duração (com mais de 55 anos) e provisão adequada no
que se refere imigração de trabalhadores qualificados;
• melhoria da produtividade daqueles já fazem parte do mercado de trabalho através de
programas de instrução e formação profissional (incluindo formação profissional
dentro da empresa), estímulo ao investimento em capital no sector empresarial e
melhoria da eficiência.
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