INFORMAÇÃO INTERNACIONAL - Departamento de Prospectiva e ...
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Informação Internacional<br />
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• em primeiro lugar, há muito que <strong>de</strong>ntro da União Europeia, tal como na CEE a que<br />
a<strong>de</strong>riu em 1986, não existem aliados permanentes, mas interesses comuns<br />
consoante os assuntos em discussão e que variam caso a caso;<br />
• em segundo lugar, e <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sempre, Espanha tem vindo a encabeçar as<br />
reivindicações dos países do Sul, para quem o alargamento a Leste constitui uma<br />
ameaça <strong>de</strong> redução na canalização <strong>de</strong> Fundos, assumindo-se nitidamente como<br />
lea<strong>de</strong>r <strong>de</strong> uma “frente” mediterrânea, embora não <strong>de</strong>scurando, antes pelo contrário, a<br />
sua situação <strong>de</strong> parceiro comercial e cultural privilegiado dos países latino americanos<br />
e do Magreb (Nonon);<br />
• embora com priorida<strong>de</strong>s claramente hierarquizadas na localização das infraestruturas<br />
no espaço territorial, Espanha revela uma perspectiva abrangente, e<br />
simultaneamente integradora, da multiplicida<strong>de</strong> das referências geográficas e<br />
económicas a que o território e a economia se terão <strong>de</strong> reportar num previsível<br />
horizonte <strong>de</strong> 20 a 30 anos;<br />
• a “aproximação” à "Banana Europeia", espaço <strong>de</strong> acumulação das activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> alto<br />
valor acrescentado, constitui uma das gran<strong>de</strong>s priorida<strong>de</strong>s da infra-estruturação<br />
territorial. Isto é: uma “translação” segundo o eixo Poente-Levante, na procura <strong>de</strong> uma<br />
“entrada” na vizinhança dos centros nevrálgicos europeus, acumulados ao longo<br />
daquela “banana”, “puxando-a” para Oeste e para o Mediterrâneo, <strong>de</strong> que a aposta<br />
nos portos do Sul, com claro relevo em Barcelona, Valencia e Algeciras constitui a<br />
expressão acabada da captação das Rotas do Suez e provenientes do Oriente;<br />
• consi<strong>de</strong>rando ainda as orientações Comunitárias, contidas no <strong>de</strong>signado Livro Ver<strong>de</strong>,<br />
no que respeita à eliminação das ajudas estatais aos portos, bem como uma nova<br />
filosofia tarifária que virá a remeter os custos <strong>de</strong>stas infra-estruturas para as<br />
operações ao utilizador, a posição sobre tal matéria das Autorida<strong>de</strong>s Portuárias é <strong>de</strong><br />
concordância. De facto, o Governo Central há muito que <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> envolver o<br />
Orçamento <strong>de</strong> Estado no investimento portuário e as infra-estruturas estão, no<br />
essencial, construídas. Assim, quando tais orientações se transformarem em<br />
Directivas (e po<strong>de</strong>rão sê-lo num período mais curto que o da construção <strong>de</strong><br />
instalações terrestres e marítimas <strong>de</strong> longa duração) não haverá que fazer repercutir<br />
esses custos aos clientes, o que se reflectirá no tarifário, mais baixo e, portanto,<br />
altamente concorrencial com os restantes portos peninsulares;<br />
• em simultâneo, a qualida<strong>de</strong> da “oferta” do território ao investimento estrangeiro,<br />
suporta e complementa essa “aproximação” aos gran<strong>de</strong>s centros <strong>de</strong> produção, <strong>de</strong><br />
investigação científica e tecnológica e, por consequência, aos gran<strong>de</strong>s centros <strong>de</strong><br />
consumo;<br />
• no plano estritamente doméstico, perfila-se com niti<strong>de</strong>z que todo o esforço na<br />
construção e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> infra-estruturas se dirige para uma preparação<br />
acelerada, contínua e coerente das populações, do território e da base económica<br />
interna para a plena imersão nos contextos, sempre fluidos, que se avizinham em<br />
horizontes tangíveis no primeiro quartel do próximo século;