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INFORMAÇÃO INTERNACIONAL - Departamento de Prospectiva e ...

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União Europeia: e se tudo corresse bem?<br />

escalonada no tempo, das ajudas directas aos agricultores da Europa Oci<strong>de</strong>ntal) e o<br />

co-financiamento (ou seja, o envolvimento dos Governos nacionais em proporção<br />

crescente no financiamento dos apoios da nova PAC aos seus agricultores, o qual<br />

atingiria os 50% em 2010).<br />

Depois <strong>de</strong> acesas discussões, a resistência da França acabou por ser vencida e foi<br />

adoptada uma reforma que na prática correspondia à renacionalização parcial da PAC, ou<br />

seja, daquela que fora a política comum emblemática da Comunida<strong>de</strong> Económica Europeia<br />

(CEE). No seguimento <strong>de</strong>sta reforma, o orçamento comunitário pô<strong>de</strong> manter-se no limiar<br />

dos 1,27% do PIB da União, tal como fora acordado em Edimburgo em 1992.<br />

Um espaço <strong>de</strong> segurança interna numa Europa alargada<br />

Na primeira meta<strong>de</strong> da década, assistiu-se a gran<strong>de</strong>s avanços na <strong>de</strong>finição e<br />

implementação <strong>de</strong> uma política comum nas áreas do direito <strong>de</strong> asilo, imigração ilegal e<br />

combate à criminalida<strong>de</strong>:<br />

• em relação ao direito <strong>de</strong> asilo (e após ter sido possível ultrapassar resistências da<br />

França), acabou por ser aprovado um regime comum, englobando a <strong>de</strong>finição da<br />

figura do candidato ao asilo, dos seus direitos e dos standards mínimos no seu<br />

tratamento pelos Estados-membros;<br />

• adicionalmente, a União <strong>de</strong>finiu um regime comum relativo à concessão <strong>de</strong> visas e <strong>de</strong><br />

autorizações <strong>de</strong> residência e trabalho, ao mesmo tempo que os Estados-membros<br />

aproximaram as suas legislações no que concerne à concessão <strong>de</strong> cidadania;<br />

• a União, aquando da <strong>de</strong>finição, em 2004, do “pacote” <strong>de</strong> medidas relativas à reforma<br />

dos sistemas <strong>de</strong> pensões, <strong>de</strong>cidiu implementar uma política selectiva <strong>de</strong> imigração,<br />

<strong>de</strong>stinada a colmatar os défices <strong>de</strong> activos qualificados em certas áreas, mediante o<br />

estabelecimento <strong>de</strong> quotas a nível da UE (divididas posteriormente pelos Estadosmembros);<br />

• em relação ao combate à imigração ilegal, a UE manteve, por um lado, generosos<br />

programas <strong>de</strong> apoio à estabilização política e ao <strong>de</strong>senvolvimento económico dos<br />

países situados nas suas periferias mais directas (África do Norte, Médio Oriente e<br />

Cáucaso, bem como Ucrânia e Moldávia) através da execução <strong>de</strong> Acordos <strong>de</strong><br />

Parceria que obrigavam os Estados signatários a respeitar os standards <strong>de</strong>finidos<br />

pela UE quanto a direitos humanos, funcionamento da <strong>de</strong>mocracia, etc.; e, por outro,<br />

passou a apoiar financeiramente os Estados-membros situados nas suas fronteiras<br />

leste e sul no exercício do controlo <strong>de</strong>ssas mesmas fronteiras (foi mesmo criada uma<br />

Guarda Europeia <strong>de</strong> Fronteiras e, como uma das cooperações reforçadas, está em<br />

curso, no Mediterrâneo, a formação <strong>de</strong> uma Guarda Costeira);<br />

• relativamente ao combate à criminalida<strong>de</strong>, a Europol transformou-se numa importante<br />

instituição da União, passando também a incorporar o Eurojust (criado em Tampere);<br />

• em relação à cooperação judicial foram também dados vários passos significativos,<br />

nomeadamente nos casos que atravessam várias jurisdições nacionais.<br />

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