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INFORMAÇÃO INTERNACIONAL - Departamento de Prospectiva e ...

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Espanha: Infra-estruturas <strong>de</strong> Transporte e Mo<strong>de</strong>lo Territorial<br />

corredores ibéricos, sendo o trajecto inverso efectuado nos mesmos dias. As chegadas<br />

processam-se à 5ª, 6ª e Domingo. Gozam estas composições ainda da particularida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

po<strong>de</strong>rem beneficiar <strong>de</strong> enlaces com outras composições da Re<strong>de</strong> TEM, já em pleno<br />

funcionamento em Espanha 49 .<br />

As composições que circulam são homogéneas, integradas por vagões <strong>de</strong> uso polivalente<br />

para diferentes classes <strong>de</strong> mercadorias, com processos que facilitam cargas e <strong>de</strong>scargas,<br />

garantindo alta fiabilida<strong>de</strong>, entregas porta-a-porta, preços competitivos e cadência <strong>de</strong><br />

transporte assegurada e resultam <strong>de</strong> uma associação entre CP Carga e Cargas RENFE,<br />

tornando operacional um corredor Espanha-Portugal-Espanha como parte integrante da<br />

Nova Re<strong>de</strong> Europeia CEMI/TEMI (Comboios Expressos <strong>de</strong> Mercadorias<br />

Internacionais/Trenes Expresos <strong>de</strong> Mercancias Internacionales, com o objectivo <strong>de</strong> oferecer<br />

ao mercado uma nova possibilida<strong>de</strong> no transporte <strong>de</strong> mercadorias na modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> carga<br />

completa, entre ambos os países ibéricos.<br />

Os principais clientes <strong>de</strong>ste novo serviço ferroviário são preferencialmente pequenas e<br />

médias empresas ibéricas, quer sejam fabricantes, distribuidoras ou consumidoras <strong>de</strong><br />

produtos <strong>de</strong> elevado consumo mas não perecíveis, como conservas, celuloses, ferramentas,<br />

papel, electrodomésticos, têxteis, vestuário, bebidas, etc. e <strong>de</strong>verão ser paletizadas ou com<br />

possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> manipulação mecânica, a fim <strong>de</strong> os tempos <strong>de</strong> carga e <strong>de</strong>scarga serem<br />

bastante reduzidos, assim como as operações <strong>de</strong> armazenagem e distribuição.<br />

Na vertente da Alta Velocida<strong>de</strong>, as ligações a Portugal, à data da elaboração do presente<br />

texto encontravam-se em estudo, no seio <strong>de</strong> uma comissão conjunta, encarregada da<br />

criação <strong>de</strong> um Agrupamento Europeu <strong>de</strong> Investimento Económico (AEIE) <strong>de</strong>stinado ao<br />

<strong>de</strong>senvolvimento da conexão, em Alta Velocida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> ambos os países. Assim o traçado, o<br />

percurso que será estruturante para as regiões que atravessar (don<strong>de</strong> algumas tentativas <strong>de</strong><br />

pressão por parte <strong>de</strong> Comunida<strong>de</strong>s Autónomas e/ou províncias, possíveis candidatas ao<br />

atravessamento), os impactos ambientais, o perfil da procura, a avaliação sócioeconomica,<br />

a estrutura dos futuros financiamentos para posterior apresentação na UE, constituem as<br />

áreas em análise para <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> ambos os governos centrais peninsulares.<br />

Os interesses autárcicos espanhóis, nomeadamente <strong>de</strong> Badajoz, não sendo<br />

necessariamente coinci<strong>de</strong>ntes com os <strong>de</strong> outras regiões, acabaram por prevalecer por<br />

opção do governo central tendo em linha <strong>de</strong> conta a estruturação territorial que tal infraestrutura<br />

provocará (conexão das 2 Re<strong>de</strong>s mais a Sul, junto a Cáceres e Mérida).<br />

A harmonização com a restante Re<strong>de</strong> europeia, que a Espanha efectuou recentemente,<br />

configura um passo indispensável para as ligações ibéricas por ferrovia à restante Europa e<br />

muito particularmente da faixa oci<strong>de</strong>ntal da Península.<br />

3. CONCLUSÕES – UMA LEITURA DA ESTRATÉGIA TERRITORIAL DE ESPANHA NO<br />

ESPAÇO EUROPEU<br />

Dos elementos recolhidos, infere-se que no processo global da liberalização do Comércio<br />

Internacional, a estratégia espanhola nos contextos mundial, do EEE, da UE a 15, da<br />

Península Ibérica e ainda da inserção, geograficamente privilegiada, numa zona <strong>de</strong><br />

Comércio Livre da União Europeia com o Magreb, obe<strong>de</strong>ce às seguintes linhas <strong>de</strong> força:<br />

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