INFORMAÇÃO INTERNACIONAL - Departamento de Prospectiva e ...
INFORMAÇÃO INTERNACIONAL - Departamento de Prospectiva e ...
INFORMAÇÃO INTERNACIONAL - Departamento de Prospectiva e ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Informação Internacional<br />
216<br />
• o equipamento <strong>de</strong> “ajudas” à navegação aérea, na perspectiva <strong>de</strong> uma harmonização<br />
aos sistemas europeus <strong>de</strong> controlo do tráfego é outra das metas a atingir pela<br />
execução do PDI.<br />
As metas apontadas impõem, portanto, gran<strong>de</strong>s alterações na concepção das próprias infraestruturas,<br />
que <strong>de</strong>verão ser orientadas privilegiadamente para o “<strong>de</strong>sembaraço” das<br />
entradas e saídas dos terminais aéreos.<br />
2.5. Infra-estruturas Portuárias<br />
Com a maior extensão <strong>de</strong> costas do Oci<strong>de</strong>nte europeu, cujo perímetro ascen<strong>de</strong> a 4611 km<br />
(770 do Cantábrico, 771 do Atlântico, 770 correspon<strong>de</strong>ndo às Canárias e 2300 às costas<br />
peninsulares e insulares do Mediterrâneo não possui, apesar <strong>de</strong>stas condições, <strong>de</strong> portos<br />
naturais para além dos que se encontram nas Rias Baixas da Galiza). Concentrando no<br />
litoral, continental e insular, 33% da população e tomando esta situação como dado<br />
incontornável, as autorida<strong>de</strong>s espanholas assumem tal característica geográfica como um<br />
trunfo e, simultaneamente e também sensatamente, como um constrangimento. Por tal<br />
razão não conferem à dimensão da orla costeira o estatuto <strong>de</strong> vantagem absoluta. E não<br />
conferem, porque o afastamento dos gran<strong>de</strong>s centros <strong>de</strong> produção e consumo europeus<br />
remetem os portos da Espanha, mesmo em condições <strong>de</strong> uma total competitivida<strong>de</strong><br />
conseguida pelos investimentos e regras <strong>de</strong> gestão, para uma posição secundária<br />
relativamente aos portos do Norte da Europa como Roterdão, Antuérpia e Hamburgo cujos<br />
hinterlands se esten<strong>de</strong>m a todo o continente europeu.<br />
Ao “afastamento” há que acrescentar a atomização dos tráfegos, que agrava custos,<br />
<strong>de</strong>signadamente os <strong>de</strong> manuseamento das cargas, inviabilizando economias <strong>de</strong> escala.<br />
Contudo, já no que respeita no acesso ao Mediterrâneo, isto é, ao Sul, a situação modificase.<br />
As gran<strong>de</strong>s ligações da Ásia para a Europa e América via Suez, conjugadas com o<br />
potencial <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento do litoral mediterrâneo, transforma o constrangimento,<br />
proveniente da perifericida<strong>de</strong>, num “trunfo” a explorar, com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>sviar dos<br />
portos do Norte, as mercadorias originárias da Ásia e reexpedidas – por terra – a Espanha.<br />
No país existem cerca <strong>de</strong> 150 portos com dimensão significativa 32 – cuja activida<strong>de</strong> representa<br />
cerca <strong>de</strong> 3% do PIB – sendo 45 <strong>de</strong> “interesse geral” (Puertos <strong>de</strong>l Estado)., que são pertença do<br />
Estado (Ministério do Fomento), tutelados por 27 Autorida<strong>de</strong>s Portuárias (1998) e a seguir<br />
<strong>de</strong>signadas como AP, em regime <strong>de</strong> semi-autonomia, que fixam objectivos e as gran<strong>de</strong>s linhas<br />
<strong>de</strong> gestão, afectação <strong>de</strong> recursos financeiros, planificação global dos investimentos e <strong>de</strong>finição<br />
global da política <strong>de</strong> recursos humanos. Os restantes 105 encontram-se sob jurisdição das<br />
Comunida<strong>de</strong>s Autónomas.<br />
É importante assinalar que apenas 4 <strong>de</strong>sses portos concentram 41% do tráfego total<br />
(Algeciras, Tarragona, Barcelona e Bilbau, por or<strong>de</strong>m <strong>de</strong>crescente dos volumes<br />
manuseados) 33 .<br />
As Autorida<strong>de</strong>s Portuárias, apesar <strong>de</strong> não intervirem na gestão corrente, supervisionam a<br />
coerência do sistema portuário, exercendo controlo sobre os planos apresentados pelos<br />
portos individualmente, o que na óptica da gestão empresarial dos portos se mostra