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INFORMAÇÃO INTERNACIONAL - Departamento de Prospectiva e ...

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O Euro e o Dólar - Passado Recente e Futuro Próximo<br />

• O comportamento <strong>de</strong>sigual dos investidores norte-americanos e europeus;<br />

• O <strong>de</strong>sigual <strong>de</strong>senvolvimento das funções internacionais do EURO;<br />

• O carácter virtual do EURO até Janeiro <strong>de</strong> 2002.<br />

4.1. O comportamento <strong>de</strong>sigual dos investidores norte-americanos e europeus<br />

A criação do EURO, em Janeiro <strong>de</strong> 1999, veio inserir-se na dinâmica <strong>de</strong> internacionalização<br />

das economias europeias referida em 3.2 em duas direcções e dois tempos:<br />

• permitiu, logo no curto prazo, uma aceleração e intensificação dos movimentos <strong>de</strong><br />

capitais para fora da zona EURO, dado que o risco cambial <strong>de</strong>sapareceu no seu<br />

interior, o que <strong>de</strong>ixou os bancos e as gran<strong>de</strong>s empresas mais disponíveis para<br />

investimentos noutras zonas monetárias;<br />

• acelerou, no médio prazo, a ligação dos sectores empresariais e das famílias<br />

europeias ao mercado <strong>de</strong> capitais <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ando um processo gigantesco <strong>de</strong><br />

criação <strong>de</strong> activos financeiros – acções, obrigações <strong>de</strong> empresas e títulos ligados ao<br />

mercado hipotecário - disponíveis para os investidores institucionais e particulares do<br />

mundo inteiro, incluindo naturalmente os dos EUA.<br />

A fraqueza do EURO nos seus dois primeiros anos da sua existência “virtual”, face ao dólar<br />

e ao yen, po<strong>de</strong>ria <strong>de</strong>screver-se <strong>de</strong> forma simplificada como típica <strong>de</strong> um período em que:<br />

• nos fluxos <strong>de</strong> capitais entre a zona EURO e os EUA predominou a primeira direcção<br />

sobre a segunda – ou seja o investimento maciço nos EUA por parte dos investidores<br />

europeus, em contraste com a maior circunspecção dos investidores norteamericanos<br />

face aos activos expressos em EUROS;<br />

• os investidores japoneses e <strong>de</strong>sfizeram-se das posições que haviam constituído em<br />

activos EURO antes <strong>de</strong> 1999 (como forma <strong>de</strong> diversificação para fora do dólar) <strong>de</strong>vido<br />

à persistente fraqueza do EURO face ao dólar.<br />

O Gráfico 2 ilustra o comportamento da Balança Básica da zona EURO durante o período<br />

<strong>de</strong> quase ininterrupta <strong>de</strong>preciação do EURO, Balança em que são tidos em linha <strong>de</strong> conta<br />

os saldos da balança <strong>de</strong> transacções correntes e da balança <strong>de</strong> capitais a longo prazo. Os<br />

seus valores quase sempre negativos traduzem a saída <strong>de</strong> capitais a longo prazo, já que a<br />

balança corrente não apresentou défices significativos.<br />

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