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INFORMAÇÃO INTERNACIONAL - Departamento de Prospectiva e ...

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União Europeia: e se tudo corresse bem?<br />

• a França e o Reino Unido começaram a dar importantes passos no sentido <strong>de</strong><br />

“articular” as suas forças nucleares. Esta coor<strong>de</strong>nação chegou ao ponto <strong>de</strong>stes países<br />

projectarem construir uma nova geração <strong>de</strong> submarinos que albergue os dissuasores<br />

nucleares britânico e francês, o que constitui uma verda<strong>de</strong>ira revolução estratégica na<br />

Europa e contribuiu para que estes dois países <strong>de</strong>sempenhem um papel central em<br />

todo a cooperação militar realizada no seio da UE;<br />

• a UE dotou-se igualmente dos meios financeiros necessários para suportar a vertente<br />

militar da sua acção externa, tendo estabelecido 2% do PIB como limiar mínimo para<br />

as <strong>de</strong>spesas com a <strong>de</strong>fesa dos seus Estados-membros. De forma complementar,<br />

<strong>de</strong>cidiu criar um orçamento para a Defesa a nível da União (separado do orçamento<br />

civil e sem intervenção do Parlamento Europeu) com que passou a suportar os custos<br />

das suas operações;<br />

• os Estados-membros da UE, não obstante a forte pressão dos EUA, acabaram por<br />

<strong>de</strong>sistir <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver e instalar um “sistema <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa anti-mísseis <strong>de</strong> teatro” (que<br />

esteve em estudo na OTAN <strong>de</strong>s<strong>de</strong> finais da década <strong>de</strong> 90) e, ao tomarem tal <strong>de</strong>cisão,<br />

libertaram meios para prosseguir projectos comuns <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e<br />

implementação <strong>de</strong> outros sistemas <strong>de</strong> armas. Na base da <strong>de</strong>cisão esteve, por um<br />

lado, o facto dos Estados-membros em questão não acreditarem nos riscos colocados<br />

pelos “Estados párias” da década <strong>de</strong> 90 e, por outro, a sua <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> tentarem<br />

melhorar substancialmente as relações com alguns <strong>de</strong>les (por exemplo, o Irão e a<br />

Coreia do Norte);<br />

• finalmente, os Estados-membros que dispõem <strong>de</strong> indústrias <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa mais<br />

significativas – França, Reino Unido, Alemanha, Itália, Suécia e Espanha – criaram,<br />

na primeira meta<strong>de</strong> da década, uma Agência Europeia <strong>de</strong> Armamentos (AEA), a qual<br />

constituiu um das cooperações reforçadas concretizadas no período e através da qual<br />

estes Estados-membros avançaram na coor<strong>de</strong>nação das suas compras, encomendas<br />

e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> material militar. No entanto, foi muito surpreen<strong>de</strong>nte o fracasso<br />

das tentativas <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> empresarial europeia nas indústrias da<br />

<strong>de</strong>fesa, o que teve reflexos noutros sectores (nomeadamente na aeronáutica civil).<br />

Assim, numa sucessão <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões históricas, a British Aerospace fundiu-se com a<br />

Boeing e abandonou o projecto civil do Airbus; a EADS franco-alemã fundiu-se com a<br />

Lockheed Martin, a qual, por sua vez, regressou à aeronáutica civil como parceira<br />

americana do Airbus; e a Thales/Thomson francesa acabou por se fundir com a<br />

Raytheon americana. Estas <strong>de</strong>cisões, tomadas já perto do final da década, abriram<br />

espaço, pela primeira vez, para um mercado transatlântico das indústrias da <strong>de</strong>fesa,<br />

ultrapassando os esforços da primeira meta<strong>de</strong> da década (mais “eurocentrados”) dos<br />

quais a AEA foi o paradigma.<br />

AS DATAS CHAVE<br />

• 1997 Protocolo <strong>de</strong> Kyoto: a UE comprometeu-se a reduzir em 8%, até 2010, o nível das suas<br />

emissões <strong>de</strong> CO2 registado em 1990;<br />

• 1999 Conflito no Kosovo, durante o qual se começou a assistir a uma “divisão do trabalho”<br />

entre os EUA e a UE. De facto, os EUA forneceram a maior parte do po<strong>de</strong>r aéreo e os<br />

equipamentos <strong>de</strong> comando, controlo e comunicações, enquanto os europeus ce<strong>de</strong>ram a maior<br />

parte dos soldados das forças <strong>de</strong> manutenção <strong>de</strong> paz;<br />

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