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INFORMAÇÃO INTERNACIONAL - Departamento de Prospectiva e ...

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Informação Internacional<br />

A década 2000/2010 foi um período caracterizado pela expansão do comércio electrónico e<br />

da utilização do “ciberespaço” (que se afirmaram como importantes factores <strong>de</strong><br />

globalização) e pelo forte crescimento (não tão centrado na Ásia Pacífico como na década<br />

anterior) <strong>de</strong> algumas economias emergentes. Se a China continuou o seu impressionante<br />

crescimento, a Índia, o Brasil e a Rússia passaram também a ser “estrelas” globais da<br />

economia.<br />

O mundo <strong>de</strong> 2010 funciona com base em blocos económicos regionais – <strong>de</strong> base<br />

inicialmente comercial, mas ten<strong>de</strong>ndo a evoluir para o domínio monetário. Distinguem-se<br />

três blocos principais:<br />

160<br />

• A UE e a constelação <strong>de</strong> Estados que, <strong>de</strong> uma maneira ou <strong>de</strong> outra, lhe estão<br />

associados no Continente europeu e no Mediterrâneo;<br />

• A "North America Free Tra<strong>de</strong> Area” (NAFTA), que não conseguiu evoluir para uma<br />

zona <strong>de</strong> livre troca hemisférica graças à persistente autonomia do Mercado Comum<br />

do Cone Sul (Mercosul), sob a firme li<strong>de</strong>rança do Brasil;<br />

• A Comunida<strong>de</strong> Económica da Ásia Oriental (CEAO), que reúne o Japão, a China, a<br />

Coreia e os Estados da "Association of Southeast Asian Nations" (ASEAN) 10 e que se<br />

encaminha, em 2010, para a criação <strong>de</strong> uma moeda própria.<br />

Em termos monetários o euro afirmou-se como a segunda moeda internacional, disputando<br />

a primazia do dólar em várias funções. Nos primeiros anos <strong>de</strong> coexistência das duas<br />

moedas, a volatilida<strong>de</strong> foi muito significativa, tendo sido colocada na or<strong>de</strong>m do dia a<br />

hipótese <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> “zonas alvos” para os câmbios do dólar, euro e, posteriormente,<br />

yen, solução que teve a oposição dos EUA. Mais perto do final da década, o Japão <strong>de</strong>sistiu<br />

<strong>de</strong> internacionalizar o yen e passou a apostar (melhoradas que foram as suas relações com<br />

a China) na criação <strong>de</strong> uma União Monetária da Ásia Oriental (UMAO).<br />

Em substituição do tradicional G7 11 , formou-se (com outras gran<strong>de</strong>s entida<strong>de</strong>s económicas),<br />

como principal fórum <strong>de</strong> diálogo e eventual coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong>stes blocos entre si, o G8, que<br />

inclui os EUA, o Canadá, a “Eurolândia”, o Japão, a China, a Índia, a Rússia e o Brasil.<br />

Em termos geopolíticos o mundo esteve num estado <strong>de</strong> relativa pacificação que permitiu<br />

reforçar o sistema da Organização das Nações Unidas (ONU) como quadro multilateral <strong>de</strong><br />

diálogo e governação mundial, tendo o respectivo Conselho <strong>de</strong> Segurança experimentado<br />

uma gran<strong>de</strong> alteração com a entrada como membros permanentes <strong>de</strong> Alemanha, Japão,<br />

Índia e Brasil 12 .<br />

Adicionalmente, ao longo da década, a posição geopolítica dos EUA enfraqueceu <strong>de</strong>vido,<br />

essencialmente, a três processos:<br />

10<br />

Indonésia, Malásia, Filipinas, Singapura, Tailândia, Brunei, Vietname, Laos, Birmânia e Cambodja (em 2000).<br />

11<br />

O G7, grupo dos sete países mais industrializados, reunia, em 2000, Alemanha, Canadá, EUA, França, Reino<br />

Unido, Itália e Japão.<br />

12<br />

Como vimos, China, Índia, Japão e Brasil passaram a ter assento quer no G8, quer no Conselho <strong>de</strong> Segurança<br />

da ONU (como membros permanentes).

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