INFORMAÇÃO INTERNACIONAL - Departamento de Prospectiva e ...
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A Bélgica - <strong>de</strong> um Fe<strong>de</strong>ralismo a Outro?<br />
certos Estados-membros procurem encontrar formas <strong>de</strong> cooperação flexíveis fora do<br />
quadro do Tratado;<br />
• outras questões – Política Europeia <strong>de</strong> Segurança e Defesa (PESD) – os países do<br />
Benelux consi<strong>de</strong>raram que a PESD <strong>de</strong>ve estar firmemente ancorada no tratado,<br />
sendo necessário <strong>de</strong>finir bem o processo <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão da União na<br />
implementação das tarefas <strong>de</strong> controlo das crises e <strong>de</strong>finir claramente o papel que,<br />
nesse contexto, <strong>de</strong>vem ter os novos comités, bem como uma boa coor<strong>de</strong>nação com a<br />
OTAN.<br />
Em Setembro <strong>de</strong> 2000 o Primeiro Ministro da Bélgica, Guy Vershofadt, apresentou a sua<br />
visão do futuro da União Europeia, que seguramente irá influenciar a condução da<br />
Presidência belga do Conselho Europeu. Posteriormente, e noutras tomadas <strong>de</strong> posição<br />
públicas, completou essa visão. Na sua opinião o processo <strong>de</strong> integração europeia<br />
necessita <strong>de</strong> ter um objectivo final claro, sem o qual a dinâmica <strong>de</strong> integração po<strong>de</strong> parar, o<br />
que abriria o caminho à estagnação, ao recentrar dos Estados-membros sobre si próprios e<br />
eventualmente a um recuo no processo <strong>de</strong> integração, traduzido numa tendência ao<br />
restabelecimento da soberania nacional em áreas em que os Estados-membros a haviam<br />
transferido para a UE.<br />
Para o Primeiro Ministro belga não basta ter uma Europa <strong>de</strong>mocrática, pluralista e solidária:<br />
será necessário ter também uma Europa politicamente forte que assuma um lugar <strong>de</strong><br />
primeiro plano a nível internacional, que seja capaz <strong>de</strong> propagar universalmente os seus<br />
valores e <strong>de</strong>, tanto em matéria <strong>de</strong> moral como em questões económicas, imprimir uma<br />
direcção aos acontecimentos, lado a lado com as outras potências <strong>de</strong>mocráticas do mundo.<br />
Para atingir tal <strong>de</strong>si<strong>de</strong>rato torna-se imperativo elaborar linhas <strong>de</strong> política em quatro áreas em<br />
que actualmente não existem ou são meramente embrionárias:<br />
• Política Externa – que permita, nomeadamente à União Europeia falar com uma<br />
única voz em todos os fora internacionais, nas Nações Unidas, e especificamente no<br />
Conselho <strong>de</strong> Segurança;<br />
• Defesa Europeia Autónoma – que partindo do que foi <strong>de</strong>cidido em Helsínquia<br />
(dirigido à capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cumprimento das missões ditas <strong>de</strong> Petersberg – missões<br />
humanitárias, <strong>de</strong> manutenção <strong>de</strong> paz e <strong>de</strong> obtenção <strong>de</strong> paz), vá bem mais longe do<br />
que a constituição <strong>de</strong> uma força <strong>de</strong> acção rápida, no sentido da constituição <strong>de</strong> uma<br />
verda<strong>de</strong>ira <strong>de</strong>fesa europeia dispondo <strong>de</strong> forças armadas comuns e <strong>de</strong> equipamentos<br />
comuns, e mesmo <strong>de</strong> uma indústria <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa comum;<br />
• Política Integrada <strong>de</strong> Justiça e Imigração – que é sem dúvida um dos domínios em<br />
que mais se fazem sentir as exigências dos cidadãos relativamente à Europa;<br />
• Plataforma <strong>de</strong> Política Socio-Económica Comum – em complemento da UEM, e<br />
que implique - sob a forma <strong>de</strong> directivas e recomendações – a <strong>de</strong>finição em cada ano<br />
dos contornos <strong>de</strong> uma política socio-económica a nível da União; acompanhada pela<br />
existência <strong>de</strong> um imposto europeu, cobrado directamente junto dos cidadãos<br />
comunitários, para financiar as activida<strong>de</strong>s da UE.<br />
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