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Informação Internacional 124 Dinam arca Gráfico 1 TAXAS DE EMPREGO NA BÉLGICA E NOUTROS PAÍSES DA OCDE, 1999 E.U.A. Suécia Reino Unido Países Baixo s Japão Á ustria Portugal Finlândia Alem anha UE Irlanda Luxem burgo França B ÉLG ICA Grécia Espanha Itália Dinam arca Suécia E.U.A. Á ustria Portugal Países Baixos Finlândia Reino Unido Japão Alem anha França Luxem burgo B ÉLG ICA UE Irlanda Grécia Itália Espanha Total (15-64 anos) 0 20 40 60 80 100 Adultos (25-54 anos) 0 20 40 60 80 100 Dinam arca Países Baixo s Reino Unido Alem anha Portugal Finlândia Espanha Luxem burgo B ÉLG ICA Jovens (15-24 anos) 0 20 40 60 80 100 Fonte: Études Èconomiques de l`OCDE, “Belgique “, Março de 20001, OCDE, Paris Mas estes valores para a Bélgica escondem duas realidades regionais distintas: • Com efeito, se a taxa de desemprego (definida pelos critérios estatísticos nacionais) era de 11,6% em 1999, na Flandres atingia apenas 7,5%, em contraste com os 17,3% da Valónia e dos 18,1% de Bruxelas. O Bureau Federal du Plan atribui esta diferença profunda (que se verifica também na menor redução do emprego industrial verificada na Flandres e na maior procura de novos empregos não satisfeita, ali verificada) a factores estruturais da responsabilidade do E.U.A. Á ustria Irlanda Suécia Japão UE Grécia Itália França Suécia Japão E.U.A. Dinam arca Portugal Reino Unido Irlanda Finlândia Grécia UE Alem anha Países Baixo s Espanha França Á ustria Itália Luxem burgo B ÉLG ICA Adultos + (55-64 anos) 0 20 40 60 80 100
A Bélgica - de um Federalismo a Outro? Governo flamengo como sejam a política em relação à atracção do investimento estrangeiro, a existência de subvenções em favor do investimento, o estímulo ao capital de risco, a educação e formação, a política ambiental, ou ainda as condições infra-estruturais. Esta divergência da situação no mercado de trabalho reveste uma importância fundamental na clivagem política entre a Flandres e as regiões de maioria francófona da Valónia e de Bruxelas – permite que sectores da opinião pública flamenga defenda o fim de um sistema único de segurança social para o conjunto da Bélgica considerando que este tem protegido mais a população em idade activa, mas sem actividade, nas regiões que se revelaram incapazes de criar um clima favorável ao emprego, utilizando para isso as contribuições recolhidas na Flandres, que desse modo não estão a ser canalizadas para fortalecer o sistema de pensões de reforma da população idosa actual e futura da Flandres. 2.2. Flandres – uma Dinâmica de “Clusters” A Flandres não só apresentava em 1999 taxas de desemprego muito menores do que as outras duas regiões, como assegurou ao longo da década de 90 taxas de crescimento superiores à média da Bélgica. A este facto não é estranha a captação de investimento estrangeiro e o dinamismo de inovação de base endógena. Ás actividades tradicionais, fortemente internacionalizadas, como a da lapidação de diamantes que tem em Antuérpia o seu maior centro mundial, vieram acrescentar-se desde meados dos anos 50 três “clusters” que transformaram a sua base produtiva – petroquímica e automóvel 1 . As vantagens logísticas do território contribuíram sem dúvida para o dinamismo destes “clusters”. Basta recordar que a Flandres integra um grande porto europeu – Antuérpia – e os outros dois mais importantes portos belgas – Zeebruge e Gand, para além de incluir na sua proximidade o aeroporto de Bruxelas e dispor de óptimas conexões com o Reno e seus afluentes e com o pólo logístico holandês de Roterdão/Amesterdão. Com base nestas vantagens de localização grandes firmas multinacionais americanas, japonesas e europeias localizaram na Flandres importantes centros de produção e de distribuição e mesmo centros de I&D: • “Cluster” Petroquímico – em Antuérpia localiza-se o segundo maior “cluster” petroquímico do mundo, a seguir ao de Houston, no Texas, com cinco refinarias e quatro “steamcrackers” para a produção petroquímica de base; empresas mundiais como a BASF, Bayer, BP Amoco, Chemical, Dow Chemical, Dupont, Exxon-Mobil, Kaneka, Texaco têm aqui implantações europeias de primeiro plano, aproveitando o facto de Antuérpia ser a principal junção dos pipelines da Europa Ocidental; • “Cluster” Automóvel – a Flandres produz mais de um milhão de automóveis por ano – constituindo a maior concentração geográfica da indústria a nível mundial – num raio de 40 Km a Ford produz o Mondeo e a Transit, a General Motors o Opel Astra, a Volvo os modelos S70 e V70, a Volkswagen o Golf e o SEAT Leon, sendo a fábrica 1 As referências que se fazem seguidamente aos diversos “clusters” foram elaboradas com base em documentos do governo da Flandres que podem ser consultados em http:// www.flanders.be. 125
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