INFORMAÇÃO INTERNACIONAL - Departamento de Prospectiva e ...
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Chipre, a Turquia e o Alargamento da União Europeia<br />
Ora a economia cipriota (grega) continua a crescer fortemente e opera em pleno emprego,<br />
tendo sido realizados progressos em termos <strong>de</strong> liberalização e <strong>de</strong> reformas estruturais.<br />
Contudo, a estabilida<strong>de</strong> macroeconómica ressentiu-se recentemente, e a situação<br />
orçamental não é sustentável no médio prazo. Também será necessário concluir a<br />
liberalização <strong>de</strong> preços. A competitivida<strong>de</strong> é restringida por alguma rigi<strong>de</strong>z estrutural e por<br />
um significativo envolvimento do Estado na economia.<br />
Se a Comissão Europeia constata que Chipre apresenta uma economia <strong>de</strong> mercado em<br />
funcionamento e que seria capaz <strong>de</strong> lidar com a pressão competitiva e com as forças <strong>de</strong><br />
mercado na União Europeia, também alerta para que a economia cipriota tem <strong>de</strong> preparar<br />
melhor o seu sector privado para operar num ambiente aberto que a integração na União<br />
Europeia requer. E apela a um maior consenso político que é condição para o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma agenda <strong>de</strong> reformas estruturais que <strong>de</strong>via limitar a extensão do<br />
envolvimento do Estado nas activida<strong>de</strong>s económicas, abrir sectores chave à concorrência<br />
estrangeira e resolver importantes constrangimentos ambientais.<br />
A Comissão Europeia consi<strong>de</strong>rou que ao longo do ano <strong>de</strong> 2000 se verificaram progressos<br />
na adopção <strong>de</strong> legislação em áreas chave do mercado interno. Contudo, apesar da nova<br />
legislação nalgumas áreas do livre movimento <strong>de</strong> bens, a padronização e a certificação têm<br />
<strong>de</strong> ser reforçadas. Os passos tomados em direcção à liberalização dos movimentos <strong>de</strong><br />
capital são também consi<strong>de</strong>rados positivos embora a Comissão consi<strong>de</strong>re que antes da<br />
a<strong>de</strong>são, há que reforçar a eliminação das restrições ainda existentes.<br />
Quanto aos auxílios do Estado, a situação permanece insatisfatória, já que não existe um<br />
controlo a<strong>de</strong>quado da ajuda, nem base legal para o mesmo.<br />
Na área da justiça e assuntos internos, Chipre progrediu com a adopção <strong>de</strong> legislação sobre<br />
o asilo. Todavia, o controlo fronteiriço <strong>de</strong>via ser reforçado, principalmente porque Chipre virá<br />
a ser uma fronteira externa da União Europeia.<br />
AS NEGOCIAÇÕES SOBRE A UNIÃO ADUANEIRA UNIÃO EUROPEIA/TURQUIA – VIRAGEM<br />
NO POSICIONAMENTO DA EU FACE À QUESTÃO DE CHIPRE<br />
O Conselho Europeu <strong>de</strong> Essen, no final <strong>de</strong> uma Presidência alemã, confirmou claramente a<br />
importância que a União Europeia atribuía à finalização das negociações com a Turquia sobre o<br />
estabelecimento <strong>de</strong> uma União Aduaneira e ao reforço das relações com este país.<br />
Quase em paralelo com a Cimeira <strong>de</strong> Essen ocorreram factos que evi<strong>de</strong>nciam a importância <strong>de</strong> um<br />
bom relacionamento entre a União Europeia e a Turquia. Assim, no seguimento do julgamento dos<br />
<strong>de</strong>putados curdos do Partido Democrático, o Parlamento Europeu adoptou a 15 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong><br />
1994 uma resolução no sentido <strong>de</strong> manter "congelada" a Comissão Parlamentar mista União<br />
Europeia/Turquia e <strong>de</strong> apresentar ao Conselho um pedido <strong>de</strong> suspensão imediata das<br />
negociações sobre a criação da União Aduaneira. Quatro dias <strong>de</strong>pois, e <strong>de</strong>vido ao veto grego<br />
no Conselho <strong>de</strong> Associação, não foi possível <strong>de</strong>cidir as modalida<strong>de</strong>s concretas <strong>de</strong> entrada em<br />
vigor da União Aduaneira prevista para 1 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1996.<br />
A 14 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 1995, o Ministro francês para os Assuntos Europeus apresentou uma<br />
<strong>de</strong>claração da Presidência francesa da União Europeia sobre a questão da União Aduaneira com a<br />
Turquia que apresentava os contornos <strong>de</strong> uma solução <strong>de</strong> compromisso. Essa possível solução<br />
incluía três elementos:<br />
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