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INFORMAÇÃO INTERNACIONAL - Departamento de Prospectiva e ...

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Informação Internacional<br />

62<br />

A EUROPA E OS EUA – INOVAÇÃO E SECTORES DE ALTA TECNOLOGIA<br />

• o sector do equipamento informático, pelo contrário, e em igual período, revelou-se o<br />

único daquelas indústrias em que o crescimento nominal se apresentou negativo; embora<br />

este balanço negativo <strong>de</strong>va ser atenuado tendo em consi<strong>de</strong>ração vários factores, como a<br />

rápida redução dos preços das equipamentos ou a <strong>de</strong>slocação do valor acrescentado do<br />

equipamento informático em direcção às activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> serviços, ao “software” e às re<strong>de</strong>s;<br />

• a convergência entre as activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação, informática e conteúdos (por<br />

exemplo a edição, que é o terceiro sector mais gerador <strong>de</strong> riqueza no “ranking” europeu)<br />

po<strong>de</strong> fornecer à Europa uma nova ocasião <strong>de</strong> crescimento:<br />

• reflexo do atraso tecnológico relativo da Europa, está patente no facto da balança <strong>de</strong><br />

pagamentos tecnológicos da União Europeia permanecer <strong>de</strong>ficitária, enquanto a dos EUA<br />

continua largamente exce<strong>de</strong>ntária; o relatório refere que um défice a este nível não é em si<br />

mesmo algo <strong>de</strong> mau, se reflectir uma elevada capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> absorção da tecnologia<br />

estrangeira, como aconteceu com o Japão na sua fase <strong>de</strong> “catching-up”; mas no caso<br />

europeu o défice <strong>de</strong>ve ser visto sobretudo como um indicador da fraqueza das suas<br />

capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> inovação face aos EUA;<br />

• entre 1985 e 1998, o esforço <strong>de</strong> I&D oscilou na Europa, segundo os anos, entre 1,8% e 2%<br />

do PIB, em contraste com uma média <strong>de</strong> 2,8% nos EUA e no Japão, sendo que o esforço<br />

europeu nesta área teve tendência para diminuir durante a década <strong>de</strong> 90, enquanto nos<br />

EUA, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> uma redução que atingiu vários anos, recuperou <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1995;<br />

• entre 1985 e 1998, o esforço <strong>de</strong> I&D oscilou na Europa , segundo os anos, entre 1,8% e 2%<br />

do PIB, em contraste com uma média <strong>de</strong> 2,8% nos EUA e no Japão, sendo que o esforço<br />

europeu nesta área teve tendência para diminuir durante a década <strong>de</strong> 90, enquanto nos<br />

EUA, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> uma redução que atingiu vários anos, recuperou <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1995;<br />

• em parte os diferenciais <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> I&D no PIB reflectem as diferentes especializações<br />

sectoriais; por exemplo em sectores como a aeronáutica, montantes consi<strong>de</strong>ráveis <strong>de</strong> I&D<br />

são incontornáveis para inovar nos produtos ou em novos equipamentos, enquanto, para<br />

atingir a mesma finalida<strong>de</strong> noutros sectores são suficientes montantes menores; por outro<br />

lado quando indústrias numa dada região da economia mundial se tornam menos<br />

competitivas, as respectivas implantações industriais são compradas ou instaladas <strong>de</strong> novo<br />

por grupos estrangeiros que realizam o essencial da sua I&D no seu país <strong>de</strong> origem; ora os<br />

EUA estão muito mais claramente especializados do que a União Europeia e o Japão nas<br />

activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> alta tecnologia e também um pouco mais especializados nas activida<strong>de</strong>s<br />

industrias com forte componente <strong>de</strong> “marketing”;<br />

• a inovação tecnológica nos EUA continua a realizar-se sobretudo em dois domínios:<br />

biotecnologias e informática (nota: hard e soft); assim os EUA empregam três vezes mais<br />

especialistas em biotecnologia do que a Europa, a sua população está três vezes mais<br />

ligada à Internet do que na Europa e os principais grupos europeus das telecomunicações,<br />

química e farmácia adquirem e integram nas suas estruturas muitos “start-up” e empresas<br />

<strong>de</strong> forte potencial <strong>de</strong> I&D nos EUA, que continuam a realizar os seus esforços <strong>de</strong> I&D em<br />

território americano; basta recordar que já em 1996, as filiais industriais <strong>de</strong> grupos<br />

estrangeiros realizavam 12% da I&D nos EUA; <strong>de</strong>ste modo os grupos europeus <strong>de</strong> ponta<br />

realizam esforços <strong>de</strong> I&D comparáveis aos dos seus congéneres americanos, mas só que<br />

por vezes realizados nos EUA.<br />

Fonte: “Forces et Faiblesses <strong>de</strong> l`Industrie Européenne”, Problémes Économiques, nº 2699, <strong>de</strong> 7<br />

<strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2001.

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