INFORMAÇÃO INTERNACIONAL - Departamento de Prospectiva e ...

A Índia e os serviços no "Ciberespaço" - Visão de um Futuro Possível
sectores que serão vitais e que funcionarão como suportes indispensáveis ao
desenvolvimento das TIs e do software durante os próximos anos.
APOSTA NAS INFRA-ESTRUTURAS
O Governo Indiano anunciou para o ano 2001 um conjunto de políticas tendentes a estimular o
crescimento das infra-estruturas da economia indiana, destacando-se as que incidem na liberalização
e modernização do sector das telecomunicações (refira-se que a taxa de crescimento de novas
conexões telefónicas manteve-se muito elevada, atingindo 29,8% em 2000):
• abertura do serviço doméstico de telefonia de longa distância sem qualquer restrição relativa ao
número de operadores;
• permitiu à BSNL e à MTNL entrarem como terceiros operadores celulares nos seus respectivos
“círculos”;
• permitiu a entrada de um quarto operador celular em todos os “círculos”;
• permitiu a entrada de mais um operador de serviço básico de telefonia;
• apresentou uma proposta de desinvestimento das participações do governo no capital das
companhias aéreas nacionais: a doméstica – Indian Airlines; e na internacional – Air Índia;
• decisão de melhorara para os níveis internacionais as condições dos aeroportos de Hyderabad,
Ahmedabad, Goa, Kochi e Amritsar;
Fonte: US Department of State, 2001.
3. A ÍNDIA NO FUTURO – UM DOS CENTROS DE E-BUSINESS A NÍVEL MUNDIAL?
Apesar do forte crescimento da Internet na Índia, ela não apresenta a dimensão suficiente
para suportar sites de e-commerce focalizados no mercado interno. A IDC estima que
existirão cerca de 20 milhões de utilizadores Internet na Índia em 2004; referindo a mesma
consultora que em 2003, os países desenvolvidos representarão cerca de 89% das receitas
globais do e-comerce B2C, e 97% das receitas globais do e-commerce B2B.
Isto significa que o mercado doméstico indiano suportará alguns portais, alguns sites de
e-commerce B2C e B2B, mas a grande maioria dos sites de e-commerce indianos
dificilmente resistirão no futuro. De facto, para além das dificuldades que existem na criação
e desenvolvimento sustentável de um negócio na Internet (mesmo nos países
desenvolvidos), o mercado de e-commerce da Índia é igualmente muito pequeno em termos
de poder de compra e base de clientes. A estas dificuldades acresce o facto da Índia ter que
ultrapassar barreiras infra-estruturais tais como os baixos níveis de penetração de PCs,
acesso à Internet e telefonia, tanto nos lares como nas empresas.
Neste contexto, as empresas indianas de e-commerce e de base tecnológica terão mais
oportunidades se se focalizarem num crescimento puxado pelas exportações, em vez de
se basearem num modelo exportador puxado pelo crescimento interno (Sawhney, Parikh,
2000).
Tradicionalmente, as empresas industriais indianas privilegiaram o mercado interno, com as
exportações constituindo-se como um alvo que surge posteriormente. De facto, é
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