INFORMAÇÃO INTERNACIONAL - Departamento de Prospectiva e ...

Informação Internacional
Estado, tão importante para obter um clima negocial mais competitivo, enfrenta a relutância
de certos grupos. Isto passa-se igualmente no que diz respeito à liberalização do mercado.
Ora é fundamental quebrar estas barreiras e fazer compreender os benefícios dos
investimentos por parte de empresas ocidentais.
Daí, a criação dos denominados Business Enlargement Councils (BEC) nalguns países da
Europa Central e Oriental, constituídos por altos representantes das empresas
internacionais, gestores das empresas locais e representantes governamentais, com o
objectivo de discussão das questões relativas à adesão destes países à UE, de meio
privilegiado de comunicação entre os participantes e a UE, de apoio ao desenvolvimento da
economia nacional - com realce para as áreas relativas ao investimento directo estrangeiro –
de preparação de estudos de caso sobre os benefícios mútuos do processo de alargamento
da União Europeia e promoção deste entre a comunidade empresarial europeia.
4.5. Sumário
As empresas enfrentam, todavia, obstáculos diversos que têm maioritariamente a ver com a
ineficácia das administrações públicas e a inadequação dos enquadramentos legislativos, as
fracas competências dos trabalhadores e algumas atitudes face ao trabalho, a falta de
competitividade dos fornecedores locais e à deficiência das infra-estruturas e ainda com
atitudes sociais incorrectas.
Assim, a fim de ultrapassar estes problemas e garantir benefícios mútuos neste processo de
alargamento, urge sensibilizar os Governos e as empresas da UE e dos Estados candidatos
a prosseguirem as negociações com os futuros Estados-membros, a definirem os períodos
transitórios essenciais (desde que realísticos e limitados) para a implementação sem
sobressaltos do acquis comunitário, a introduzirem melhorias nas áreas tidas como as mais
críticas (é o caso dos impostos, finanças, bancos, distribuição, infra-estruturas) e a
investirem, a nível público e privado, na formação e aquisição de competências tendentes a
uma maior competitividade das economias de livre mercado.
II. QUEM LIDERA O INVESTIMENTO DIRECTO ESTRANGEIRO (IDE) NA EUROPA
CENTRAL E ORIENTAL
O IDE na Europa Central e Oriental continuou a ser dominado pelos investidores da União
Europeia, que são praticamente 60% da sua totalidade (ver Gráfico 1), enquanto que os
Estados Unidos da América investiram cerca de 16% no total desta região 7 .
A observação destes dados estatísticos permite-nos avançar algumas tendências:
96
• Os países da Europa Central e Oriental recebem investimentos preferencialmente de
origem europeia;
7 À excepção da sua posição de liderança do investimento na Croácia, Ucrânia e Federação Russa.