INFORMAÇÃO INTERNACIONAL - Departamento de Prospectiva e ...

Informação Internacional
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na aceitação do Inglês como a sua única língua de trabalho, de forma a poupar dinheiro
em tradução e interpretação e a tornar as reuniões da UE mais produtivas. A França
usou o compromisso do Luxemburgo para vetar esta reforma, tendo José Bové e Jean-
Pierre Chevènement liderado uma campanha populista contra a língua inglesa (com Joana
D’Arc como símbolo) que se concretizou, entre outras coisas, em vários ataques a símbolos e
propriedades americanas;
• 2008 A Presidente francesa Aubry cedeu na rejeição da língua inglesa como única língua
de trabalho na UE após se tornar claro que muitas multinacionais norte-americanas estavam a
sair da França e a chanceler alemã Merkel ter afirmado que os gauleses deixariam de ser
tratados como aliados “especiais” se continuassem a resistir à vontade dos restantes 20
Estados-membros;
• 2009 Criação de um orçamento UE para a defesa. De facto, capacidades e meios comuns
levaram os Estados-membros (liderados pelo Reino Unido com forte apoio da França) a pensar
num financiamento comum que evitasse free-riders e outros desequilíbrios;
• 2010 Perspectiva do início de discussões entre a Euroland, os EUA e o Japão e
respectivos países associados na Comunidade Económica da Ásia do Leste tendo como
objectivo a criação de target zones de ligação entre o dólar, o euro e o yen (ou mesmo,
entre o dólar, o euro e a planeada EACU – East Asian Currency Unit). Este processo
resulta das sistemáticas e súbitas alterações nas taxas de câmbio dólar-euro-yen que fizeram
com que se trocassem acusações mútuas de utilização de desvalorizações para ganhar
vantagens competitivas. A perspectiva de introdução das target zones bastou para, desde logo,
diminuir a volatilidade dos mercados cambiais (para gáudio daqueles que se dedicam ao
comércio internacional de bens e serviços);
• 2010 A aliança entre a França e a Alemanha continua forte, sendo a amizade Aubry-Merkel
um reflexo disso mesmo. Estes países dominam, normalmente, as discussões no seio do
Eurogrupo mas a sua relação deixou de ser tão exclusiva. Dependendo do tema em questão,
os Alemães podem-se aliar à Itália, à Espanha, à Polónia ou ao Reino Unido;
• 2010 As economias do Brasil, da China, da Índia e da Rússia continuam a crescer a taxas
elevadíssimas;
• 2010 Os orçamentos de defesa da China, da Índia e da Rússia continuam a crescer muito
significativamente e a sua aliança, baseada na oposição ao domínio global dos EUA,
tem-se vindo a aprofundar, o que é um motivo de preocupação para Washington;
• 2010 Os EUA e a UE estão longe do sonho de Jean Monnet relativo a uma soberania
transatlântica partilhada. No entanto, as relações entre estes dois blocos são sólidas e
estáveis e, por vezes, globalmente dominadoras. Os outros países têm que se auto-definir
como sendo a favor ou contra o eixo Washington-Bruxelas o qual, apesar de ainda ser liderado
pelos EUA, está bem menos enviesado que no início da década;
• 2012 Data prevista para a implementação de uma força comum UE de Eurocaças que
estaria ao serviço de um único quartel-general, centro de treinos e de logística. Este projecto
surgiu em sequência do sucesso da frota europeia de aviões de transporte e tanque Airbus
A400. O Reino Unido e a França, ao contrário da maioria dos outros Estados-membros,
decidiram manter alguns dos seus caças fora desta força europeia;