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P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

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946 ACCO~ÁOS DO SUIRW<br />

Consi<strong>de</strong>rando que o processo não podia instaurar-se e proseguir<br />

sem haver corpo <strong>de</strong> dslicto com as formali<strong>da</strong><strong>de</strong>s legaes,<br />

*e, no casa sujeito, o que se fez equivale a fal? <strong>de</strong> corpo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>licto, base fun<strong>da</strong>mental <strong>de</strong> todo o processo criminal, importando<br />

por isso a sua falta em nulli<strong>da</strong><strong>de</strong> insanavel, cita<strong>da</strong> reforma,<br />

artigo 901.*, e carta <strong>de</strong> leí <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> i855, artigo<br />

33.0 n.0 2 .o ;<br />

r~nsi<strong>de</strong>rando que a injuria pn diffamação s0w aniq ia+<br />

&&i & Jiae dola nm cm~~zzttatrs~, segundo a expressa0 dos<br />

antigos oommentadores a or<strong>de</strong>na@, livro 5.9 titulo 7.0, e a disposição<br />

cesta, on sem oEensa directa, maliciosa e pnblica, ou<br />

com inren@o e firii <strong>de</strong> injuriar, na phrâse e djsposição do codigo<br />

penat, artigos 183.3 $83.0, kOI.*, UO.", h13.G e 414.0 (salvo<br />

porém qurnto a publrci<strong>da</strong><strong>de</strong> o disposto no artigo 414.0), e assim<br />

<strong>de</strong>ve provar-se, por isso que não se presume o animo <strong>de</strong> ia@riar,<br />

nem <strong>de</strong>ve apen<strong>de</strong>r-se ao som, mas ao sentido <strong>da</strong>s palavras,<br />

e a occasj5o e motivo d'ellas;<br />

Consi<strong>de</strong>rando assim <strong>de</strong>snecessaria a <strong>de</strong>cisão sobre questão<br />

<strong>de</strong> compeiencia, por se conci<strong>de</strong>~ar prejudica<strong>da</strong> :<br />

Conce<strong>de</strong>m portanto a revista, e julgando <strong>de</strong>finitivamente<br />

sobre termos e formali<strong>da</strong><strong>de</strong>s do processo, na fbrma do artigo $.a<br />

<strong>da</strong> mrta <strong>de</strong> lei <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1843, <strong>de</strong>claram nullo todo<br />

o processo, e insuhsisiente o aeeordão recorrido e a snspensão<br />

ahi im~osla, e man<strong>da</strong>m remetrer os anlos a relação do Porpara<br />

os'effei~os legaes.<br />

<strong>Lisboa</strong>, 26 Je novt?mSro <strong>de</strong> 1875. - Rebdlo Cabra1 - Pereira<br />

Leite - Oliveira - Eenezos - Sa Vargas. - lem voto do<br />

conselheiro. con<strong>de</strong> <strong>da</strong> Fornos, Rebeilo Cabra!. -Presente, %s-<br />

RcgÉsto : - o <strong>da</strong> hypoa~eca, miro reniovsão <strong>de</strong>ntro<br />

do prazo <strong>de</strong> 141 asmas por a divP<strong>da</strong> se<br />

haver extEngniP9 pela eoufnkiro, em coimseqaeacia<br />

<strong>da</strong> rir8jadisa)ke du pred8.e Ihypotnecad~,<br />

ao oiredtii, iema*eenão a divi<strong>da</strong> por a<br />

reiviaQlca~õio do preãio, e meado eu&&* renovado<br />

sem <strong>de</strong>mars, Ilcava vigorando com<br />

a airtlgd<strong>da</strong>ae qne bnbrt.<br />

Nos antos civeis <strong>da</strong> r<strong>da</strong>flo do Porto, reconente D. Xaria The-<br />

reza <strong>de</strong> Campos, vi-a, reoprrido o viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fragozella,<br />

se proferia o ~CCorCiaO segointe :<br />

Accordám os do eonselbo no supremo tribunal <strong>de</strong> jwtip,<br />

e&. Mostra-se dos autos que na eaecngão bbgpotbecaria, <strong>de</strong> qoe<br />

se trata, instaurado o concurso creditorio sobre o pr<strong>da</strong>cto <strong>da</strong><br />

proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> arremata<strong>da</strong>, cousignado no <strong>de</strong>posito pnhlico a ff.<br />

68, o juiz <strong>da</strong> i.% instrncia julgara os artigos <strong>de</strong> prefereneia <strong>de</strong><br />

dozidos a 0. 93 e 94, graduando em primeiro logar a reeorrente,<br />

e em segundo o recorrido, com o fun<strong>da</strong>mento <strong>de</strong> que, alem<br />

<strong>da</strong> nulli<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> hypotheca do recorrido, a recorrente tinha a<br />

sua, lep;ikimamente consiilui<strong>da</strong>, regista<strong>da</strong> em 28 <strong>de</strong> novembro<br />

<strong>de</strong> i853 na administraçáo do bairro, com renovapao do registo<br />

na conservatoria em 93 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> i869 e por isso em <strong>da</strong>ta<br />

muito anterior ao do recorrido, que é apenas <strong>de</strong> 23 <strong>de</strong> <strong>de</strong>rembro<br />

<strong>de</strong> 1868, como se <strong>de</strong>clara nos seus artigos fl. 94 e consta <strong>da</strong><br />

certidào fl. 71 v. ;<br />

Mostra-se que, recorrendo-se em appellagão, a relação do<br />

Porto revogara esb sentenp no aocornlii.. fl. 156, <strong>de</strong> que Vem<br />

interposta a presente revista, pela razãu <strong>de</strong> que não reiido sido<br />

renovado o registo Bito em 163, <strong>de</strong>ntro do ultimo anoo do <strong>de</strong>cennio,<br />

contado <strong>da</strong> sua <strong>da</strong>ta, que fiadoo em 28 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong><br />

4863, nos termos do artigo $0 do <strong>de</strong>creto <strong>de</strong> 16 <strong>de</strong> ontabro Ue<br />

1836, o rqisto <strong>de</strong> 1853 cadqcara, ficando pela renovagão em<br />

1869 {fora do <strong>de</strong>cennio) posterior ao do recorrido: que B <strong>de</strong> 1868,<br />

segundo fica pon<strong>de</strong>rado :<br />

Consi<strong>de</strong>rando porem que a priori<strong>da</strong><strong>de</strong> do registo, a par <strong>da</strong><br />

Iegi~imiùa<strong>de</strong> <strong>da</strong> hypolheca, e o que Bxa e <strong>de</strong>termina o direito<br />

<strong>de</strong> pibeferencia no concurso dos credores, mdigo civil, artigos<br />

9S.q @X.*, i006.', 1017.a, iOt8." e outros, e <strong>de</strong>creto <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong><br />

abril <strong>de</strong> i870, artigo 79.";<br />

Consi<strong>de</strong>rando que o facto constante e reconhecido nos ap<br />

tos é, que a recorrente tem a priori<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> byporlieca e do registo,<br />

gue <strong>da</strong>iam <strong>de</strong> 1833, e que por isso é incontestavel o direito<br />

<strong>de</strong> prefererieia do seu credito sobre o do recorrido, que<br />

pmvBm <strong>de</strong> uma hypotheca, constitui<strong>da</strong> por. escriptura <strong>de</strong> i6 <strong>de</strong><br />

novembro <strong>de</strong> 1868, regista<strong>da</strong> em 23 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro do mesmo<br />

ãnno ;<br />

Consi<strong>de</strong>rando que não o-ta, O que se diz no accordão 8.<br />

1% quanta a falta <strong>de</strong> renovaçao <strong>de</strong>ntro dos <strong>de</strong>z anoos do registo<br />

<strong>de</strong> 1853, porque este fuudêrner~to é improce<strong>de</strong>nte na especie<br />

dos autos, e em visia <strong>de</strong> dispasifies expressas <strong>da</strong> l*gisla$o vigerle,<br />

qne resolvem terminantemente a questão ;<br />

busi<strong>de</strong>rando, que constitui<strong>da</strong> e regista<strong>da</strong> a hypotbeca <strong>de</strong><br />

1853, fallticeodo ires annos <strong>de</strong>pois o <strong>de</strong>vedor, marido <strong>da</strong> rewrrenle,<br />

e proce<strong>de</strong>ndo-se a inventario e partilha dos bens do casal,<br />

fora a dita proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> hy~ioiheeaùa adjudica<strong>da</strong> a recorrente<br />

para pagamento do seu credifo, por aenienqa <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> outubro<br />

<strong>de</strong> 1857, que ir;iiiwiroii em julgado, coo:o coosia do documelito<br />

es-H. iW e certidào fl. 415;<br />

Consi<strong>de</strong>rando que n'estes termos, e <strong>de</strong>s<strong>de</strong> enião, passou a<br />

proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> para o dominio e posse <strong>da</strong> recorrente por um titn-<br />

10 legal e valioso ; que <strong>de</strong>iroo <strong>de</strong> ser credora, tomando-se dona<br />

do predio; que pela conftcsao <strong>de</strong> drtvtlos 8 obrtgapes ficaram

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