11.05.2013 Views

P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Quebra P*aodnlerrttr : - piQe querela-se por<br />

ellri, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntetnen4e <strong>de</strong> riemteoca com-<br />

mer<strong>da</strong>l, haveu<strong>da</strong> 1cvaiil;rmeuta <strong>de</strong> fazem<strong>da</strong><br />

wibeia.<br />

Nos autos crimes <strong>da</strong> relaç.50 do Porto (eomarca <strong>de</strong> Baião), re-<br />

corrente o rninislerio publico, recorrido João Loureiro <strong>de</strong> Pa-<br />

lhaes, so proferia o aceordio seguinte r<br />

Accar<strong>da</strong>m os do conselho no supremo tribunal <strong>de</strong> justiça :<br />

Mostra-se d'este processo, pelos autos qu.2 <strong>de</strong>correm <strong>de</strong> fl.<br />

. . . em diante, tarem Manoel <strong>de</strong> Azevedt?~ Luir <strong>da</strong> Silva a Anlo-<br />

iiio Gomes Ferreira, tudos <strong>da</strong> freguezia <strong>de</strong> S. João <strong>de</strong> Ovil, Ber-<br />

nardo Gomes, <strong>da</strong> freguezia <strong>de</strong> Çampello. Agostinho Pereira<br />

Duarte Cardoso e José <strong>de</strong> Queiriiz, <strong>da</strong> freguezia <strong>de</strong> Gasta@, e<br />

Manoei Pereira <strong>de</strong> Yiraniia e Silva, <strong>da</strong> freguezia <strong>de</strong> Viariz, e<br />

Lniz <strong>da</strong> Magalhaes <strong>da</strong> <strong>de</strong> Valla<strong>da</strong>req todo9 do concelho <strong>de</strong> Baiio,<br />

ido queixar-se ao respectivu administrador contra o réu Jnso<br />

Loureiro, do lagar <strong>de</strong> Paltiaer, frsguezia <strong>de</strong> Gesta#, por Ihes<br />

haver comprado algurnrs juntas <strong>de</strong> gado Iiovinii Iia<strong>da</strong>s, as quaes<br />

nào Ities pagou nos prasos ajustados, hgpothecaniio <strong>de</strong>pois 05<br />

bens que possnia a um seu cunhado;<br />

Mostra-se que o adniinistrador do concetho, recebendo estas<br />

queixas, ~irocedhra ao auto <strong>de</strong> investipacãu, e, alem <strong>da</strong>s factos<br />

<strong>de</strong>nunciados, viera lambem no canhccimento que o rku por ui-<br />

timn se evadira para o Brazil ;<br />

Mostra-se que o jniz <strong>da</strong> i: iostancir, recebendo este aoto <strong>de</strong><br />

investiga@o do administrador do coneelùo, procedhra ao corpo<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>licto <strong>de</strong> ti. . . ., 9 que o respeciivii <strong>de</strong>lega<strong>da</strong> do procurador<br />

regio, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> o examinar, e rilquarer algumas diligeocias,<br />

proniorbra a O. . . ., que se lhe recebesse querela pelo fun<strong>da</strong>-<br />

menio do facto pratii..;.l:. pelo rkn se achar cornprehendido na<br />

disposição do artigo 1 I:,: rio cndigo do commarcio; <strong>da</strong>ndo por<br />

bom, <strong>de</strong>pois d'aqnellas itiligencia3, o auto do corpo <strong>de</strong> <strong>de</strong>licto a<br />

tl. ...;<br />

Mostra-se qne o juiz não <strong>de</strong>feriu a quereia que lbe foi re-<br />

queri<strong>da</strong> pelo ininisterio publico, porque o artigo i:i61.0 do mcs-<br />

mo oodigo a náo admillia. visto que o réu Fazia negocio <strong>de</strong> com-<br />

pra <strong>de</strong> gados nas feiras e isto eram actos commerciaes, e não<br />

podia uma tal qner<strong>da</strong> ter lopar sem proce<strong>de</strong>r senbnça, que a<br />

julgase fraodulenta : ao mesmo tempo qn« o crime <strong>de</strong> leonllla-<br />

<strong>de</strong> fa& dh&, em qne tambern se fallara, não podia<br />

admittir-se, porque era <strong>de</strong>sconheci<strong>da</strong> pelo codigo penal ;<br />

MO-ra-se qae, d'este <strong>de</strong>spacho com força <strong>de</strong> <strong>de</strong>finitiva, o<br />

ministerlo publico inlerpozera o recurso ddi: appellagu para a<br />

rela@o do dktricto, e que ahi flira ?siti <strong>de</strong>eprcbv confirrnad4<br />

pela fun<strong>da</strong>meuto <strong>de</strong> que o rkn fazia <strong>da</strong> mercancia <strong>de</strong> zado.; pro-<br />

65&o habitual, e assim era avi<strong>de</strong>nk a Pal:a <strong>de</strong> corpo <strong>de</strong> <strong>de</strong>licto,<br />

que não podia eoastitnir-sr! sem previa licenga proferi<strong>da</strong> no tri-<br />

bmal compel~nte, s qual convencesse o mesmo r6u <strong>de</strong> quebra<br />

trandulsnta ; a por outra lado o crime <strong>de</strong> h ~ t a ~ ti% tfa- o<br />

aesr<strong>da</strong> dW, dn que tarnbem os queixouos o accusavam, o &igo<br />

penal não fallava n'elle ;<br />

AtLeo<strong>de</strong>ndo. porbm, a que o ren, p~lo facro <strong>de</strong> ter ficado a<br />

<strong>de</strong>ver aos queixo.ws a imporfancia <strong>de</strong> tanto gado, que elles lhe<br />

ven<strong>de</strong>ram fiado, hypnthecaodo os hens em 9egui<strong>da</strong> a om cunhado,<br />

r? evadindo-se <strong>de</strong>pois para o Brazil, eouimeit8ra evi<strong>de</strong>ntemeu.<br />

le o crinie <strong>de</strong> I ~uiatoWp ti% famh a&+, previsto em mutm.0<br />

cmw& pelo arligo 1:153.' do codigo do cornrnercio ;<br />

Coosi<strong>de</strong>rando que por não se achar expressamente previsto<br />

no eodigo penal aquelle crime, náo se ha <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r, que Eqaa<br />

impune, to<strong>da</strong>s as vazes que elle se aioslre, coma tal caraclerisado,<br />

e rfirnmettido por um commercianfe, porque o artigo 1:153.*<br />

do wdígo do commercio, que e orna lei especial, a qual @e fóra<br />

<strong>da</strong>s disposiç6es d'alle todo aquelie, que commetier este crime,<br />

man<strong>da</strong>ndo que prwsado sem pri<strong>de</strong>giu algum e, m termos<br />

wdharios, no &i20 mmminal competente, não pi<strong>da</strong> consi<strong>de</strong>rar-se<br />

revogado pelo eodigo penal o~lerior, caco em que re fara acerta<strong>da</strong><br />

a applicaçào do artigo &j: do mesmo codigo a especie do<br />

processo, porque n'elle se legi~lou sem distinc$io, a respeito <strong>de</strong><br />

negociantes que gnebram fraudutentanienla :<br />

Por todos eslec fun<strong>da</strong>mentoc, E atten<strong>de</strong>odo a que o snpremo<br />

tribunal <strong>de</strong> jnstiça julga <strong>de</strong>nnitivarnenle sobre terroos e formali<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> processo, e, se a nnlli<strong>da</strong><strong>de</strong> vier <strong>da</strong> I: inçraneia, rerileite<br />

os autos ao mesmo, ou diverso juizo: como lar mais conveniente<br />

; vista a dispoeiçâo do artigo 51.- <strong>da</strong> Iri <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> <strong>de</strong>eembro<br />

<strong>de</strong> 1Y13 e artigo 1:iW.O do codigo do processo civil ; eonce<strong>de</strong>m<br />

a revista, e man<strong>da</strong>m que o processo baixe ã i.* iortancia,<br />

d'on<strong>de</strong> subira, para ahi se <strong>da</strong>r cnrnprimento k lei.<br />

Lipboa, 34 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1877. - tapes Branco - Çoudt: <strong>de</strong><br />

FO~DOS - Oliveira - Xeneees - Tem voto do snr coiiselbeiro<br />

riscoo<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alves <strong>de</strong> S

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!