P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa
P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa
P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Aggta+o: - C não atppeilaçbo, é O ieCriW<br />
competente do <strong>de</strong>sptrcno ae niio pranaooia,<br />
par niiu ne repir$arcm trimtnosbs ob fht.bom<br />
Nos antos crimes <strong>da</strong> relação <strong>de</strong> <strong>Lisboa</strong>, comarca atei-ntal do<br />
Punehal, recorrente a míuisbrio pnbJico, Se proferiu O aC-<br />
cor<strong>da</strong>o segainte :<br />
Acr~nlarn os do conselho no supremo tribunal <strong>de</strong> justiça :<br />
-.Que vi+tr, O <strong>de</strong>spacho <strong>de</strong> não pronuncia tl. 8, por Se reputarem<br />
nlo criminosos 09 facíor: rmpatados, e atr~nd~ndo a que <strong>de</strong><br />
><br />
esse <strong>de</strong>spacho competia<br />
rurnerilo<br />
t5a sómente o aggravo dc.in:t<br />
par se verificar a di~posicão do artigo 996.0 <strong>da</strong> norresima reforma<br />
jadiciaf, e conse~uiot~meote não podia inlerpbr-se o recurso<br />
<strong>de</strong> appella@o Q. 87, nem rl'esta conhecer-se como ec conheceu<br />
no accordão 8. 87; iulgam aullo este accordào e Indo ,o<br />
processado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a promoc5o do rniqisterio publico a fl: 86, rn<br />
, Ine. e man<strong>da</strong>m barxai os autos ao juizo <strong>da</strong> li iaslancta para<br />
C<br />
os effeitos Iegae~.<br />
Lishna, i5 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1876. - Hebello Cabral - Pereira<br />
Leite - Oliveira - M.enezes - Sa Vargas. - Presente, Vascon-<br />
ébjectos fu~tebibfi : - s;en<strong>de</strong> eneo~iQrrão@, <strong>de</strong>ve<br />
fhzer-se :iate <strong>de</strong> at);pre$e~~sW~, e proGe<strong>de</strong>r-se<br />
ai'e:ias R exame e cm*.p8 &e cheiia%m9<br />
fsxeeurle-%e zzaiimnclsna íradrrgaqão sohre oa<br />
ffict~s a~guiPoar.<br />
Q~ilenPton : - po<strong>de</strong>m pirup&e-fie rro goir~ %e-<br />
BPe crlmem gelur qaaes mÃo haja proriuneia.<br />
Nos .autos crimes <strong>da</strong> rehçáo do Portír. comar. <strong>de</strong> Cbave8, r?<br />
corrente. Manocl Antonio <strong>de</strong> Moraei, recorrido o minisbrio<br />
pnblico, se proferiu o accordão se~oinle :<br />
Aceor<strong>da</strong>m em conf~reneia os do çoosellto no supremo tribunddC<br />
justiça :<br />
O rninislerio publico, prlo s~u representante na ronlarca <strong>de</strong><br />
Chaves, <strong>de</strong>duz crintra o recorrenke, no libello <strong>de</strong> 8. a, accusa-<br />
@o crima <strong>de</strong>, com ounos, ter no dia 14 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1873<br />
furtado <strong>de</strong> uma loja uiiia jie$a <strong>de</strong> saragop, e <strong>de</strong> ontra alguns:<br />
metros <strong>de</strong> panno era, e bem aa!m <strong>de</strong> se associar com vari~<br />
indioiduas para irem no inriicado dia ãquella villa, por ser a -1-<br />
ra <strong>de</strong>nomina<strong>da</strong> dos Quatone, com o intuito <strong>de</strong> lurtarem os ob~e-<br />
CLOP que po<strong>de</strong>ssem.<br />
A senleaça <strong>de</strong> R. 77 v., absolvendo o í3ho.do recorrent4,<br />
oambam impficado nos dois fartos, e no <strong>de</strong> associação, con<strong>de</strong><br />
mnou to<strong>da</strong>via aguelle em cinco aonos <strong>de</strong> prisão maior cellnlar,<br />
e na alternativa na <strong>de</strong> <strong>de</strong>z aonos <strong>de</strong> <strong>de</strong>predo para Abjq i:<br />
classe. Esta senlmça B confirma<strong>da</strong> eaiquarho coa<strong>de</strong>rnua no aocordão<br />
<strong>de</strong> fl. 103, porém reduz a pena imposla a mela<strong>de</strong>, isto é,<br />
a trinta mezes <strong>de</strong> prisão ceilulat, e na alrernativa na <strong>de</strong> cinco<br />
annos <strong>de</strong> dsgredo para a Aftiea, i: classe. d'este accordão<br />
que provbm o recurso.<br />
~lbn<strong>de</strong>ndo, porem, a que o presenle processo iabora em<br />
maaifesta nulii<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o seu principio, e nu do seu prosegnirnento,<br />
por se não lerem observado n'elle as restrictas prescripçòes<br />
legam, e aguella minuciosa in<strong>da</strong>gação sobre os factos<br />
arguidos, que possam anctorisar a <strong>de</strong>ver im@r condigna pnnição<br />
; porquaiib :<br />
Atíen<strong>de</strong>ndo a goe, dizendo-se furta<strong>da</strong> uma peça <strong>de</strong> $ar%&<br />
ça, qoe os antos rno.ilram ier sido <strong>da</strong><strong>da</strong> a puar<strong>da</strong>r a orna van<strong>de</strong>ira<br />
por um terceiro, se não fez o respeclivo auto <strong>de</strong> appre<br />
bensão, nem 5s proce<strong>de</strong>n, Com0 Cnmpria, a exame e ccrpa <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>licio directo, peta qual se verificasse a sua quali<strong>da</strong><strong>de</strong> e qaanti<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> metros que continha t? o juslti prcçu que valeria; antes<br />
muito iocuniyetenlemeute, por quem a tinha em seu po<strong>de</strong>r<br />
a guar<strong>da</strong>, foi entregue a esse, qna se <strong>da</strong>clarau seu dono. Outro<br />
tanto se praticou com o paiino cru, apanhado e encontrado em<br />
Bagrante <strong>de</strong>lick, em po<strong>de</strong>r d'esse terceiro, que já se havia apossado<br />
<strong>da</strong> saragoqa, e por coosquiob O resporrsare.1 por esses factos;<br />
Alteaãendo a que, sobre a previa associação <strong>de</strong> varsios individnos<br />
conloiados para praticarem aqaelles furtos, o corpo <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>lieto indirecto 6 O ~ISSO a e11661 respeito, nem o sumniario fornece<br />
indicios <strong>da</strong> mesma; e comquanto se houvese quereiado<br />
tambem por esta facto, não foi atlendido no ileçpacho <strong>de</strong> proauncia<br />
a fl. . . ., por não havcre-a indicins sunicienbs para <strong>de</strong> ver comprehnn<strong>de</strong>r na niesrna o recorrente;<br />
Atten<strong>de</strong>odo, pois, a que não lendo barido pronuncia sobre<br />
este capitulo, ali83 imporlanrissimo, nio ponia neni <strong>de</strong>via servir<br />
<strong>de</strong> accusaçào no 4.' artigo do libello, e basear o 7.0 quesito proposto<br />
ao jury, Gula resposta, comquanto anirmaliva, esli em<br />
palpavel wolradícç%o cum a qne proferiu Da resposta ao quesito<br />
i5.0 :<br />
Em vista do exposto conce<strong>de</strong>m a revista, e <strong>de</strong>cidindo <strong>de</strong>finitivamente<br />
sobre termos e formati<strong>da</strong>tles do processo na ~aniormi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>da</strong> lei <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 4813, julgam nullo e <strong>da</strong><br />
neohum eireito todo o pi.ocessado <strong>de</strong>ste processo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o seu<br />
principio (mas sb com relação a este recorrente), e man<strong>da</strong>m que<br />
baixe % 1: instancia para os <strong>de</strong>vidos e8eitos legaes.<br />
<strong>Lisboa</strong>, 97 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1876. - Ag~ilar - Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> AIves<br />
<strong>de</strong> S% - Campos Httnriques. - Tem voto dos conselheiros<br />
Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Seabra e Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fornos, Aguilar. - Fui presente,<br />
Sequeira Pinro.