P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa
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ido Manoel 30sB Canpello, contra sua mãe Maria Josefa <strong>da</strong> Velha,<br />
que sendo a dita interdiqâo julga<strong>da</strong>, em 4: instancia, na<br />
senteoca tl. 9.5 v., a que se oppozerain os embargos fl. 35, e na<br />
<strong>de</strong> 8. 392 v. que os julgou improce<strong>de</strong>ntes, a r6 ioter~i.l.1:~ appellou<br />
para a relação do Porto, a qnal no aecordão 8. 3:i.i eoa6rmon<br />
em parte e revogou no principal a sentença applia<strong>da</strong>, sendo<br />
porem esse accordão embargado a fl. 345, e fallecendo antes<br />
<strong>da</strong> sustentago dos embargos a autora ernbargaote Ji.iiiliiina <strong>de</strong><br />
Aranjo, como se mostrou pela cenidâo <strong>de</strong> obito a R. R:U :<br />
Mostra-se a fl. 355, que a r6 emb:iiq:illa, e hoje recorri<strong>da</strong>,<br />
fim<strong>da</strong>ndo-se na certidão ex B. 3.56 até 365. regtreren ne, visb<br />
doutra nuxi terem sido Uanos~los6 Campello e seu !lho JO?~.<br />
menor impnbere, julgados os unicos representanles <strong>da</strong> Rlleci<strong>da</strong><br />
Joaqaina <strong>de</strong> Aranjo, sua mulher e máe, fossem <strong>de</strong>s<strong>de</strong> ja tambcm<br />
julgados. aqui habilitdilos para o progresso <strong>da</strong> causa, citando-se<br />
<strong>de</strong>pois para verem prosegnir seus termoi, com oorneaç5ti<br />
<strong>de</strong> cnrador ao menor ;<br />
Mostra-se, qae assim se julgou no accordão 0. 367, sem<br />
prece<strong>de</strong>rem artigos <strong>de</strong> habilitação e citaçiio para elles, e sem<br />
audieneia dos habilitandos e do curador do menor, que se nomeou<br />
fão somente no <strong>de</strong>spacho ti. 568 ;<br />
Em tal siruação, coiisi<strong>de</strong>raodo, que a habilitago <strong>de</strong>!ia. <strong>de</strong>duzir-se<br />
por art~gos e em separado novissima reforma judictaria<br />
artigo 737.0, e não podia <strong>de</strong>cidir-se sem citação especial <strong>da</strong>s<br />
pai.11.. para a sua coo6ssão ou conteetação, cila<strong>da</strong> reforma arli-<br />
$0 ;:;.a ;<br />
Consi<strong>de</strong>rando que a relaç.50, jnlgando como julgou habilitados<br />
o marido e o 6iho menor <strong>da</strong> falleci<strong>da</strong>, sem citagào e audieno~a<br />
d'elles e do curador do menor, e conseguinremenie sem<br />
a confissão dos precisos artigos <strong>de</strong> habilitaçiio, proce<strong>de</strong>u incuinpetentemente,<br />
visto o disposto no citado artigo 737.0 <strong>da</strong> reforma<br />
judiciaria, pois que sómente no caso <strong>da</strong> prece<strong>de</strong>ncia e eoncurrencia<br />
<strong>da</strong>s diras citagáo e confisção 4 que podia ter coroperencia<br />
para o conhecimeuto e <strong>de</strong>cisão <strong>da</strong> habililapSo: que no caso<br />
<strong>de</strong> contestação pertencia ao juiz tie direito <strong>de</strong> 4.8 instancia ;<br />
Consi<strong>de</strong>rando, pua nL podia invocar-ie ua hgpothese a<br />
disposição do artigo %:030.- do codigo civil, quando merrno tivcsse<br />
qne nao linha, a intelligencia supposla a 0. 355 e fl. 367,<br />
sein andiencia <strong>da</strong>s partes, vis10 que cumpria atten<strong>de</strong>r ao disposto<br />
na cita<strong>da</strong> reforma em harmonia com a lei <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> <strong>de</strong>aembro<br />
<strong>de</strong> i761, titulo 3.0 $ le." e até nos artigos %:i9h: e<br />
I:Ii03.* 8 unico do nodigo civil ;<br />
Consi<strong>de</strong>rando assim que a <strong>de</strong>cisão do accordào fl. 367 foi<br />
tumultuaria e incompetante, e por isso nulla insanavalmente;<br />
Consi<strong>de</strong>rando que ineombe ao supremo tribunal <strong>de</strong> jns!i$a<br />
conhecer <strong>da</strong>s nolli<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> processo e <strong>da</strong> sentença, ain<strong>da</strong> que<br />
nâo apontads pelas parles, e mesmo na taira do minaia, lei <strong>de</strong><br />
19 <strong>da</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> I893 arii os 4.0 e 6.0, e julgar &finitivamtç<br />
sobre termos e lormalil$afes do prowsq artigo 9: :<br />
E, conce<strong>de</strong>ndo ynrlaoto a revista, julgam uullo todo o pro<br />
cessado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 8. 355 i<strong>de</strong>ssieiè, salvo pordm os dowmentos, e<br />
<strong>de</strong>clarando por isso insabsistcntes os accard5oç fl. 367 e 8. me,<br />
visio a revista interposta a fl v., e a nalureza e o proprio<br />
valor <strong>da</strong> cansa a 0. H4 v., man<strong>da</strong>m <strong>de</strong>Qolve~ os aalos a mesma<br />
relaçio do Porto, para que por diversoc. juizes se cumpra a lei.<br />
Lkboa, 7 dti <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1876. - Aebello Cabral - Oli-<br />
veira - Meneees - Lopas Branco. - Presente, Vaseonoellos.<br />
(D. do O. no U6 <strong>de</strong> 1877).<br />
Bomici&o : - o corpo <strong>de</strong> <strong>de</strong>I?licto por eate crime<br />
<strong>de</strong>ve moetn~ s cansa <strong>da</strong> morte <strong>de</strong> modo<br />
gne se verifiqne legalmente c &e modo<br />
irreoneaveS, qoe fai <strong>de</strong>vf<strong>da</strong> n iacta tiími-<br />
QBBO.<br />
Ass1gnatai.a : - n do jnh <strong>de</strong>ve oer lnte~llgtvel.<br />
Nos auiqs cr!mes <strong>da</strong> relac;áo <strong>de</strong> <strong>Lisboa</strong> (6.a vara), i.* recorrente<br />
o niiiii-tario publico, 2.0' recorrentes D. Joanna Maria Pereira,<br />
seu tiilio Cariùs Filippe Pereira e Francis~o José <strong>da</strong> Siha, se<br />
proferiu o ãccordão SegQiJIte :<br />
Accor<strong>da</strong>m em conferencia os do conselho no supremo tribunal<br />
<strong>de</strong> justip :<br />
Vistas, examinados e discutidos estes autos, em que o ministerio<br />
publieb querelou no juizo <strong>de</strong> direito do terceira dbtricto<br />
orimioal <strong>da</strong> comarca <strong>de</strong> Lisboq conlra D. Joanna Maria Pereira,<br />
Carlos Filippe Pereira e Francisco Jose <strong>da</strong> Silva, e só cmtt~ elles,<br />
cwno awtmes do c* úe hicidio wlwitSo,paticah o~l. pss.<br />
aon<strong>de</strong> Cwrinm dootmwi? Soaiis. na m'te <strong>de</strong> 10 &aposto & i876,<br />
na casa n." %! <strong>da</strong> trowsa dcs Oliueira, r1 ~i.l~mt OS dO.iS<br />
primkus querelados, c- puni<strong>da</strong> psb avtigo JtY.* do digo penal; e outrosim contra o trrceiroquerelado, por esrartambem<br />
incwso nm penas ãa artigos 389.0 e 661.0 &i citado digo, sem<br />
io<strong>da</strong>via aponlar w factos porqae incorreu assim nas ditas penas,<br />
como se mostra a fi. 3.55 e 8. 256 ;<br />
Yisto o <strong>de</strong>spacho <strong>de</strong> pronuncia 81-11. 26% v., em que 9 juiz<br />
do terceiro districto criminal iiaterb, ou o do primeiro servindo<br />
no terceiro, indicinu oi querelados, e copia nrbnixa -<strong>da</strong><br />
Welligivel os obrigou a prisgo e Iívramento sem adrnissãfl <strong>de</strong><br />
fiança, na Wrma querela<strong>da</strong>, e com <strong>de</strong>claração do terceiro qnerelado<br />
o ser lambem por haver Ennpdo prosimzo a Mafra, e em<br />
lqpar sscicso, o ca<strong>da</strong>ver <strong>da</strong> oictirnq cmn o fini be impdk o prw<br />
ceimento <strong>da</strong> justipl ;