11.05.2013 Views

P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

era diflere~te <strong>da</strong> empreza constructora, que esta e não aqnella<br />

4 que <strong>de</strong>ra a empreila<strong>da</strong> ao padre, e a responsavel para mm elle,<br />

e que o recorrente era pessoa illegilima para ser executado, e<br />

portanto <strong>de</strong>via annullar-se a execriçio, contra elle promovi<strong>da</strong>;<br />

Mostra-se qutt recebidos os embargos com suspensão <strong>da</strong> ere-<br />

cnção por <strong>de</strong>spacho <strong>de</strong> que não se r~?coi.rcn, foram contestados<br />

pelo recorrido com a maleria <strong>da</strong> illogitimi<strong>da</strong><strong>de</strong> dos embargos e<br />

<strong>da</strong> i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> jaridica que se <strong>da</strong> entre a actual companhia dos<br />

caminhos <strong>de</strong> ferro c,m a empreza do marquez <strong>de</strong> Salamanca, que<br />

lhe nassoa todos os direitos e obrigapões no caminho <strong>de</strong> ferro do<br />

norie ;<br />

Mostra-se que seguidos os tramites competentes, I santenqa<br />

8. 28 iulgou proce<strong>de</strong>ntes e provados os embargos, par isso que<br />

cinrnilrehendidos no 0.0 2.0 do artigo 6 i7.O <strong>da</strong> novissima reforma<br />

jnilia.irria, e bem assim nem mpregoeira, nem a actual compa-<br />

nhia real dos caminhos <strong>de</strong> brro portupuezes, foram os <strong>de</strong>man-<br />

<strong>da</strong>dos* ouvidos e convencidos na acçao do empreiteiro padre<br />

@entro, e consegaintemente não po<strong>de</strong>m ser os executados, nem<br />

a empreza coiistructora podia cunfundir-se com a cúmpanhia<br />

exploradora, nem esta i obriga<strong>da</strong> a pagar dividq sem ser con-<br />

venci<strong>da</strong> em acç:Fão competente, para a qual resalvára direito, e<br />

isto sem embargo <strong>de</strong> Aqnrar-se ahi Espregueira, como director<br />

<strong>da</strong> companhia, pmwa cunipetenle para ser citado, segundo o<br />

3.0 do artigo 201." <strong>da</strong> ctta<strong>da</strong> reforma ;<br />

Mostra-se, finalmenle. que ein grau <strong>de</strong> appellacão se canfir-<br />

mou no accordio fi. 93 a dita senten-a, na parte r&spectir.a i le-<br />

gitimi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Eqregoeira, e se rerogou quanto ao mais, jul-<br />

gando-se iniproce<strong>de</strong>ntes os embargos por suppbr-se i.espoosavel<br />

a companhia actual pelas divi<strong>da</strong>s <strong>da</strong> empreza couslruclora, que<br />

se confundia com ella, e assim se sustentou no aceordão tl. 116,<br />

sem prece<strong>de</strong>rem LeopDes sobre OS embargos R. 96,,a que se jun-<br />

too o documento 13. 98, para mostrar que Angelo Arribas Ugart<br />

nunca foi, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a inslallaç50 <strong>da</strong> companhia real dos caminhos<br />

<strong>de</strong> ferro portuguezeq seu rdniinistrador, <strong>de</strong>legado ou director;<br />

D'aqui o recurso, nos termos <strong>de</strong> se conhecer d'ellr;<br />

O que posto, e consi<strong>de</strong>randu que a companhia real dos ta-<br />

minhos <strong>de</strong> ferro portuguezes nenhuma intervenfAo teve par .i<br />

ou por algum ibepresenrante seu, na ac@o do padre Coentro, <strong>da</strong><br />

que extrabi<strong>da</strong> a carta <strong>de</strong> esec11l:i.~ promovi<strong>da</strong> ou por elle, ou<br />

pelo seu tesaionario, a estar hatiilirado, tornando-se assim rppli-<br />

cave1 o cumprimento do disposto no artigo i9L.* <strong>da</strong> niivissioia<br />

retoma judiciaria, e nas artigos 130.0 n.' $.q e artigo 129.@ 5<br />

do 61iiIi:i> do pracaszo civil ;<br />

Consi<strong>de</strong>rando-se qur lanoel ABonso <strong>de</strong> Espregueira, sendo<br />

como se mostra, director &a dita companhia real para a cxplo-<br />

raçk ou trabalhos propi.iamm& techno'ws <strong>da</strong>s linhas <strong>de</strong> fdrro<br />

<strong>de</strong> leste e do norte, tt 50 para isso, não podia represeatar jni'idi-<br />

camente a companhia em pleito judicial. sem auelurisação ou<br />

man<strong>da</strong>to especial do conselho <strong>de</strong> adminiEtraç50 <strong>da</strong> companhia,<br />

que aqui não houve nem se mostra, visto o disposto nos artigos<br />

$8.; 26.0 (letra 3 e Q), e -.dos estalutos <strong>da</strong> companhia, approvados<br />

por <strong>de</strong>creto <strong>de</strong> e4 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 4859. e consqnintemente<br />

não podia -r citado para a eãecação penaente, e consi<strong>de</strong>rar-se<br />

parte I itirna para elIa, quando competisse contra a<br />

companhia, a qa3 Xirnenie pó<strong>de</strong> ser represenla<strong>da</strong> pelo uiusdho<br />

<strong>de</strong> adminiclraçio, ou pelo seu presi<strong>de</strong>nte, ou administrador <strong>de</strong><br />

Iqado, nos termos dos artigos 31." e 30.' dos citados eslatotos,<br />

em juizo, atk mesmo em aonformi<strong>da</strong>ds do 8 3: do artigo mi:<br />

<strong>da</strong> reforma judiciaria, do artigo 14.. do codigo do processo civil,<br />

e dos artigos 13: a .15.0 <strong>da</strong> lei <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1887, e nao<br />

por Espregueira, que n30 6 chefe, syndico on fiscal, mas um<br />

mero direetur <strong>de</strong> trabalhar, on empregado arnovivel <strong>da</strong> companhia,<br />

coma encarregado Gews trabaUlosproprinnrenk tecIrW;<br />

Consi<strong>de</strong>rando que a illqitirni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> parte, por falta <strong>de</strong> re-<br />

presenta@~ legal ou <strong>da</strong> primeira cita@~ compeiente, e snjeita á<br />

discussão e <strong>de</strong>cisão, em todo o tempo e estado, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte-<br />

mente <strong>de</strong> recurso, como se consignou na cila<strong>da</strong> relormq artigo<br />

739.*, e no codigo do processo civil, ariigo 131.0, E por l6ma<br />

tal que os rribunaes dc qualquer categoria po<strong>de</strong>m conhecer ds<br />

tal nulii<strong>da</strong><strong>de</strong> insupprivel, sem <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>acia <strong>de</strong> reclamagao <strong>de</strong><br />

parte, citado artigo i3i.o 8 onico ;<br />

Consi<strong>de</strong>rando e$ &n<strong>da</strong>nti, qne o padre Loenlro ajustou<br />

a empreita<strong>da</strong> com o ernpreifeiru marqaez <strong>de</strong> Saiamanca, ou com<br />

o seu representanle Arribas, a foi contra elles só que propor.<br />

sua aqâo, e obteve a carla <strong>de</strong> senteos! e não contra a compa-<br />

nhia real dos carniiibos <strong>de</strong> ferro portuguezes, que emqnantcr não<br />

Wr convenci<strong>da</strong> e habilita<strong>da</strong> como i<strong>de</strong>etica ou a propria èmpreza<br />

constructora personalisa<strong>da</strong> no marquaz <strong>de</strong> Salarnaoca, represen-<br />

tado por Arribas, B e <strong>de</strong>ve consi<strong>de</strong>rar-se diversa d'ella, vistas as<br />

peqas ofsciaes publica<strong>da</strong>s com relação a ernpreza conslrnclora<br />

e a companhia exploradora dos caminhos <strong>de</strong> ferro, algumas <strong>da</strong>s<br />

quaes bem applica<strong>da</strong>s na senteaia 0. 98, sem analpe <strong>de</strong>li<strong>da</strong> em<br />

contrario aos accoriiàos recorridos, e visto que Arribas nunca<br />

foi engenheiro director <strong>da</strong> cornpanbia expIoi.adora, qual a actual<br />

companhia real dos caminhos <strong>de</strong> ferro porluguezes ; resultando<br />

d'aqtti uulli<strong>da</strong><strong>de</strong> insupprivel por falta <strong>de</strong> habilitação <strong>da</strong> dita com-<br />

panhia, não só coma representanie <strong>da</strong> menciona<strong>da</strong> empreza<br />

çottstrnctora, mas brnbem como responsavel n'cssa quali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

pelo pagamento <strong>da</strong> divi<strong>da</strong> cxegnen<strong>da</strong>, não rrbsiante eontiahi<strong>da</strong><br />

pelo empreiteiro geral Salamanca, a favor do snbempreiteiro<br />

Coentru :<br />

E julgaudo <strong>de</strong>fioitivamenre sobre terriios e formali<strong>da</strong><strong>de</strong>s do<br />

processo, nos termos do artigo f: 160.0 do cadigo do processo<br />

civil : conce<strong>de</strong>m a revista por nalii<strong>da</strong><strong>de</strong> do processo, e por ta!<br />

fua<strong>da</strong>uienlo annullam os accordãos recorridos, e todo 0 proces-<br />

sado, salvo os documentos, a man<strong>da</strong>m remetter os autos ao juizo<br />

<strong>da</strong> primeira instancia, ù'oo<strong>de</strong> subiram, para os effeitos Compe-<br />

tentes. E pague o recorrido as custas.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!