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P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

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Possra-se dos antos, que, não obstante o miníslerio publico<br />

ter protestado additar, em tempo, o rol <strong>de</strong> tesremunhas, <strong>da</strong>do<br />

com o requerimento <strong>da</strong> quereta, o snmmado se houve por encerrado<br />

so com o numero <strong>de</strong> nove tesiemunhas, como se v& a fl.<br />

37 v., e que não se empregaram todos os meios, que a lai lacalia,<br />

e que o caso actual exigia pela sua gravi<strong>da</strong><strong>de</strong>, a fim <strong>de</strong> se<br />

obbr o <strong>de</strong>scobrimento <strong>da</strong> ver~a<strong>de</strong> ;<br />

E porqne o artigo 13.0 n.* 14.8 <strong>da</strong> lei <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> 'nlho <strong>de</strong> 185.5<br />

<strong>de</strong>clara n,iitil<strong>de</strong> irnanave1 b<strong>da</strong> a praterição uu i/leg?li<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

actm substanciaes para a <strong>de</strong>feza ou para o <strong>de</strong>scobnmenlo <strong>da</strong><br />

ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, que possam influir nü exame ou <strong>de</strong>cisão <strong>da</strong> causa ;<br />

Consi<strong>de</strong>rando que o proii:sto <strong>de</strong>duzido a 8.80 v., no acto <strong>da</strong><br />

anùiencia geral pelo ministerio pnblieo, nos termos do artigo<br />

1:163.0 <strong>da</strong> novissima reforma jndiciaria, 6 proce<strong>de</strong>nte e iegal,<br />

em vista <strong>da</strong>s razões expostas;<br />

Conce<strong>de</strong>m a revista, annullam o processo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o <strong>de</strong>spacho<br />

ti. 38 v. exclnsivamente, pelo fun<strong>da</strong>mento primeiro do protesto<br />

do ministerio publico na audiencia geral a a. 80 v., e man<strong>da</strong>m<br />

remetter os antos ao juizo <strong>de</strong> direilo <strong>da</strong> wmarca <strong>de</strong> Setubal,<br />

para se completar o summario com o maior numero <strong>de</strong> testemunhas<br />

qiie a lei permittir, conforme o ministerio publico em<br />

tempo prometteo adtlitar, e seguirem-se os mais termos <strong>de</strong> direito.<br />

<strong>Lisboa</strong>, 41 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 1877. -Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alves <strong>de</strong><br />

Sa - Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fornos - Aguilar - Oliveira - Menezes. - Fui<br />

presente, Seqaeira Pinto.<br />

'Fteetameoto <strong>de</strong> mão commama : - anees <strong>da</strong> Bigentla<br />

do codiga civiE podiam PRze1-o os<br />

coirjnges, um em iavo~ do outro, po<strong>de</strong>ndo o<br />

ãcrbrevfvo dispor dos bens do Pallecido, cemo<br />

oeméi.<br />

Nos antos civeis <strong>da</strong> ~iação <strong>de</strong> <strong>Lisboa</strong> jc~marca <strong>de</strong> Leiria), re-<br />

Eorrente Anna Emilia, recorridos Maria <strong>de</strong> Jesus e ontroç, se<br />

proferiu O accordão seguinte :<br />

Aocor<strong>da</strong>m os do eonselho no supremo tribunal <strong>de</strong> justiça :<br />

Qne relatados e discutidos os fun<strong>da</strong>mentos, por que na mi-<br />

nuta <strong>de</strong> fi. i14 v. se pe<strong>de</strong> a concessh <strong>da</strong> revista, nos termos do<br />

artigo I:i7O.' do codigo <strong>de</strong> processo civil, applicaveis ao pre-<br />

sente recurso pelo arligo 8.0 <strong>da</strong>s disposifles transitorias do mes-<br />

mo codigo ; e<br />

Consi<strong>de</strong>rando qne o fun<strong>da</strong>mento ahi <strong>de</strong><strong>da</strong>zido consiste em<br />

não admittir <strong>da</strong>vi<strong>da</strong> a disposi$io do testamento <strong>de</strong> mão com-<br />

mum, constante a 8. 13, pne wtabelecendo a institui* reoi-<br />

proca dos dois coojuges, como era permittido pela legislaflo vigente<br />

a esse tempo, e bcqueatissimo no reino, <strong>de</strong>u ampla Iiber<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

ao cooju$a que sobreviveuse, <strong>de</strong> dísphr, como lhe apronvesse,<br />

dos bens do que primeiro falleçesse ;<br />

Consi<strong>de</strong>raudo que este ian<strong>da</strong>meoio, adoptado pelos dois juizes<br />

que tencionaram a ti. 13 V. e 0. 101, e que ficaram vencidos<br />

na <strong>de</strong>cisão do aecordão wçorrido fl. 1% 6 proce<strong>de</strong>nte e Jegal,<br />

visb que o lectamento 6 ass.çirn.eoncebido :<br />

= Disserani que eram casados i face <strong>da</strong> igreja,'hão tendo<br />

filhos Ueste matrimonio, nem her<strong>de</strong>iros aignns nec&sarios, e<br />

por isso se MMtiti~em her<strong>de</strong>iro.$ una <strong>da</strong> dootllro, <strong>de</strong> todos os bens,<br />

direitos e acções <strong>da</strong> que primeiro fallecer, po<strong>de</strong>ndo a ultimo que<br />

ficar, ven<strong>de</strong>r, hypothecar e d@$ dos bens <strong>da</strong> me+ do qw<br />

prapram-eiio<br />

fallecer, como k aproutcw 3 ;<br />

Consi<strong>de</strong>raudo que esta auctorisação ou facul<strong>da</strong><strong>de</strong> concedi<strong>da</strong><br />

ao eoujugr. sobrevivo, 6 ampla e sem restric@o alguma quanto<br />

á maneira <strong>de</strong> disNr, e que nenhuma lei havia que inbibiese os<br />

testadores <strong>de</strong> a estabelecer n'eates termos, não tendo filbos nem<br />

her<strong>de</strong>iros neceasarios, como <strong>de</strong>claram, e nIo se contesta;<br />

Consi<strong>de</strong>rando que nào podia por isso ser limita<strong>da</strong>, como<br />

foi, pelos juizes vencedores no accordão recorri<strong>da</strong> 8. I@, sem<br />

manifesta nffensa <strong>da</strong> lei, qne man<strong>da</strong> respeitar a vonta<strong>da</strong> dos teçtadores<br />

conforme se pon<strong>de</strong>ra na miouta a Q. 114 v., e em que<br />

se fun<strong>da</strong> o recurso;<br />

Consi<strong>de</strong>rando goe as disposi eu por via <strong>de</strong> testamento são<br />

um meio legal <strong>de</strong> traoçmitbr e C? e adquirir direitos, e que por<br />

conseguinte, sem exclnsão expressa, não podiam <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser<br />

consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s comprehendi<strong>da</strong>s na facul<strong>da</strong><strong>de</strong> illimira<strong>da</strong>, que os<br />

oonjages, instituindo-ss reciprocamente her<strong>de</strong>iros, ronce<strong>de</strong>ram<br />

um ao ontro, <strong>de</strong> disp6r o sobrevivo <strong>da</strong> mea@o dos bens do que<br />

primeiro fatieecsse, como lha aprouvesse;<br />

Consi<strong>de</strong>rando que a alienaGo <strong>da</strong> proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> pb<strong>de</strong> fazer-se<br />

por qualquer dos modos por que pii<strong>de</strong> adqoirir-se, codigo civil,<br />

artigo 2:357.", 0 entre estes a par .<strong>da</strong> oçcupa@o, e do coatraio,<br />

foi sempre wnsi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> a disposição <strong>de</strong> iiliima vonla<strong>de</strong> ;<br />

Consi<strong>de</strong>rando que o direi60 <strong>de</strong> proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> adqnirido pela<br />

herança, e ca<strong>da</strong> um dos direjlos espeeiaes, que Ibe 350 inherente?,<br />

s qoe esse direilo abrange, não t6em outros limites senão<br />

os ue Ihes são assignados peta natureza <strong>da</strong>s coo-as, por ronla<strong>de</strong><br />

%i, proprietario ou por disposição expressa <strong>da</strong> lei, codigo civil,<br />

artigo 9?:170.a ;<br />

Consi<strong>de</strong>rando que regras <strong>de</strong> iaterprebaçAo joridica, on argumentos<br />

por inducção on pari<strong>da</strong><strong>de</strong> não po<strong>de</strong>m prevalecer contra<br />

disposifles claras e positivas, quaes as do Leskmeafo mnstante<br />

<strong>da</strong> ceriid30 iol 13, e que n'esies termos B evi<strong>de</strong>nte que o<br />

teslarnentu & 16 não contraria em euusa alguma o <strong>de</strong> fl. 33, leudo<br />

o testador, conjuge ~;obredro, disposto n'elle, como lhe apronva,<br />

e legalmente podia fazer, <strong>da</strong> heranp que havia adquirido<br />

por meio <strong>de</strong> um reskirnento <strong>de</strong> mão cornmam, com <strong>da</strong>ta <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong>

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