P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa
P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa
P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
naçZo que precisamente ila offensa, e não <strong>de</strong> ontra qualquer<br />
cowa estranha, resnlte alguma <strong>da</strong>s cnnseqrienciaç <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s nos<br />
quatro numeros do dito artigo 361.7 o que ha tle verificar o<br />
corpo <strong>de</strong> ditlicto, lambem precisamente nos termos do ootro artigo<br />
18: do mesmo mdigo ;<br />
Consi<strong>de</strong>rando que <strong>da</strong> ofensa corporal atm'bui<strong>da</strong> ao recorrente<br />
não resul~ou, segundo se 18 nos citados exames directos,<br />
nrobuma <strong>da</strong>s conseqnancias <strong>de</strong>scripias nos quatro numeros do<br />
arligo 361.0, mas <strong>de</strong> uma febre interrnittente sobrevin<strong>da</strong> ao<br />
qoeixoso, que era totalmente in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> offensa que soffren<br />
;<br />
Consi<strong>de</strong>rando que a querela <strong>da</strong><strong>da</strong> e recebi<strong>da</strong> com fun<strong>da</strong>mento<br />
no n.' 4.0 do artigo 36i.", 1130 so o foi contra a letra expressa<br />
dos citados artigos do codigo, mas contra o que explidtamente<br />
<strong>de</strong>clararam os Pacnltaliuos nos exames 0. 3 e B 60,<br />
d'on<strong>de</strong> resulta que não havia corpo <strong>de</strong> <strong>de</strong>licto em qne se baseasse<br />
a querela tal como se <strong>de</strong>u e recebeu, e que ella e<br />
rodo o mais procedimento são nullos pela expressa disposi@o<br />
<strong>da</strong> lei no artigo 901-* <strong>da</strong> novissiiria reforma iadicisria; e no artigo<br />
13: n: 2.- <strong>da</strong> lei <strong>de</strong> $8 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1885 :<br />
Portanto, e em ~bt~-~rrvancia dos artigos 9.0 e 6.4 <strong>da</strong> lei <strong>de</strong><br />
19 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>da</strong> ISi:l, conce<strong>de</strong>ndo a revista, e julgando <strong>de</strong>lnitivamente,<br />
annnllam o processado e julgado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a quereia<br />
inclasivamente, e man<strong>da</strong>m baixar os autos a i.* inslancia para<br />
os effeitos Iagaes, ficando por esta <strong>de</strong>cisão prejudica<strong>da</strong> a qnestão<br />
<strong>da</strong> fiança. que 15 inlempesiiva, emquanto contra o recorrente<br />
não bonver culpa vali<strong>da</strong>menle forma<strong>da</strong> pne possa obrigal-o a<br />
prisão ou a prestal-a.<br />
<strong>Lisboa</strong>, 9 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1877. -Oliveira- Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fornos<br />
- Rebello Cabra1 - Yenezes. - Tem voto do snr. conse-<br />
Iheiro Lopes Branco. -Presente, Vascouc~Ilos.<br />
i3xtepçRo <strong>de</strong> preser3p$iio : - $enicioaando al-<br />
gnrn juiz na relag&cs sobre ella, ipiio se<br />
p0<strong>de</strong> abriadonaw esne pemto para as êsa-<br />
tar <strong>da</strong> Lllegitimfifiairc <strong>da</strong>s pargeR.<br />
NOS antos civeis <strong>da</strong> relação <strong>de</strong> <strong>Lisboa</strong>, recorrente Cazirniro Go-<br />
mes, recorridos o wu<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lumiares e sua esposa a con<strong>de</strong>ssa<br />
do mesmo tilnlo, se proZtlria o accordão seguinfe:<br />
Aceor<strong>da</strong>m em conferencia os do conselho no supremo tri-<br />
bunal <strong>de</strong> justiça :<br />
Vistos estes autos mostra-se que tendo o recorrente pedido<br />
no lihlfo a. 3, como oessionario <strong>de</strong> diversos legatarios contem-<br />
plados 40 testamento <strong>de</strong> D. Juliaana Xavier Botelho, marqurza<br />
<strong>de</strong> tumiares, que os r4us fossem an<strong>de</strong>mnados a satisfazer-lhe<br />
a imi~ortancia<br />
dos ditos legados, ain<strong>da</strong> uso p ap, com os respe-<br />
ctivos juros, foi o IibelIo contrariado por negarao, articulando-se<br />
no principio excepqão <strong>de</strong> preecripção na fórma <strong>da</strong> lei ;<br />
Mostra-se mais que, seguindo o feito seas termos regulares,<br />
se proferiu a senteng final <strong>de</strong> 8. 839, julgando proce<strong>de</strong>nte e<br />
prova<strong>da</strong> a excepgão <strong>de</strong>duzi<strong>da</strong>, e que, appeilando os recorridos<br />
para a r<strong>da</strong>go do districto, ahi, pelo amrdão <strong>de</strong> fl. 272, foi a<br />
sentença <strong>da</strong> 1.' instancia revogaùq e conhecendo-se em segui<strong>da</strong><br />
<strong>de</strong> wiltit, foram os réus con<strong>de</strong>mnados ao pagameato <strong>da</strong> quan-<br />
tia pedi<strong>da</strong>;<br />
Mostra-se mais qae, recorrendo os reus <strong>de</strong> revisla para este<br />
supremo tribneal, foi esse aecordão annallado, pelo lan<strong>da</strong>mento<br />
<strong>de</strong> se haver julgado <strong>da</strong> mwitis sem terem os autos volkido ao<br />
primeiro juiz lencionante, que se havia limitado na soa tenfao<br />
2 materia <strong>da</strong> excepçfio <strong>de</strong> prescripção, attendi<strong>da</strong> na sentença <strong>da</strong><br />
i.* instaoeia, or<strong>de</strong>nando-se que us autos baixassem ao mesmo<br />
tribunal para qne por diversos juiies se <strong>de</strong>sse cumprimento a<br />
lei; Mostra-se mais que, baixando os autos pelo accordão <strong>de</strong> O.<br />
32X, foi a sentença <strong>da</strong> 3: insraucia revoga<strong>da</strong>* e absolvidos os<br />
réus <strong>da</strong> instancia, com o fun<strong>da</strong>mento <strong>da</strong> iüqitimW &s T&S,<br />
para figurareni n'este procersu, por constar dos autos que a pes.<br />
soa que elles representavam era ja faiieci<strong>da</strong> quando morre0 a<br />
testadora ;<br />
Consi<strong>de</strong>rando, porem, que tendo o primeira e segundo jniz<br />
apreciado a questáo <strong>da</strong> prescril)ção ventila<strong>da</strong>, o primeiro <strong>de</strong>s-<br />
prezando-a, e o segando julgando-a proce<strong>de</strong>nre, uão podia ci ter-<br />
ceiro jniz abandonar o ponto controverso para eonvolar para<br />
outro qnalquer inci<strong>de</strong>nte, vi.10 qiie formula<strong>da</strong> a <strong>de</strong><strong>da</strong>ai<strong>da</strong> a ex-<br />
cep*, nos termas <strong>da</strong> foi, necessariamente <strong>de</strong>via ser previamen-<br />
le resnl vi<strong>da</strong> ;<br />
Consi<strong>de</strong>rando que eomqoanto se allegne na dia terceira<br />
tengãci, cam a qual as squiures se eunlormarani, que prjaieíro<br />
que tudo cumpria resolver sobre a ímbQit@ e legitimi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s<br />
panes, invocando-se a clisyosição !a lei <strong>de</strong> %2 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong><br />
$764, tiíulo 3.0 5 19.0, nem essa disparição, ezara<strong>da</strong> acci<strong>de</strong>ntal-<br />
melite em ama lei <strong>de</strong> fazen<strong>da</strong> carn relago a emhargante dr: íer-<br />
ceii.9, tinha a exfensnsãci absoliiia qne se Ihr, a:tribue em mitoria<br />
civil, corno se mauifesta nos (ermos <strong>da</strong> or<strong>de</strong>naqk, titulo 2D.u 8<br />
16.0, nem pó<strong>de</strong> sei boje invocadá rm vista do disposto no artigo<br />
Si6.a <strong>da</strong> novissima rcfortua, goe sujeitou a certa.a ùiver, for-<br />
mali<strong>da</strong><strong>de</strong> t9<strong>da</strong> a materia cfe excepms peremptorias ou dilato-<br />
rias: E comquanto para dorar a farta <strong>da</strong> <strong>de</strong>due@o formal <strong>da</strong><br />
exireepçào <strong>de</strong> PliqiZimi<strong>da</strong><strong>de</strong> partes, se diga que a cootrarie-<br />
<strong>da</strong><strong>de</strong> por negacão gr?ral envolve todo o artioulado no libello, nem<br />
por isso se põ<strong>de</strong> concluir que e indi5erente on inntíl proce<strong>de</strong>r<br />
oo d o proce<strong>de</strong>r como a lei or<strong>de</strong>na ;<br />
Consi<strong>de</strong>rando oatrosim que, al8m <strong>da</strong> referi<strong>da</strong> irregolari<strong>da</strong>-