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P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

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kk8 ACCORD-%OS DO SUPREMO<br />

Woro : - a Efqnl<strong>da</strong>c5ía <strong>da</strong> esttprriado em papei<br />

moe<strong>da</strong> beve fazer-me pela aglo õ'estn '<br />

ao tempo do pagamemt*.<br />

Nos autos civeis <strong>da</strong> relação <strong>de</strong> <strong>Lisboa</strong>, juizo <strong>de</strong> direito <strong>da</strong> 6.1<br />

vara, remcrentes o bar50 e a barooeza <strong>de</strong> Almeirim, recorrido<br />

Domingos Abilio Pinto Barreiroq se proferiu o accordão<br />

seguinte :<br />

Accor<strong>da</strong>m os do conselho no supremo tribunal <strong>de</strong> justiça,<br />

etc.<br />

Qne conhecem do recurso, e apreciando as eonelusões <strong>da</strong><br />

minuta <strong>de</strong> 8, 400 :<br />

Conce<strong>de</strong>m a revista pelos fnn<strong>da</strong>inentoç. e nos termos em<br />

que ahi se pe<strong>de</strong> a concessão d'ella, não havendo uffensa <strong>de</strong> lei<br />

em nenhum dos outros pontos jnlgados pelo accordão recorrido<br />

fl. 3IC. por isso que sendo o contrato <strong>da</strong> sabemphyleose, <strong>de</strong><br />

que se trata, celebrado por escriptura <strong>de</strong> 23 <strong>da</strong> onliibro <strong>de</strong> iam,<br />

época em que o papel moe<strong>da</strong> tinha o curso forçado, que foi <strong>de</strong>termraado<br />

pelo alvara <strong>de</strong> 25 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 11101, 8 evi<strong>de</strong>nle que<br />

a liqui<strong>da</strong>qão, tendo <strong>de</strong> fazer-se, p?r se não entregar o proprio<br />

papel, <strong>de</strong>ve ser cegu!ads pelo agio <strong>da</strong> mesma moe<strong>da</strong> ao tempo<br />

do effectivo pagamento, não tendo applicação a especie presente<br />

a disposiçio do artigo 738.0 do codigo civil, visto que a moeaa<br />

papel n'este caso, e para o Em <strong>de</strong> que se trata, não po<strong>de</strong> repntar-se<br />

exlincta, mas corrente e com o curso legal :<br />

Conceõi<strong>da</strong> portanto revista n'este nnico ponto, peIos fon<strong>da</strong>mentos<br />

indicados, e conforme a <strong>de</strong>cisão ja proferi<strong>da</strong> sobre<br />

igual materia pelo accordão d'este supremo tribunal <strong>de</strong> justiça,<br />

que se Alega camo fun<strong>da</strong>mento para a concessZo <strong>da</strong> revista,<br />

annullam n'esta uniea parte o accordão recorrido fl. 314 v., e<br />

man<strong>da</strong>m que os autos baixem a rela~ão <strong>de</strong> Wsboa, para por differeutes<br />

juizes se <strong>da</strong>r a <strong>de</strong>vi<strong>da</strong> execação a lei, quanto a este<br />

ponto.<br />

<strong>Lisboa</strong>, i7 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1877. -Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> AIves <strong>de</strong> Sa -<br />

Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fornos - Campos Henriqnes.<br />

WbeIlo : - no dn rreçho para reivlndfiearlo<br />

$a proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s aliema<strong>da</strong>s g a ~ contratos<br />

Galneamcnte celebrrdoa, <strong>de</strong>vla tambeini pedirse<br />

a ~nndlaq&o sa iihcslcicriío d'eates.<br />

Menor: - nas eansaa em que eira interesaedo,<br />

@a irra ~omõieaiaado a <strong>de</strong>gredo yerpetno,<br />

<strong>de</strong>via somesr-se-ihai crirador, e<br />

rep orarido o rntolsferio pnbEico.<br />

Nos autm civeis <strong>da</strong> relação <strong>de</strong> <strong>Nova</strong> &a (comarta <strong>de</strong> Bar<strong>de</strong>z),<br />

recorrente Porxetoma Xette Nengue, recorrido Madna Sazia<br />

Ran Sar Dessay, se proferiu o accordãa seguinte :<br />

Accor<strong>da</strong>m os do conselho no supremo tribunal <strong>de</strong> jnstiça :<br />

Consi<strong>de</strong>rando qne n libello Q. i$, pelo qnal o recorrido <strong>de</strong>duz<br />

ac@o <strong>de</strong> reivindicação conrra o recorrente e outros para<br />

serem con<strong>de</strong>ainados a largarem-lhe cerlaz proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s silas<br />

na Al<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> Verdy <strong>da</strong> provineia <strong>de</strong> Bicbdim, por fazerem parte<br />

com ouiras do seu rnarcapii, on mercê, que por sua natarexa<br />

consi<strong>de</strong>ra inalienaveis, mas que por onnlratos dolosamente eelebrados<br />

tinham sido aliena<strong>da</strong>s, não esta, pela maneira porque<br />

conelnc e como se acha formulado, em Ii:ir!nonia mrn as prescripges<br />

lepaes consigna<strong>da</strong>s nos artigos !:;i;.* e 257.q e larnbem<br />

já precei1ii:i.l: s na or<strong>de</strong>nação do liv. 3.°, til. 20, pois se apreienta<br />

<strong>de</strong>siituidu dos doennientos relativos $ todos t^qses contratos<br />

qne consi<strong>de</strong>ra eelebradris com dolo se o foram por títulos particulares,<br />

ou por mcriptura publica, ou docnmentoç <strong>de</strong> igual forra,<br />

as <strong>da</strong>tas em qne foram nubrgados, e <strong>de</strong>ver assim pedir a<br />

;na annullsçZo ou rescisão - o que não fez - roopultando <strong>de</strong> si-<br />

miIhanle arnisaão o dão po<strong>de</strong>r-se conscienciosnm~nte apreciar o<br />

valor juridico dos docunienloq e as mais circumstaneia~ que<br />

são conceroentes para ser com ver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira e imprrcial jrrstica<br />

<strong>de</strong>creta<strong>da</strong> r con<strong>de</strong>mna@o dos r6w na oiifrega -os bens qnsati'o-<br />

nados, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a in<strong>de</strong>vi<strong>da</strong> occupaçào, conhrme se liqui<strong>da</strong>sse, co-<br />

mo assim conclue o mencionado libello a O. 19;<br />

Coosi<strong>de</strong>rando que sendo nm dos recorrentes n'esta c3o.Q<br />

vienor <strong>de</strong> treze annos lhe não foi nomeafio curbdni ad litem,<br />

eúino cumpria lhe bise nornead.1 por rl;reito cnns1gna;io na (ir<strong>de</strong>nacão<br />

do liv. 3.: tir. &i, em vigor pelo nrtrgo 259.0 fi un~co rla<br />

rnforma jndiciaria e OUIWS di~po~içõe~ legaes tl constante nratica<br />

<strong>de</strong> julgar ;<br />

Conai<strong>de</strong>ranãc qne igiial erro se praticou com iim ontro<br />

dos reus na causa - con<strong>de</strong>mnado a <strong>de</strong>gredo perpetno - iafriog~ndo-se<br />

assim as dirposições Iegaes do artip 53.O do codigii<br />

penal e prevenido no artigo 3EiG.m do eodigo civil;<br />

Consi<strong>de</strong>rando outrosim não ter sido onvido a ministerio publico<br />

como miskr era o fosse na prirneirs instancia, no que se<br />

infringiram as disposifles legaes dos artigos 53.0, n.O ilo, e 99.0<br />

<strong>da</strong> relorma jndieiat :<br />

Pelo exposto, e o mais que os autos reve,lim <strong>de</strong> terem estes<br />

pros uido menos cnrialmenle :<br />

%nce<strong>de</strong>m 1 rerish; e, na ~foimidils <strong>da</strong> lei <strong>de</strong> I9 <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> f%3, julgam ncilo e ct? nenhum effeito todo o processado<br />

e julgado n'esres autos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o seu principio (eircepto<br />

1.s documentos), e maortam que baixem a primeira inslancia<br />

para todos os offeitos legaes.<br />

<strong>Lisboa</strong>, ZO <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1877. - Aguilar - Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fornos<br />

-Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alws <strong>de</strong> Sa - Eanipos Henriques. - Fui presente,<br />

Sequeira Pinto.<br />

{Da 0, do. 71.0 i95 02 1877).

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