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P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

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496 ~cco~uãos no SUPREMO<br />

se d'ellas resultou necessariamente 3 soa morte, consistia a pro-<br />

pria eseucia cro rnirpo <strong>de</strong> <strong>de</strong>licto directo, e não nma simples for-<br />

mali<strong>da</strong><strong>de</strong>, mais ou menos wnsi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> snbstaocial pela lei, uiiica<br />

cousa que a lei <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> julbo <strong>da</strong> 1855, no artigo f 3.' n.O $.O,<br />

perniitte aos tribunaes superiores sopprir, e ain<strong>da</strong> assim corn<br />

a condição dos que conhecem <strong>da</strong>s provas, <strong>de</strong>clararem que a ver-<br />

<strong>da</strong><strong>de</strong> consta dos autos <strong>de</strong> modo irrecnsavel ;<br />

Consi<strong>de</strong>rando que, no caso sajeito, nem no accordão rem-<br />

rião se fez a <strong>de</strong>claração explieita <strong>de</strong>clara<strong>da</strong> na lei, nem ella se<br />

po8ia fazer, porque não se trata <strong>de</strong> nma qualquer formali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

que Iallasse no corpo <strong>de</strong> <strong>de</strong>licto directo, mas <strong>da</strong> falta mesmo do<br />

corpo <strong>de</strong> <strong>de</strong>licto <strong>de</strong>monstrativo do homicidio involaorario por que<br />

se quereloo, falta sempre insnpprivel, e que anunlla todo o pro-<br />

cedimento instaurado :<br />

Portanto, consi<strong>de</strong>rando a revista, e jnlqando <strong>de</strong>finitivamente<br />

sohre termos e formali<strong>da</strong><strong>de</strong>s do urocesso e sohre nulli<strong>da</strong><strong>de</strong>s. se-<br />

gundo a lei <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 4M3, artigos 3: e 6.0, dieta-<br />

ram <strong>de</strong>finitivamente nullo todo este processo, que man<strong>da</strong>m bai-<br />

xar ao juizo <strong>de</strong> I.+ instancia para os effeitos legaes.<br />

<strong>Lisboa</strong>, 13 <strong>de</strong> jalho <strong>de</strong> 1877. -- Oliveira - Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fornos<br />

- Sebe110 Cabra1 - !Ii-uezes. - Tem voto do snr. conselheiro<br />

viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alves <strong>de</strong> tia, Oliveira. -Presente, Vasconcellos.<br />

Vistoria : - anteai <strong>de</strong> estar em vigor a eodfga<br />

&o p~oceiisu civEli, podiiii-me requerer eegnai<strong>da</strong><br />

<strong>de</strong>ntro do p~tteo dc asa aeano.<br />

Autos civeis <strong>de</strong> aggravo <strong>de</strong> petiçào vindos <strong>da</strong> relaçào <strong>de</strong> <strong>Lisboa</strong><br />

(Al<strong>de</strong>ia Gallqa do Aibatejo), aggravante o viscon<strong>de</strong> <strong>da</strong> Lan-<br />

ca<strong>da</strong>, ogpravaeos JosS Maria dos Santos, soa mulher e outros,<br />

se proferiu o segukeite üccoròão :<br />

Aecor<strong>da</strong>m os do conselho no supremo tribunal <strong>de</strong> justiça orn<br />

conferencia :<br />

Em 24 <strong>de</strong> outobro <strong>de</strong> i876 lavrou-se o anto <strong>de</strong> vistoria 0.<br />

38. Xm 23 <strong>de</strong> janeiro segninte apresentou o aggravanle a peti-<br />

@o fl. 39, peAindo, pelos motivos que n'clla expunha, nova vis-<br />

toria, que lbe foi nega<strong>da</strong> a final no <strong>de</strong>spacho a ti. 63 v., do qnal<br />

aggrawu para a reia@o, que no accordào fl. 59 v. lhe negou<br />

pravimenlo, e e d'elfe que <strong>de</strong> novo aggravou para este tribunal ;<br />

D'esla simples exposi@o v8-se que a lei em vigor ao tempu<br />

<strong>da</strong> reclamação do aggravante era a or<strong>de</strong>nafio, livro 3.0, título<br />

e que reclamou mnito <strong>de</strong>ntro do praso <strong>de</strong> um anno, que<br />

era o assignado no 5 5.O <strong>da</strong> dita or<strong>de</strong>nação, a qnal foi sempre<br />

regnladora d'esb materia, o que vinha ja <strong>da</strong>s leis anteriores, em<br />

que arbi trarnentos, exame5, :,siirnações e vistorias foram sempre<br />

palavras synonymas, como ain<strong>da</strong> na lei noviseima quasi que<br />

o são;<br />

As segun<strong>da</strong>s foram sempre reconheci<strong>da</strong>s na pratíca <strong>da</strong> fOro,<br />

nas leis tctmo permitti<strong>da</strong>s. o que 6 <strong>de</strong> v&r do alvará <strong>de</strong> i4 <strong>de</strong><br />

outubro <strong>de</strong> 1773 e <strong>da</strong> lei <strong>de</strong> 8 <strong>de</strong> junbo <strong>de</strong> iS59 no artigo 5.q<br />

que reeonhem ser esta a lei geral do processo ;<br />

No primeiro quesito dos do rygravanle H. 30 v. pedia-se a<br />

verificação <strong>da</strong> exactidão <strong>de</strong> duas plantas estantes nos autos, e t sta<br />

quesito 6 respondi<strong>da</strong> negativamente ; promottendo <strong>de</strong>monssral-o<br />

mais tar<strong>de</strong>, o que se não fez ;<br />

Ao terceiro qilesito respon<strong>de</strong>ram que nào podiam dizer se<br />

as plantas <strong>de</strong>scre~iani ou nãocom exactidão as medims tio /ãrreno<br />

a que se referem, o que representa an mesmo tanipu c6n-<br />

Irarliccão manifesta wm 3 aoteriur respi)sla, 4 uma falta con<strong>de</strong>ilinavel<br />

cru presenca do artigo %:418.' do codigo civii. porcue<br />

sendo objeçio xajeito i inspecy.io uli exame ocular, <strong>de</strong>viam ve.<br />

rifitar se a mediçào elo Cerrenu compara<strong>da</strong> c~ui a marca<strong>da</strong> ria::<br />

plantes era on nào exacba, para nào <strong>da</strong>rem resposta connraiíiettrria<br />

propria para coofutirltr n rião para esclarecer a jurtica 110s<br />

divcrson tribnnres que tiverem <strong>de</strong> apreciar as provas dos autx,<br />

e que recairão talvez na ponto niais essencial <strong>da</strong> controversia;<br />

bidii~ d'isro iia vistoria inetlerarn-se coiiias iinproprias d'elta,<br />

::rjiüu 8 liistoria <strong>da</strong>s trinsiili~sóer ala priipi~drdzs, hckis pieti!i-itw,<br />

que segun<strong>da</strong> o coiliga crvil ~ L estio J snjeiicjr a.i txaine<br />

L! iriqii:çc5ri t~ciilsr~ o ijur tuno era a~iBCipii e :i;ira a utrrii vibtnfa<br />

$c n,30 iliivi?r negar nris t~t'moald ir'i :IR VI +uanti.,. :i).<br />

pedi<strong>da</strong> ;<br />

911;~ me.:mo ia rrenir soarr. nbjer'tii novg, rorno era a n;trdi-<br />

$20 dos Larfenos, compara<strong>da</strong> cuiu a msdicãri riesciipta lias glantns<br />

que BJ re.)~.esent'dram, termos ~ iii que a lei nuvissiina admitia<br />

lambem no artigo 260.0 do codigo do processo civil ;<br />

O fun<strong>da</strong>menlo do aceor<strong>da</strong>o aggravadn consiste em dizer,<br />

que para se admittir a nova vistoria seria mister mostrar-se annulia<strong>da</strong><br />

a auterior, não 6 artendiver, porque nào ha lei que tal<br />

ex~gencia faça;<br />

Portanto, provendo no aggravo, e revogando o accordão rggravado<br />

e o <strong>de</strong>spacho do juiz <strong>de</strong> i.' initancra, mandou adrnicfir<br />

a vistoria reqneri<strong>da</strong> pelo aggravante, para ser processa<strong>da</strong> uo~<br />

termos do artigu 960.0, seu e numeroç, que é agora a lei do<br />

processo, em dgor, baixando para isso os sulos a i.* in+tancia :<br />

Con<strong>de</strong>moam os aggravados nas custas.<br />

<strong>Lisboa</strong>, 24 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 4877. -Oliveira - Men~lzes - Lopes<br />

Branco.<br />

(D. do G. R.' 261 dt 1877).

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