11.05.2013 Views

P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Entretanto veiu <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> tudo o <strong>de</strong>spacho <strong>de</strong> fl. 44, sustentando<br />

a anlerior pFOnUnCia, e encerrando o snmmario.<br />

O reeorrenle pedia a fi. P #estes autos bnça, o qtie lhe foi<br />

in<strong>de</strong>ferido, e aggravando para a relago, o aecordão <strong>de</strong> 8. i4<br />

negou-lhe provimento, por maioria <strong>de</strong> votos; d'agui este recurso<br />

em tempo interposto, e apresentado, trazendo por appenso, e por<br />

tra<strong>da</strong>do fechado, o procedimento instaurado.<br />

E consi<strong>de</strong>rando que a qualifica@ <strong>de</strong> qualquer facto como<br />

crime, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> sempre <strong>de</strong> se verificarem os elementos constitutivos<br />

d'elIe, que a lei penal expressamente <strong>de</strong>clarar, artigo<br />

18.- do tadigo penal.<br />

Consi<strong>de</strong>rando que lei man<strong>da</strong> annnllar todo o proeedimnnto<br />

criminal, que não assenta em eorpo <strong>de</strong> <strong>de</strong>licro regalar, <strong>de</strong>monstrativo<br />

<strong>da</strong> incriminação por que se proce<strong>de</strong>, novissima reforma<br />

jndiciaria, artigo 90i: e lei <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1855, artigo 13.7<br />

- i m 0-<br />

U," is: ;<br />

Consi<strong>de</strong>rando que o exame directo, fl. 7, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> ser<br />

completado por ontro, feito no vigesimo dia, a contar do facto,<br />

como no propria auto <strong>da</strong> qaerela se reconbeccn. nàu.anctorisava<br />

para qualificar O facio na sanaçào do artigo 261 .O do codigo pe-<br />

nal, porque não verificava os elementos constitulivos <strong>da</strong> incrirni-<br />

nação respectiva ;<br />

Consi<strong>de</strong>rando que o auto fi. 35 positiva e terminanlemenle<br />

excluia tal incriminação, o que confirmam os dois snbsegoentes,<br />

nas suas conclosões, como fica referido, or<strong>de</strong>nados sem para<br />

isso se allegar ou <strong>da</strong>r a minima rasgo; e evi<strong>de</strong>nte a nnlli<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

com que intempeslivamente foi <strong>da</strong><strong>da</strong> a querela e a pronuncia,<br />

antes <strong>de</strong> veri6cados os elementas constitntivos <strong>da</strong> incrirninaçb<br />

<strong>de</strong>fini<strong>da</strong> e puni<strong>da</strong> ao artigo 362.4 do mdi o penal;<br />

E porquanto é termioante a lei <strong>de</strong> e <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>da</strong> i8a.<br />

or<strong>de</strong>nando no artigo 6." : .O supremo tríbnnal <strong>de</strong>jaslig tomara<br />

~nhecimento <strong>da</strong>s nnllí<strong>da</strong><strong>de</strong>s do processo e <strong>da</strong> sentença, ain<strong>da</strong><br />

que não eponla<strong>da</strong>s na minara, e mesmo na falta diesta*:<br />

Portanto, em execução <strong>da</strong>s leis cita<strong>da</strong>s, <strong>de</strong><strong>da</strong>rarn <strong>de</strong>íinitivamente<br />

nnllos a querela e os <strong>de</strong>spachos <strong>de</strong> pronuncia, b e como ~<br />

o accordão recorrido, e man<strong>da</strong>m que os autos baixem a primeira<br />

iuslancia, para os e£ieitos legaes, ficando por esta <strong>de</strong>cisão prejudica<strong>da</strong><br />

a qoeslão <strong>da</strong> fianp, cujo pedido, concessão ou <strong>de</strong>negagão<br />

não tem lagar, emqnanto houver processo regular, com pronnnoia<br />

qne ohrigne a pedil-a.<br />

<strong>Lisboa</strong>, I7 <strong>de</strong> novembrn <strong>de</strong> 4876. - Menezeç - Pereira<br />

Leite -Oliveira - Rebello Cabral - Lopes Branco.- Presente,<br />

Vasconcellos.<br />

(D. do B. 276 & 4876).<br />

- Aggiaro d'lmjnsta proountla : - não Sem lo-<br />

gar do <strong>de</strong>spaeBo <strong>de</strong> pronnuela lenqado por<br />

virSn<strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>de</strong>chão <strong>da</strong> rehçiío em aggrnvo<br />

foilerporto do <strong>de</strong>mpacho <strong>de</strong> não promanoie,<br />

nem meamo com fnndrimemte em novas do-<br />

cumentos, -e so po<strong>de</strong>m Der iamtoa mo p'le-<br />

mario.<br />

Nos antos crimes <strong>da</strong> relação <strong>de</strong> <strong>Lisboa</strong> (Tor~es <strong>Nova</strong>s), reeorrenie<br />

o ministsrio piit!lico, recorrido João <strong>da</strong> Silva dos Anjos,<br />

se proferiu o acoordici segainte :<br />

Aocor<strong>da</strong>m em eonferencia os do conselbo no supremo tri.<br />

bnnd<strong>de</strong> justiça :<br />

Visto o accordão i. 79 <strong>da</strong> relago <strong>de</strong> <strong>Lisboa</strong>, que <strong>da</strong>ndo provimento<br />

ao aggravo do ministeria publico a & 74 v., mandou<br />

~ronr~noiar. o recorrido como cumplioe do crim~ <strong>de</strong> h~micidio<br />

iolnnbrio <strong>de</strong> que se bavia qúerelado, por mostrar-se do snmmario<br />

a existenoia <strong>de</strong> suBcientes indicios ou prova bastante<br />

para a sua prunancia;<br />

Visto o drrspacho 8. 85, em qoe se cnrnprin o dito accordão,<br />

e do qual o recorrido aggravoo <strong>de</strong> insirnmento para a dita<br />

relação ;<br />

Vism o accordão 8. iW v., em que a mesma relação, em<br />

differenra secção, mandou <strong>da</strong>spronnnciar o recorrido, com o fnn<strong>da</strong>mento<br />

<strong>de</strong> limitar-se a prova contra elle a indicios leves, e<br />

estes produzidos por teslemnnbas çuspeibs <strong>de</strong> inrrnisa<strong>de</strong>, e por<br />

isso inacrediiavds ;<br />

Consi<strong>de</strong>ptdo, porbm, que os.aggravss, sendo stricti *r&,<br />

não podsm lustificar-se novts-acta, nem para elIes se rdmitte<br />

jnramenfo ou prova snpervenienie, al8m <strong>da</strong> do snmmario, como<br />

foi sempre adoptado na praxe e por direito, <strong>de</strong> que não se aiastoa<br />

a novissima reforma judiciaria, artigos 987.9 e seguintes, e<br />

a lei <strong>de</strong> l.8 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> $855, artigo i I.*;<br />

Consi<strong>de</strong>rando que as certi<strong>da</strong>es jutiras pelo recorrido wuk a<br />

minuta do seu aggravo, sómente no plenario podiam juntar-se<br />

e apreciar-se por necawão doç articulados s durante â pr-ncção<br />

<strong>da</strong>s provas e discassào <strong>da</strong> cansa, e sua competente <strong>de</strong>eisão,<br />

resnliando d'aqni a incompelencía <strong>da</strong> sua apreeiafão no accordào<br />

recorrido :<br />

Consi<strong>de</strong>rando qne tendo-se julgado no aecordão fl. 79 qae<br />

existia no snmmario prova bastante para a pronnncia, não podia<br />

nem <strong>de</strong>via no accordão 8. 95 v. julgar-se o contrario, para<br />

não se auferir a consi<strong>de</strong>ra$io a f6 publica, nem arguir-se <strong>de</strong><br />

contradictorio o caso jnlgado :<br />

Conce<strong>de</strong>ai, portaalo, a revista, e julgando nnllo o accordlo<br />

fl. i25 r., recorrido a íi. 431, man<strong>da</strong>ra remetter ou aulas a relação<br />

<strong>de</strong> <strong>Lisboa</strong>, para por novos juizes cumprir-se a lei.<br />

<strong>Lisboa</strong>, I5 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> I876 - Remo Cabral - Oli-

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!