11.05.2013 Views

P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>de</strong> parse a qiiesião inci<strong>de</strong>nta <strong>da</strong> nulii<strong>da</strong><strong>da</strong>, levanta<strong>da</strong> na terceira<br />

tenção, e que fico11 i~<strong>de</strong>cisa, vobU lago <strong>de</strong> &is, e concor<strong>da</strong>ndo<br />

com os dois primeiros jnim tiroa o accordão <strong>de</strong> que vem o<br />

recurso ;<br />

N'estas circnmstaocias :<br />

Consi<strong>de</strong>rando que a juiz, que tirou o accordão recorrido,<br />

nào tinha ain<strong>da</strong> competencia para votar I &tis, e fazer vencimento,<br />

porque, nos termos muito exprusos do artigo 730.0 <strong>da</strong><br />

reforma judicial, ama vez levantado o inci<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> nalli<strong>da</strong><strong>de</strong>, se<br />

<strong>de</strong>via limilar a volar sobre esse jnci<strong>de</strong>nre, e emquanto este se<br />

não <strong>de</strong>cidisse não havia Jogar a votar sobre a questão principal ;<br />

Consi<strong>de</strong>rando que, quando sa vencesse contra a nnlli<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

nàrr podiam os juizes vencidos ser privados <strong>da</strong> competencia qne<br />

e lei lhes dl para votarem sobre a qnestáo principal, para o que<br />

lhe <strong>de</strong>viam voltar os autos, atrenla a disposi@o terminante do<br />

8 4.e do citado artigo 730." ;<br />

Cansièerando que em taes termos e por tacs fun<strong>da</strong>mentos<br />

e auilo o mencionado acsoriiao ;<br />

Mas emsi<strong>de</strong>rando mais, que nma vez qne em qualquer<br />

processo se nâo verifique a lqitimi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s par&, o mesmo<br />

processo e nullo e nZo pó<strong>de</strong> subsistir;<br />

Consi<strong>de</strong>rando qoe n'ssk processo se não acha verificaàa a<br />

quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> paronla acce%sivel do arguido, com qne o requerenk<br />

veio a jaizu pedir se <strong>de</strong>clarasse a inierdiecào por <strong>de</strong>men-<br />

$ia do mesmo arguido ;<br />

Consi<strong>de</strong>raodo que a este .supremo trihnnrl compete, pelo<br />

artigo 9.0 <strong>da</strong> lei <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> dozdmbro <strong>de</strong> 1813, julgar <strong>de</strong>finitivamente<br />

sobre termas e fcirrnali<strong>da</strong><strong>de</strong>s do procaso :<br />

Por todos estes fun<strong>da</strong>mentos annullam uão só o accordão<br />

recorrido, mas Lodo o processo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o seu principio, e sm oonseqoencia<br />

ruaa<strong>da</strong>ro que os autDs baixem a 1." instancia para os<br />

efTeíloç leqaes.<br />

<strong>Lisboa</strong>, 4 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1876. - Sa Targas - Oliveira -<br />

Rebello Cabra1 - Meoeees. - Presente, VasconeeUos.<br />

(D. do G. r.0 145 <strong>de</strong> 1876).<br />

LFiampa : - ao eoabceei. do aggravo quanto a<br />

elXm, em tauea crimloal, afio po<strong>de</strong> a relaclo<br />

aeoollu o precesãrú <strong>da</strong> qaerolm ; -8% po<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>gols aanallal-cr a supremo tribuaal <strong>de</strong><br />

jnstiça.<br />

Nos antos crimes <strong>da</strong> rela$io do Porto, comarcapa Figaeira <strong>da</strong><br />

Foq reeocrenle o rninisterio publico, rccotrido Josnk Ferreira<br />

Sopa;, se proferia o aceordão seguinte :<br />

Aecor<strong>da</strong>m em coaferencia os tio eon~elbo no supremo tribunal<br />

+?e josliça :<br />

Mosira-se dos auto.; qrie n rpcnrrifln foi pronnnciado a pri*<br />

são e livramijntu, sem substitai@o <strong>de</strong> franca, pelo crime <strong>de</strong> lab<br />

so k.%trrnnaho punido pefo artigo 2-%? do ?&digo p~nal ;<br />

Mcisira-se do appr.n.-o, qua peifioil;, o rrcnrrido fiança para<br />

s: Iivrdr d01t0, Ihe foi flepil~ pdn <strong>de</strong>s,iar.hn fl. 16 v., do qual se<br />

recoraeu em letnpo ptw aggravo <strong>de</strong> insR~lmeILto para a relagãa<br />

do districio ;<br />

Mostra-sc! fnrí.5 que pdo accorriLo fl. R7 v. foi aonnllaao to.<br />

do o processo d'snili! sr oxrrahiii astd instruinento, julgando<br />

prejudicado o a2grai.o interpo.itii nu a?pnnso ;<br />

Mo-ira-se Bonlro~riIe que o mini;lcriii pnblico iolerpaz no<br />

prazo legal o recurso dd re~i~ta do referido ~ecordài)~ <strong>de</strong> quo o<br />

kribnnal [cima coaheeimaoro por ser Eomperents ;<br />

Consi<strong>de</strong>rando que o aggrava <strong>de</strong> instrumento era limitado<br />

unicamente á questzo <strong>de</strong> Giiaça, nega<strong>da</strong> pelo <strong>de</strong>sflacho 8. 4 v.<br />

do sj)petiPo, e <strong>de</strong> que se rccorrcil ~ O tcrmos A dos artigos 674..<br />

t! 993.0 <strong>da</strong> refo~ma judicinriz;<br />

Colisifierandn gnn o rrkrifio recurso <strong>de</strong> natnreza restricta,<br />

não <strong>de</strong>volvia ao trlbunnl <strong>da</strong> rela-n. o coohecirneolo <strong>de</strong> tu<strong>da</strong> a<br />

causa d'on<strong>de</strong> foi exrrahido esle inslrurnenlo :<br />

Conr;i<strong>de</strong>rando que os juizes <strong>da</strong> relsç59 do Por!o em logar<br />

dc se limitarem an pontcl rostririo do acptaso, aonullararn tdb o proces.0 ~ir~psratcrio dn querala por fali:tiltl corpo <strong>de</strong> c'elir,ro,<br />

r <strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong> conhecer do reciino interpwftr, ínverirndo d'esta<br />

mamira os recursos ~ UP S.E. leis i6em e$tabelecido para os differentes<br />

actos do processn :<br />

Por esie; fiin<strong>da</strong>m~ntoc- conce<strong>de</strong>m a revista, annullarn a <strong>de</strong>r,li.ãu<br />

<strong>de</strong> (Jirsiio do accordãn recorrido, \]ela falta <strong>de</strong> jurisdicçfo<br />

e cornpe(eccin <strong>da</strong> retapão, que em logar <strong>de</strong> julgar o aggrauo <strong>de</strong><br />

instrumento, annullou o processo preparatorio <strong>da</strong> querela;<br />

Considcrandn pordrn qiie ao supremo tribunal <strong>de</strong> jnrtiça<br />

compele conhecer <strong>de</strong> to<strong>da</strong>!: 3~ ouili<strong>da</strong><strong>de</strong>,~. do processo e <strong>da</strong> sentença,<br />

sejaui ou não aponta<strong>da</strong>s na miniita, e mesmo na falta<br />

d'eslas, :,julgar <strong>de</strong>fi~ititamente rohre os lermos e formali<strong>da</strong><strong>de</strong>sdo<br />

processo ;<br />

Consi<strong>de</strong>randn que o recorrido foi gnerelado e ~iro~uociado<br />

pelo crime <strong>de</strong> falso t~siemoiihn no prDCC$SO praparatorio e pienario,<br />

em ne foi seousado paio crime <strong>de</strong> roubo, o participanle<br />

<strong>de</strong> O. . . . &terão Ferreira Amaro ;<br />

Çonci<strong>de</strong>raodo qce os mesmos fados osptindidos na parlivipbção<br />

<strong>de</strong> fl. . . .. sobre oa quaec se. preten<strong>de</strong> que o recorrido<br />

lstemunhou falsa, jj. fíira-in aiillegadns na contrarie<strong>da</strong><strong>de</strong> a5 libel-<br />

10 <strong>da</strong> rninisterio pahlico n a~nella prhcesso <strong>de</strong> roubo:<br />

Cimsi<strong>de</strong>ranifo qus a recorrido, t~stnmunha ncr rrferido processo,<br />

não foi achado em psrjariii por <strong>de</strong>cisão do jury; B manifesto<br />

que o corpo <strong>de</strong> <strong>de</strong>lielo na eipecie dw anfos, nàu podia<br />

sar formado senão com o ~ nk, <strong>de</strong> que trata o artigo 535.0 <strong>da</strong> re-<br />

I9

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!