P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa
P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa
P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Corpo <strong>de</strong> adicto: - aãio podia ser feito por<br />
i(nla eleito <strong>de</strong> ceasrea diversa d7aqaeíta e m<br />
que o crime fos commet%ido.<br />
Nos autos crimes <strong>da</strong> rslacão õo Porto, comarca <strong>de</strong> Loma<strong>da</strong>, re-<br />
corrente Manoel Peixoto, recorrido o ministerio publico, se<br />
proferiu o accordão seguinte :<br />
Accor<strong>da</strong>rn em conferencia os do conJ!io no supremo tribnoaid*<br />
jasrip, etc-<br />
Nostram os autos que tendo o crime, <strong>de</strong> que n'elles se trata,<br />
sido perpetrado na fregoezia <strong>de</strong> Lustrosa, cornarca <strong>de</strong> Louza<strong>da</strong>,<br />
foi feito o auto &e exame e corpo <strong>de</strong> <strong>de</strong>limo pelo ~uizo<br />
eleito <strong>da</strong> fregoezia <strong>de</strong> S. Uiguel <strong>da</strong>s Cal<strong>da</strong>s, comaroa <strong>de</strong> Gnimarães,<br />
o qual era inconiyetenle para o fazer, pois qoe.comquan%<br />
seja cumulativa a jurisdicçào <strong>da</strong>s differenteç auctori<strong>da</strong>dss ]~diciaw,<br />
para a formação dos corpos <strong>de</strong> <strong>de</strong>ticto, é ~sto sómente<br />
<strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> comarca ou<strong>de</strong> fui commzttido o crime, como se v&<br />
no artigo 898.O <strong>da</strong> reforma jodiciaria ;<br />
Consi<strong>de</strong>rando que por ser o corpo <strong>de</strong> <strong>de</strong>liçto feito por um<br />
jniz eleito <strong>de</strong> nma fregiiezia e comarea íiifferente <strong>da</strong> em que o<br />
crime foi perprtrado, e na qual por isso se <strong>de</strong>u a qnereia e instaurou<br />
o processo, é niillo, por incornpetencia d'eçse jniz, para<br />
O fazer, eni taej cireurnskncias, o não pb<strong>de</strong> por isso servir <strong>de</strong><br />
base a este processo, 0 qual 6ca por este motivo sem nenhuma ;<br />
e como sem corpo <strong>de</strong> <strong>de</strong>licio legal nào po<strong>de</strong> o processo cantinuar<br />
a existir, porque d elle a base essencial <strong>de</strong> todos os pio-<br />
CCSBOS crimes, conce<strong>de</strong>m, por este molivo, a rovista, e wnformando-se<br />
com as diçpol;ic;õe'i lei <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> '1863,<br />
artigo I.* 8 i.. e artigo 3.0, jufpain nullo iodo o processo, e man<strong>da</strong>rn<br />
ane os autos baixem ao juizo <strong>da</strong> l.n iuntaneia, para os effeitos<br />
'~egacs.<br />
<strong>Lisboa</strong>, 16 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1876. - Esnrzas - Pereira Leite-<br />
Oliveira - Rebello Cabral. - Tein v ~ do o fnr. conselheiro Sa<br />
Targas, Menezes. - Presente, Vasconcellos.<br />
emibiúo ek?areon~lrrna : - parri 8i reersps-F é<br />
&aeompetsnmbe e nccRo ~nmmni*fa <strong>de</strong> reB& taiqBie<br />
<strong>de</strong> posse, nãa rs fandnedo cetn ein éitn-<br />
10 proviado &o propibetario do y~edlo seir-<br />
Viemte, oa d'aqoekleo <strong>de</strong> quem este o hanve.<br />
Nos autos civeis <strong>da</strong> felação do PaTto (Villa do Con<strong>de</strong>), reoorren-<br />
teç JosB Joaguim Fiçrieiredo <strong>de</strong> Faria e mulher, recorridos<br />
D. Rosa Maria Felgueira Gajo e seu mafidq se proferiu o ac-<br />
cornão seguinte :<br />
Accor<strong>da</strong>m os do conseibíi no supremo tribunal <strong>de</strong> jiistiça,<br />
etc.<br />
Vistos 0s autos, d'elles se mostra allegarem os anctores recorridos,<br />
qrie sendo senhores e possliidores <strong>de</strong> umas aeenbas<br />
situa<strong>da</strong>s ao sul do rio Ave, logo acima <strong>da</strong> ponte <strong>de</strong> Villa do Con<strong>de</strong>,<br />
B estando na antiga posse <strong>de</strong> atravessar c mesmo rio, <strong>de</strong><br />
nrn para outro lado, com um barco seu, para receber e entregar<br />
as moagens na margem opposta, foram esbnlbados pelas<br />
recorrenres do nso e posse ern que estavam, <strong>de</strong> embarcar e <strong>de</strong>semhrcar<br />
as preditas moagens no ponta do Lado do norte, com<br />
a obra nova put: elies coasirniram dd uma pare<strong>de</strong> jnnra <strong>de</strong> oairas<br />
azenhas, que os mesmos recorrentes aili possuam, justamente<br />
no mesmo ponto em que elles tinham constitui<strong>da</strong> a sria<br />
servidão, com o que eommelteram ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro espolio; pedindo<br />
em concinsão que fossem coo<strong>de</strong>mnados a Ihes restirair a sua<br />
posee, removendo a para<strong>de</strong> inoova<strong>da</strong>, que Ihes estowa o uso<br />
ü'elis ; e bem assim inõemnisal-os dor prejaijaizos cansados pelo<br />
esbulho, que se liqui<strong>da</strong>rem na execnçào <strong>da</strong> sentença;<br />
Mostra-se <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>rem-se os r8os recorrentes, com a materia<br />
<strong>de</strong> sua contrarie<strong>da</strong><strong>de</strong> aliqando que a obra <strong>de</strong> que se Irata<br />
na<strong>da</strong> prejudica a chama<strong>da</strong> servidão, par não tolher elia o lime<br />
accesso iis margens do rio que ficam apenas mais bem repara<strong>da</strong>s,<br />
continuando os aactores a fazer o trajecto do mesmo rio,<br />
com o seu barco, e atracar no mesmo ponto, sem obstacalo :<br />
não sendo, porém, só n'este, qae elles costumavam atracar o<br />
barco, ma3 tambern em out~os<br />
<strong>da</strong> margem direita; sendo ate<br />
<strong>de</strong> mais eurto trajecto, e menos impetuosa a correnk <strong>da</strong> agua :<br />
sendo certo que ain<strong>da</strong> quando a allega<strong>da</strong> servidão estivesse impedi<strong>da</strong>,<br />
como não estava, seria justa a sua abolição promovi<strong>da</strong><br />
pela competente acção, pelas razões pon<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s pelos mesmos<br />
r8os :<br />
&ostra-se que o juiz <strong>de</strong> direito, avaliando a prova prodwi<strong>da</strong>,<br />
julgou proce<strong>de</strong>nte e prova<strong>da</strong> a acplo p!opoitr <strong>de</strong> força nova<br />
espoliativa, con<strong>de</strong>mnarido, em consequenc~a, os reos a restituirem<br />
aos anelares a sua posse, removendo a pare<strong>de</strong> inoova<strong>da</strong>,<br />
reduziodo tudo ao amigo estado ; e bem assim os con<strong>de</strong>mnon na<br />
jn<strong>de</strong>rnnisa$io dos prejulzud cansados com o esbulho, segando o<br />
qne for liqui<strong>da</strong>do na execuç5o <strong>da</strong> sentenya, nas custas e multa<br />
iegal ;<br />
Mostra-se qn; recorrendo por appellação #esta sentenga<br />
para a rela~io do districto, os r6os não obtiveram melboramento<br />
oompielo; visto coino foi eHa eorifirrna<strong>da</strong>, por seus fnu<strong>da</strong>mentos,<br />
com a naica <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> reforma, <strong>de</strong> que a remo@o<br />
<strong>da</strong> pare<strong>de</strong> e <strong>de</strong> lu<strong>da</strong> o mais innovado, ao anligo estado, será,<br />
sómenle, até ao pooro qne na execnção se liqui<strong>da</strong>r ser necessario<br />
para <strong>de</strong>sviar os obstacinlos causados por essa pare<strong>de</strong> ao uso<br />
<strong>da</strong> servi<strong>da</strong>0 dos auctores appellados, eon<strong>de</strong>mnando oatrosim os<br />
réos appellantes nas custas acresci<strong>da</strong>s ;<br />
Consi<strong>de</strong>rando, que a visia do relatorio resamido, qne fica