11.05.2013 Views

P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

pelo artigo 391.0 do codigo penal, e só po<strong>de</strong>ria ser consi<strong>de</strong>rado<br />

corno ultraje m pudor, se reunisse os eli?rnenbs especificados<br />

no artigo 390.0; fica sendo evi<strong>de</strong>nte que o processo esta nullo<br />

<strong>de</strong><strong>de</strong> o auto <strong>da</strong> andiencia a 0, 42, em que similbante falta se<br />

wmmetlen :<br />

Conce<strong>de</strong>m, portanto, a revista; ananltam o processado e<br />

jalgado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 0. 38 inclnsivamente ; e man<strong>da</strong>m que o leito bai-<br />

xe ao juiz6 <strong>da</strong> i: iostancia para se proce<strong>de</strong>r a novos <strong>de</strong>bates e<br />

dwisão <strong>da</strong> causa, na conformi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s leis.<br />

<strong>Lisboa</strong>, 20 <strong>da</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1877. -Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alves <strong>de</strong><br />

Sa - Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Seabra - Aguilar - Campos Henriqaes. -<br />

Tem voto do snr. Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fornos <strong>de</strong> Algodres, Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Alves <strong>de</strong> Sa. - Fui presente, Sequeira Pinto.<br />

tErituo : - do quantia exce<strong>de</strong>nte n 480#000<br />

reis e nnlto não aeodo estipulado por em-<br />

crfptura prnblica, sem que seja licito, para<br />

evitei a nallidn<strong>de</strong>, redoair o pedids rr essa<br />

qaantls.<br />

Nos aIkfoS civeis <strong>da</strong> relaflo <strong>de</strong> <strong>Lisboa</strong> (1.0 vara), recorrentes<br />

Ifenrique f:.~ii:lido Furtado Monteiro e sua mulher, recorrido<br />

lanoel <strong>da</strong> Silva Ramos, se proferiu o aecordáo seguinre :<br />

Accor<strong>da</strong>m os do conseibo no supremo tribunal <strong>de</strong> just~ça,<br />

etc.<br />

Consibrando gne o mntuo <strong>de</strong> quantia exce<strong>de</strong>nte a reis<br />

400dO(W, só pó<strong>de</strong> ser prorado por esaiptwa @lica, ariigo<br />

i:53&.' do codigo civil, e que a falta d'esba invali<strong>da</strong> u contrato,<br />

hrnandoi, irren?ediavelrnente nnllo, por MO se i~r observado<br />

urna <strong>da</strong>s formali<strong>da</strong><strong>de</strong>s externas, prii~c~iptas para yrors cii'elle,<br />

como 6 expresso no artigo 686.0 do mesmo cuüig~, qac diz assim<br />

:<br />

A val- dos ~&ratos não dpd L fomrd@& dpma<br />

&tema, subo &appiallas gw sEo presrripfas n@ h para prova<br />

d'elles, oa qne a lei, por disposição especial, <strong>de</strong>clara subsranciaes.<br />

Consi<strong>de</strong>rando que o matuo, <strong>de</strong> qne se trata, constãnte a tl.<br />

%sendo <strong>de</strong> W 0 0 reis, com o juro <strong>de</strong> 10 por esnio ao amo,<br />

nao foi oonirakdo, nem abonado por escriptnra publica, e qoe<br />

por isso a ~ista.dos artigos mencionados do oodigo é ntrEh e sm vJiW m Bazo;<br />

Consi<strong>de</strong>rando qne a nnlliúa<strong>de</strong> <strong>de</strong> nm contrato pó<strong>de</strong> ser opposta,<br />

como meio <strong>de</strong> <strong>de</strong>feza, por via <strong>de</strong> excep@u, a todo o Lsmpo,<br />

em que o cumprimenta do contrato nuilo far pedido, e qne,<br />

salvo quando a lei expressamente or<strong>de</strong>nar o contrario, pó<strong>de</strong> ser<br />

proposta a acção, oa <strong>de</strong>dozi<strong>da</strong> a excepeão <strong>de</strong> nulii<strong>da</strong><strong>de</strong>, tanto<br />

pelus <strong>de</strong>vedores princtpaes e seus rapresenhnfes, como pelos<br />

seas fiadores, codigo civit arligas 693.0 e 698.0 ;<br />

Consi<strong>de</strong>rando qoa não obsta, o que se pon<strong>de</strong>ra a fl. 72 na<br />

terceira tenção, <strong>de</strong> ler o <strong>de</strong>vedor principal reconhecido a divi<strong>da</strong><br />

no acto <strong>da</strong> eonciliaçao R. . . ., e o recorrente, rbn igualmente<br />

<strong>de</strong>man<strong>da</strong>do, confessar ter abonado a mema divi<strong>da</strong>, porque é<br />

direito expresso no artigo 8ãk.0 do codigo, que O fiador g<strong>de</strong><br />

oypor ao credor to<strong>da</strong>s as excepçòes extinclivas <strong>da</strong> obrippão,<br />

que compitam ao <strong>de</strong>vedor principal, e Ihe ngo sejam meramente<br />

pessoaes ; o qne ja era disposição <strong>da</strong> lei anterior a do codigo<br />

civit ;<br />

Consi<strong>de</strong>rando que o facto do recorrido limitar no libello a<br />

fl. 3 o se11 pedido a 4001000 reis e juros <strong>de</strong> 10 por cento, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

24 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1870 ai6 effectivo paganieato, <strong>de</strong>elarando<br />

qw preminn<strong>de</strong> dos iOOBM0 reis a mair, por serem judicialmente<br />

inexigiveis, nem altera a natureza do acto jiiridicc~, constante a<br />

ÊI. 5, nem a quanria do emprestimo ; nem po<strong>de</strong> alterar a 6isposicão<br />

terminante dos artigos 1:536." e 886." do codigo, revali<strong>da</strong>ndo<br />

nrn contrato, oo no toca ou em parte, que a lei <strong>de</strong>clara<br />

expressamente nulto, por se ve~i6ear um dos casos, em que a<br />

falta <strong>de</strong> formali<strong>da</strong><strong>de</strong>s externas Ihe <strong>de</strong>nega a vali<strong>da</strong><strong>de</strong>, a saber,<br />

quando não foram observa<strong>da</strong>s as lormalr<strong>da</strong><strong>de</strong>s prescriptas para<br />

pma: do contrato, ou quando não foram observa<strong>da</strong>s as <strong>de</strong>clara<strong>da</strong>s<br />

swbatunn'm por disposi@ espeEeal& &:<br />

Consi<strong>de</strong>rando que n'esur parte nunca houve nem podia haver<br />

questão no furo antigo, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que a or<strong>de</strong>nação liv. 3.4, tit<br />

59, 8 %5, copia<strong>da</strong> letra <strong>da</strong> or<strong>de</strong>nação emmanuelina liv. 3.0, tit.<br />

45, i, 23, assim o resolveu explicitamants, para evitar que a lei<br />

fosse <strong>de</strong>frau<strong>da</strong><strong>da</strong>, sendo concebi<strong>da</strong> nus seguintes lermos a dita<br />

ur<strong>de</strong>nac50 : I E por que para <strong>de</strong>frau<strong>da</strong>r esta or<strong>de</strong>naPo, rnuifrs<br />

vezes sendo os contrarcis feitos f e riiato? gnzntia dt? 609000,reis<br />

nos beus rultteiq parto? dsrnatrJiim miiit~ni? rws, 6<br />

d'ahi para baixo, r veio muitas rezes em dn~i<strong>da</strong> se se w<strong>de</strong>riz<br />

dividir a dita souina, mari<strong>da</strong>mos mus!rnndu-se qne a quan-<br />

tia B <strong>de</strong> contrato, que, quando foi Feit~i, passava (li: 603000 reis,<br />

não sejam ouvidos, posto que qoeiram pedir 6íkíOMI reis sb-<br />

mriite, e d'ahi para baixo, porque pois o contrato, por bem<br />

d'esia or<strong>de</strong>nação, or rissim pas~ar <strong>da</strong> dita quantia, e ser ft:ito<br />

sem eseriptura p&iich se a50 W<strong>de</strong> provar por zeaternunhas,<br />

neni ser ouvido em juiza, rcas& i que mnhcma prurlatid<strong>de</strong> cb<br />

dito totrato se possa pedir r :<br />

Portanto conce<strong>de</strong>m a revista pelr vioiação directa <strong>da</strong>s arligos<br />

686.0, i:B4.*, 693.* e 694.0 do eodigo civil; annullam o accordão<br />

na parti: sórneriie quc conilemnoa o recorrente ao pagamento<br />

<strong>da</strong> quantia pedi<strong>da</strong> no libdlo, tirando subsistindo a <strong>de</strong>cisão<br />

do mesmo accirrdãn quanto a absolvitão <strong>da</strong> rb, mulher do<br />

recorrente, por não haver uffensa <strong>da</strong> lei neste ponto, mas eum:<br />

primento fiel <strong>da</strong> mesma; e man<strong>da</strong>m que os hntos se rernettam a

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!