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P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

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362 ACCOADAOS DO SUPREMO<br />

por não ter sido moiivo <strong>de</strong>'appellação. Mas quando mesmo <strong>da</strong><br />

especie dos auto?, erroneamente se quizesse admiltlr <strong>de</strong> qna os<br />

fuites podiam conhecer e <strong>de</strong>cidir, como <strong>de</strong>cidiram, tal qnestãn,<br />

se podia esta suslenrar, por estar nulia, visto ter apenasdois<br />

votos conformes, e na0 rres, como exige o artigo 78k.o <strong>da</strong> cita<strong>da</strong><br />

reforma ;<br />

Atten<strong>de</strong>ndo outrosim a que,'levanta~do o.terceiro:jnit a<br />

oulti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> todo o processo, e como amm <strong>de</strong>ixado <strong>de</strong> enirar<br />

no merecirnenb <strong>da</strong> cansa, cumliria ao seL1ii iite juiz e immedia-<br />

tos, resta-ingirem-se a apreciacão d'essa nullidd<strong>de</strong>, e previarnenta<br />

<strong>de</strong>cidil-a por ires volos conPorme,c, por aceordão, B consi<strong>da</strong>ran-<br />

do não ser proce<strong>de</strong>nte volrarern os autos ao tencionaote, que<br />

primeiro a havia IevaoLado, para conliecer <strong>de</strong> mi3is, como or-<br />

<strong>de</strong>na o 4.q do artigo 726.0 <strong>da</strong> reforma. O que to<strong>da</strong>via se não<br />

cumpriu.<br />

Conce<strong>de</strong>m a revista, e na conformi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> lei <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> <strong>de</strong>-<br />

zembro <strong>de</strong> 186% julgam nullos os aceordãos <strong>de</strong> fl.. . e ff. . .<br />

vindos <strong>da</strong> relapo <strong>de</strong> Loan<strong>da</strong>, e maa<strong>da</strong>m que os autos baixem<br />

relaç5o <strong>de</strong> <strong>Lisboa</strong>, para xhi se àar o <strong>de</strong>vido cumprimento a lei.<br />

<strong>Lisboa</strong>, 4 1 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1876. - Aguilar - Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fornos<br />

- Yiscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> dlves <strong>de</strong> SB - Campos Iienriques.<br />

IFrncBna: - o% do predfo rostBeo, pen<strong>de</strong>ntes ao<br />

<strong>de</strong>o~po <strong>da</strong> nrltematação, perteiicem ao rrrema&wnla,<br />

iiiio laaveudo axpPesea candíghm em<br />

CQW &~ZRfiii.<br />

Nos aatùs civeis <strong>da</strong> relacão do Porto, comarca <strong>de</strong> Soare, recor-<br />

rentes João Maria <strong>da</strong> S. Thiago Gonveia e sua mulher, recor-<br />

rido D. Pedro Nascarenhas Velelasques Sarrnenlo <strong>de</strong> Alarcão,<br />

se proferiu o iccorilão segtiinte :<br />

Aceor<strong>da</strong>m os do coceeiho no supremo tribunal <strong>de</strong> jostiga :<br />

Que sen<strong>da</strong> o fim dos embargantes, ex 0. 5, sustentar o sea<br />

direito sobre os reridimentos <strong>da</strong> *i<strong>da</strong> dca Capa Rota, respecki-<br />

VOS ao anno <strong>de</strong> $873, e ~oncidos em I <strong>de</strong> novembro, qui& por<br />

elles arremata<strong>da</strong> em 87 <strong>de</strong> abril do mesmo anno, em execuçno<br />

hypotheearja por ellss promovi<strong>da</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1870 contra Francisco<br />

Xavier Teltes <strong>de</strong> Alhai<strong>de</strong> e Mello. mulher e filbos, e ahi penbo-<br />

ra<strong>da</strong> em 15 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 1-T2, constituiodo-se <strong>de</strong>positario<br />

d'ella e dos seus fructos o ren<strong>de</strong>iro Joaquim d'0liveira Jordão,<br />

d ex fi. 31 V. <strong>da</strong> carta <strong>de</strong> arrematação appensa; e moitrando-<br />

se aos auto5 e do seu proprio julgamento :<br />

1.0 Qae o credito dos embargantes (agora recorrentes) foi<br />

firmado nas escriprnras publicas <strong>de</strong> 8:<strong>de</strong> janho <strong>de</strong> 186L e <strong>de</strong> 93<br />

<strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1868, regista<strong>da</strong>s em I4 <strong>de</strong> jnnbo e 3 <strong>de</strong> junho dos<br />

mesmos annos;<br />

2.0 Que arremata<strong>da</strong> por elles a dita punita, somente, <strong>de</strong>pois<br />

<strong>de</strong> disputa<strong>da</strong>s prefereneias e ontros inci<strong>de</strong>nte& se Ihes passoir a<br />

carta <strong>de</strong> arremaração em 30 <strong>de</strong> agosto?<strong>de</strong> 1873 registando-se<br />

em SI dtr setembro imolediato, oSat6 tomanü~-se$~osse judicial<br />

em <strong>de</strong>zembro seguinte ;<br />

3." Que em execução promovi<strong>da</strong> pelo embargado (agora<br />

recorridoj contra os ditos Francisco~Xavierfe,mulher,'por credito<br />

constante <strong>da</strong> escriptora <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 287i, registado<br />

em 9 do mesmo meo e anno, se psnboraram os mencionados<br />

rendimentos <strong>da</strong> pinta <strong>da</strong> Capa Rota, e outros mais, em 5 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro<br />

<strong>de</strong> 1873, opponJo-se por isso Iogo a tal penhora, como<br />

feita com ma fé, os recorrentes, seus senhorH e possuidores anteriores,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o acto <strong>da</strong> arrematação, feita para pagamento do<br />

credito hypotheeario e privilegiado ;<br />

E consi<strong>de</strong>rando qna sendo a questão a <strong>de</strong>cidir, nos ermos<br />

pon<strong>de</strong>rados nas tenções <strong>da</strong> relação, o saber <strong>de</strong>s<strong>de</strong> qnaodo os<br />

embaqantes fizeram seus os frnctos <strong>da</strong> quhta que arremataram,<br />

e ficando assim reconheci<strong>da</strong> a cornpetencia do meio usado,<br />

e a modificacão do artigo 635.a<strong>da</strong> novissima reforma judiciaria,<br />

por disposiç6es diversas do eodigo civil, oão pó<strong>de</strong> a<strong>de</strong>rir-se aos<br />

ernbarganres o seu direito aos fracta <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o proprio acto <strong>da</strong><br />

arrematação, por isso que lnaluidos n'eila e na penhora que a<br />

prece<strong>de</strong>n, e assim B <strong>de</strong> direito antigo e mo<strong>de</strong>rno, consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> a<br />

arrernata@o como ven<strong>da</strong> judicial, visto como, durante o regimeu<br />

<strong>da</strong> or<strong>de</strong>naç20, livro 4.q titulo 67.w g 3-9 e outros, sempre<br />

se consi<strong>de</strong>raram pertencentes ao arremaiaore do predio rustico<br />

todos os iractos pen<strong>de</strong>ntes ao tempo <strong>da</strong> arremataqão, logo que<br />

pago, <strong>de</strong>positado ou afiançado o preco d'elia, e ain<strong>da</strong> antes <strong>da</strong><br />

posse jucliçial do predio, a nào haver, como aqui não honre, expressa<br />

condiçáo em contraHo, e cessando o dominio dos oxecutados<br />

sobre a quinta arremata<strong>da</strong> <strong>de</strong>sdo o acto òa arremataçdo,<br />

em virtu<strong>de</strong> <strong>da</strong> qual se trartsferio para os arrematantes, não podiam<br />

os executados ficar com pose e direito sobre os ffuctos<br />

<strong>da</strong> quidu, lei <strong>de</strong> 16 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1856, artigo I6.q nem o embargado<br />

(rerel na $.° instaocia e <strong>de</strong>ste supremo tribunal) pb<strong>de</strong><br />

consi<strong>de</strong>rar-se com direito a taes frnctos, como credor exequsnte,<br />

a vista <strong>da</strong>s disposições do cadigo civil, arligos 715.: 1:549.><br />

í:574.0, 1:57%.0, 1:575.*, 2:169:, k187 e outros, e muito princip~lrnente<br />

porque a penhora embarpa<strong>da</strong> <strong>de</strong> 5 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong><br />

1873, que o ren<strong>de</strong>iro nao quit assigaar comn <strong>de</strong>positaria a fl.<br />

417 v.. por terem sido anleriormente penhora<strong>da</strong>s em 45 <strong>de</strong> aovernbro<br />

<strong>de</strong> 187% as mesmas ren<strong>da</strong>s na execução dm embargãuies,<br />

como se v6 <strong>da</strong> carta appensa a 8. 35 regieta<strong>da</strong> em 24 <strong>de</strong><br />

setembro <strong>de</strong> 3873 corn os e5ertos oo arttgo 95:J.O do oitado codigo,<br />

não podia annutiar estes ereitoc, nem prejudicar o direito<br />

pl~no dos embargantes sobre a quinta. arremata<strong>da</strong>, antes <strong>de</strong>via

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