11.05.2013 Views

P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Endosiee : - @o pe<strong>de</strong> traiasnnkt6lr a prop~leiia-<br />

&e <strong>da</strong> letra <strong>da</strong> caable eu <strong>da</strong> tsrrn, tendo todom<br />

on ieqnlsiito~ &o eriidoe~e campletú on do<br />

eaãosso em brinco.<br />

Nos aatos civeis <strong>da</strong> relaeo <strong>de</strong> <strong>Lisboa</strong>, recorrenie o maae <strong>de</strong><br />

Avilez, reeorrjdos Domingos <strong>de</strong> Sequeira Queiroz e dr. Jose<br />

Joaquim Ricboso, se proferia o acoordão seguinte :<br />

Accot<strong>da</strong>m os &o canselho ao supremo tribunal <strong>de</strong> justiça,<br />

etc.<br />

Mostram os autos que o anctor, na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> endossatario<br />

<strong>da</strong> letra <strong>de</strong> 7908000 reis, a ires mezei;, com <strong>da</strong>ta <strong>de</strong> 17 <strong>de</strong> seternbro<br />

<strong>de</strong> i879, n5o lhe lendo etla sido paga, a fez protestar, e para<br />

o seu pagamento <strong>de</strong>inanfiou oo jáizo oornmercial os dois FCOF-, um<br />

c0010 sacador e o outro corno aceiianle, apresentando a letra e<br />

o protesto juntamente moi o seu reqnerirnenlo para a accão;<br />

Mostram iguaImente, ne tendo elles sido citadoo, não eomparrem<br />

o aceilank na ao%iencii <strong>da</strong> inrtailiagfio <strong>da</strong> acio, e foi<br />

por isso coo<strong>de</strong>mnaùo <strong>de</strong> preceito na pagarnenlo do pebido, em<br />

vista do disposto no artipii T086.0 do rodigo commercial ; comparece0<br />

porem o saeador, e este tonfassou o seu sipnal e obriga$~,<br />

mas esta somente emquanto a quantia <strong>de</strong> 9O&tOO reis,<br />

negando-a ernquanto a <strong>de</strong> 700L000 reis, com o fun<strong>da</strong>mento <strong>de</strong><br />

ter sido fal~ifica<strong>da</strong> a letra, n'esta parte, acresc~nraado-se o alga-<br />

risnio 7. e eollocaodo-o antes do 9 dos 906000 reis. uor cuia<br />

quantia 'somente era passa<strong>da</strong> a leira, e $esta maneira se fez <strong>de</strong><br />

90N00 reis 79@%00 reis ;<br />

Moabram tsrnbem que o r60 sacador allegou na contrarie<strong>da</strong>-<br />

<strong>de</strong> <strong>da</strong> acção, que o aceiianle tendo sido sen cape!ão e eornmen-<br />

sal, na sua caça <strong>de</strong> Porralegre, e tendo por bso s1Co tratado por<br />

elle corn famiIiari<strong>da</strong>Je e amiza<strong>de</strong>, se :laleu d'esias eircumslan-<br />

cias, quando <strong>de</strong>pois se achava em <strong>Lisboa</strong>, para Itie penir que lhe<br />

servisse <strong>de</strong> abonador, prestando-lha a sua assigoatirra em uma<br />

letra <strong>de</strong> 904000 reis, a qual Ihe nirníiou, tendo sD escripto em<br />

algarismo Da parte superior direita 90$WO rais, e alem <strong>da</strong> parte<br />

esianiya<strong>da</strong>, tudo o mais rim branco, pedindo-lhe para a assigoar<br />

assim, e indican<strong>da</strong>-lhe 03 lagares eM que o <strong>de</strong>via fazer, com o<br />

fan<strong>da</strong>mento <strong>de</strong> que, qaem <strong>da</strong>va o dinheiro 6 que queria ea-<br />

cher a letra, como era costume, e elle prestou-se sempre ao que<br />

assim lhe pediu, ro<strong>da</strong>s às veza que a lelra foi reforma<strong>da</strong>;<br />

Ailega mais que o aceitaate, abusando <strong>da</strong> arniza<strong>de</strong> e iami-<br />

liari<strong>da</strong><strong>de</strong> com que elle o tratava, falsificou <strong>de</strong>pois a letra, acres-<br />

centando o algarisoia 7, que collocou proximo do 9, dos 908000<br />

reis e na parte anterior, elevando assim a 7908000 reis a qilan-<br />

tia <strong>de</strong> 9WOOO reis por que ells se tinha unicamente prestado a<br />

assignar a letra;<br />

Allon<strong>de</strong>ndo porhm, que tomgiianta o r80 sacador não pro-<br />

vasse o que a~legoa em sua <strong>de</strong>feza, <strong>de</strong> ser <strong>da</strong> imporiancia <strong>de</strong><br />

!3O#OD reis ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s letras reforma<strong>da</strong>s, e que a ajuiza<strong>da</strong>,<br />

qilando lhe foi entregne, levava sárneore, alem <strong>da</strong> arte estampa<strong>da</strong>,<br />

sscripto no aito em algarimo 9MO!H reis, sen!a auirn pua<br />

o aeeitante costumava rarnelter-lbe as Itlrraç anreriores, que<br />

successivamente iam sendo reforma<strong>da</strong>s, e que <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> receber<br />

d'efis a <strong>de</strong> fl.. . eom as assignalaras nos logares que lhe tinha indicado,<br />

a encbiru nos mais dizeres do corpo d'ell& e que assim a<br />

falsificou pela maneira j8 referi<strong>da</strong>, elevando o sea valor <strong>de</strong> reis<br />

901BU00 ao <strong>de</strong> 790&000 reis, qae se Ibe exigem, como todo ãeu o<br />

jury commercial por não provado, nas snas res osias aos quesi-<br />

10s que Ibs foram proposlo~, mrno CeIIas se via 0. 1 1 8 152,<br />

nrovon comtudo aua <strong>de</strong>oois <strong>de</strong> escriuta a referi<strong>da</strong> letra, oela<br />

maneira mencioná<strong>da</strong>, o iceitante propoz, ou mandou pro& ao<br />

aactor endossatario, o <strong>de</strong>sronto d'ella, e que o seu sndosso foi<br />

escripto e <strong>da</strong>tado pé10 endossatario, pns e epdosson a elle proprio;<br />

que o sacador não recebeu d'ella qualitia alguma pelo <strong>de</strong>sconto,<br />

e que as palavras %dor recebi<strong>da</strong> que se encontram por<br />

cima do endosso <strong>da</strong> letra, e como Iazendo parte d'elle, foram escriptas<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> feito o protesto, o que tuao o mesmo jnry lalgoa<br />

provado nas respostas aos quesitos 9-0, 10.0 e li.* a tl.<br />

45% : e. -v-<br />

? '<br />

Consi<strong>de</strong>rando qne sendo o endosso <strong>da</strong> letra <strong>de</strong>fl. 8 o nnieo<br />

titulo em que G auctur se funàa para exigir r sua importamia,<br />

ora por isso indispensavel que fosse completo, ou o chamado em<br />

branco, nos termos dos artigos 355.0 e 356.0 do COdiw wmmercial,<br />

porquesó estes po<strong>de</strong>m'traosmittir a proprie<strong>da</strong>d; <strong>da</strong>s letras<br />

<strong>de</strong> cambio, psgaveis a or<strong>de</strong>m, eaiqaaoro não veoci<strong>da</strong>s, e o <strong>da</strong> Iatra<br />

<strong>de</strong> O. k nG 6 eomplao, como-o proprjo anelor r2conbecen,<br />

acrescentando-lhe por cima as palavras vulo~ recebi& que tinha<br />

<strong>de</strong>ixado <strong>de</strong> escrever n'elle, nãa ubstaate ter sido elle prajir'ro<br />

quem escreveu, como o jury julgou provadoy aorescentando-lhe<br />

as menciona<strong>da</strong>s palavras, por conhecer que ellaa eram esseociaes<br />

e indispeosaveir, e o eodosso sem ella?; estava incompleto, nas<br />

tendo-as eseriplo, ja <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> leito o protesto <strong>da</strong> letra, como o<br />

jury lambem julgo? provado, nHo po<strong>de</strong>m, pscriplos ULTL tal tempo,<br />

ser altendi<strong>da</strong>s, e nso fendo completo, !:~~!ilicrn não è O chamado<br />

em branco, <strong>de</strong> que se trata no artigo :::;li O, porque se o50 acha<br />

feito nos termos <strong>de</strong>signados n'esle artigo, tendo <strong>de</strong> mais expressões<br />

que lhe fazem per<strong>de</strong>r esb natareza, como se v6 <strong>da</strong> combinação<br />

d'elle com o artigo;<br />

Consi<strong>de</strong>rando qoe sendo sómente Ires as quali<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> endossos,<br />

<strong>de</strong> que trala o codigo comrnercial nos ariigos 355.0, %.*<br />

e 357.0, não sendri o <strong>da</strong> letra <strong>de</strong> fl. 4, nem o completo, anigo<br />

3.R.q nem o em branco, artigo 356.0, só pó<strong>de</strong> ser o <strong>de</strong> que irata<br />

o artigo 357.9 o qnal n5o traasmitte a proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s lelr.as,<br />

e só pó<strong>de</strong> valer, como procuraqão, corn os effeitos mencionados<br />

no rekriào artigo.. e <strong>de</strong>stas eireumstancia5 não foi bem fun<strong>da</strong>do<br />

o ãccordão rcteordifo, menos na parle um pae con<strong>de</strong>mooo <strong>de</strong> Iireaeito<br />

o &o con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Avilez, no pagamento <strong>de</strong> gnàritia <strong>de</strong> $eis

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!