P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa
P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa
P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
4 18 XL(:CÍJIIDÃOS DO SUPREYO<br />
Accor<strong>da</strong>m os do r.oiiselho no cuprpmo tribunal <strong>de</strong> justiça,<br />
stc. :<br />
Mosiram estes autos, em que sio recorrentes Aàriano Marlinx<br />
Leite <strong>de</strong> Barros e sin mulher, e recorridos D. Maria Riiiilia<br />
Leite <strong>de</strong> Sonsa, aactciiriça<strong>da</strong> por seu marido, terem aqnr:lles<br />
intentado no libelfo, 0. 29, uma ac@o, pe4indo o canee!lamentu<br />
do registo do dominio <strong>de</strong> certos hens, que especificam, sikia na<br />
fregnezia <strong>da</strong> S. Gene, comarca <strong>de</strong> Fafe, registo feito com futi<strong>da</strong>meato<br />
na escriptura 8. 38 <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> oulubro <strong>de</strong> i872, na qual a<br />
doadora. mãe e sopra dos recnrridofs D. Otharina <strong>de</strong> Morasa<br />
Leite, dizendo-se ~enhora e po~.saidora dos ditos bens. lhe fez irrevopvel<br />
doação d'elles sem condição algnma suspensiva ;<br />
São dnis os fun<strong>da</strong>mentos do libelto, ten<strong>de</strong>nte a pedir a tancellacào<br />
do i..,;:-to pcr tranmissão, feito no niermo dia i!) <strong>de</strong><br />
outubro <strong>de</strong> lu;?:<br />
4.0 Affirmar-SP que a doadora se achava na poare cffet~tiva<br />
40s bens que doou, quando tfesfa possa estavam os recorri,ntes<br />
por sentença judicial <strong>de</strong> Si <strong>de</strong> agosto do 1872, obti<strong>da</strong> eoiitra a<br />
pro~ria doadora. e tiassa<strong>da</strong> em julgado, sezundo consta <strong>da</strong> ter-<br />
quanto n'ella se atnrma que a tloadnra aitava na posse ef1a:cti-<br />
ra dos bens que doava, e que tinha o dominio d'ellaq quando<br />
na posse effectisa se acliavam cis recrtrrtbolcls, e quxndo qiiaes-<br />
quer direitos, que a doadora possa tPr ao dotlinio, se achavam<br />
prcscríptos.<br />
V6-se, pois, qne a acck intenta<strong>da</strong> iinicarnrnrc? çnntra ri re-<br />
corridos era commum a tlles e a doadora, sua mie e soora,<br />
porque o cane~llamento do registo <strong>de</strong>pendia <strong>da</strong> annullaç5ii ria<br />
e~criytura <strong>de</strong> doaçio, arceita pc!los r~corridos, sua filha e $!ira,<br />
en, que aqiiella fazia as afirniai.q~r indica <strong>da</strong>^, por eztes rrc:t:itas,<br />
em que po<strong>de</strong>ria haver falsii~aùes.<br />
E porquanto os autos n,-gaiivamente mostram que a tiuadnra<br />
nem foi cita<strong>da</strong>, nrm teve indiencia nenhuma n'esta cansa,<br />
como era n~cma~ario para n'ella ic po<strong>de</strong>r julgar com 3udir.!lcia<br />
<strong>da</strong>s parkas que n'ella tenham in?~res.i~, nu forre a ~reserirq5ci<br />
ou a falsi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> 5scriptura i'orniiiurn a doadora it aos doailu$<br />
sua filha e genro.<br />
?ortrnio, jalgando <strong>de</strong>fioitivain~nti? solire termos e forniali-<br />
<strong>da</strong><strong>de</strong>s do processo, rin cimloimidãrle do ariísu <strong>da</strong> Ipi 19<br />
<strong>de</strong> duzenibrn <strong>de</strong> ,1813, <strong>de</strong>rlaram (tefiiiitiramrnrr! oullii tor O u<br />
procersado e julgado n'e~tr': autos. salvo^ os d,,c~~nentw. e<br />
man<strong>da</strong>m que baixem ao juizo <strong>da</strong> 1." iustauria, pira os efleitiis<br />
legaes.<br />
<strong>Lisboa</strong>, 4% <strong>de</strong> j:int?iro <strong>de</strong> 1877. - Oliveira -Rebellu Cabra!<br />
- Menezes - Lopm Branco.<br />
(D. do G. a" 114 <strong>de</strong> 1857).<br />
anroa : - alõ se <strong>de</strong>vem dos eap%taer <strong>de</strong> qoe<br />
znlgueim se ternora cltesedor por rl~tn<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
stnaeaqrr <strong>de</strong> pnrailhs, quando -56 tiverem<br />
ekdo eotipnlniios.<br />
NOS antos civeis <strong>da</strong> relação do Porto (9." vara), recorrentes Ma-<br />
ria dos Sanros Moreira e seu marido, recorridos dnna Perei-<br />
ra <strong>da</strong> Rocha e outros, se proferiu o aecordão seguinte :<br />
Aceor<strong>da</strong>m oc JII consslbo no sopremo tfíbunal <strong>de</strong> jnsti~a,<br />
ekc. :<br />
SSo n'estes autos recorrentes Maria dirs Santos Moreira c<br />
seu marido, e recorridos Aiina Pereira <strong>da</strong> Hocba, marido e oii-<br />
tro. r, iraeirn appensos us autos <strong>de</strong> exocuçiio hvpotbecaria pro-<br />
movi<strong>da</strong> ne!os recorridos: uns quaey a e. 151 rern a conta iiqiii-<br />
<strong>da</strong>nrto a irnportancia to!al <strong>da</strong> dita execu@o eni 7316415 reis,<br />
incluiiido-sr n'st13 os i!.m,.~s do capital COn.;Li,?nte do titulo regisr<br />
:odrt, sentença do va:!iil.i ex-fl. k, que era a cjaantia <strong>de</strong> reis<br />
!2P* ,999, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a' <strong>da</strong>ta <strong>da</strong> ~bntttnça <strong>de</strong> 21 dr. novembro <strong>de</strong><br />
(Bsb, que nem conilernnou nem fallou. em juro+, e qae sendo<br />
leva<strong>da</strong> ao registo ex-fl. 46 em 2.3 <strong>de</strong> jnnhn <strong>de</strong> 18G8, ac.qirii mesmo<br />
foi rcgi.sta<strong>da</strong> iem allusao a jaror alguns ;<br />
A esta conta offereceram os recorrentes n'estes antos os<br />
ariigos ou embarpw, ex-8. 4; fan<strong>da</strong>ado-ae na prr9cripção e em<br />
iilo haver quanto x juros convencàn, coodcmnacáo algnma ou<br />
regislo, $on<strong>de</strong> resalta+n ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro axeerso <strong>de</strong> ex~,cuf5o na<br />
contagem ci'elles;<br />
Na aenten a <strong>da</strong> 14 instamia, tl. 35, foram os ditur artigos<br />
julgados proceisnlo- e ~irovxdns pelo oirico tandnmcnio <strong>de</strong> nlo<br />
haver no titalo regiataifo cnnùerona~án em juros nem eslipnlaçáo<br />
que os tornasse cxigivets R registaveii, e aucIori~assc a execu@o<br />
por elles. Em ,grau <strong>de</strong> appellae5o roi esta senteoca reroga<strong>da</strong><br />
nian<strong>da</strong>udo-se subsi.stir a contagem <strong>de</strong> juro.+ ~irs<strong>de</strong> %I dt:<br />
novembro <strong>de</strong> 1831, no accoidãri fl. J9, au$leuaailo sobre cmlbargos<br />
no <strong>de</strong> fl. 90, do quaI opp~rtunam~nf~ se interpuz e !AU~UIU<br />
este recurso <strong>de</strong> revista ;<br />
E consi<strong>de</strong>rando que o processo excepcional <strong>de</strong> exeeu@o<br />
bypothecaria rem piir base ciec1i:o.. Iryyorheczrios cons!anLe.i <strong>de</strong><br />
titulns rtricctivaiiiente rrgi5tadn. !artigo 206.0 do regulamento<br />
<strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1870);<br />
Consi<strong>de</strong>rando qu~: n til010 rcpisfado nem coniieriioon rm<br />
juros nem c'elles falinu, e que ri I F ~ ~ C C C ~ V U regirto fez iiulr~i taoto<br />
como lhe cnmpria;<br />
Con~i<strong>de</strong>rando que o artigo AW.o do codigo civil e seu 3<br />
unico apenas conce<strong>de</strong> os atTeitol; <strong>da</strong> hypoitreca, &ra serem expropriados<br />
os bem a ella ailjeilos pelo processo exeepr+ional estabelecido<br />
aos juros <strong>de</strong> credito que as vença relativos ao aono<br />
anterior e ao corrente, ou a juros <strong>de</strong> UULFOS anoos, quaado se-