P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa
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Appellaplo: - oito pódc ser jalgn<strong>da</strong> <strong>de</strong>se~ta,<br />
iem citapão peesorrl do proeoridor do appel-<br />
IanCe, tendo-o na eé<strong>de</strong> <strong>da</strong> relação.<br />
Nos autos civeis <strong>da</strong> relação dq <strong>Lisboa</strong> (Cinlra), em qU6 6 reer-<br />
tente José Silvestre <strong>de</strong> Agniar e recorrido Antonto Joaquim<br />
Vianna, se pmferio o amordão segninia :<br />
Aocor<strong>da</strong>m em conferencia os do conselbn no supremo tribunal<br />
<strong>de</strong> jnetiça, e&.:<br />
Mostra-se dos autos que a appellação, fl. 76, foi apresenu<strong>da</strong><br />
em tempo na relago <strong>de</strong> <strong>Lisboa</strong>, e não sendo prepara<strong>da</strong> <strong>de</strong>ntro<br />
em trinta dias, a requerimento do reeorrido, se fez o annnncio<br />
no Diario dogmmw, a 8. 87, para <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> ontros trinta dias<br />
vir a parte preparar.<br />
Mostra-se mais que, passados aqnelles prasos e feito o preparo<br />
para a <strong>de</strong>sereo <strong>da</strong> appellaçáo, pedia o recorrente no reqnerimenlo<br />
a & 93, ser admittido a preparar a cansa, e sendo<br />
impopado o mesmo reqoerimento pelo recorrido, foi julga<strong>da</strong><br />
<strong>de</strong>serta e não segui<strong>da</strong> a appellagáo pelo accordâo 0. 95, com o<br />
fan<strong>da</strong>mento <strong>de</strong> que se nSo provava o legitimo impedimento allegado<br />
; e B d'eete amordão que em wmpo se interpuz e apresentou<br />
o recarso <strong>de</strong> revista.<br />
Consi<strong>de</strong>rando que o recorrente estava em juizo, legitimamente<br />
representado por son procnrador resi<strong>de</strong>nte em <strong>Lisboa</strong>,<br />
como consta <strong>da</strong> prucnra@o fl. !O;<br />
Consi<strong>de</strong>rando que, nos termos expostos, a <strong>de</strong>serção <strong>da</strong> appellaflo<br />
nHo podia ser jalga<strong>da</strong> sem a citacão pessoal do procnrador<br />
do recorrente, para respon<strong>de</strong>r e.m vinte e quatro horas,<br />
mmo <strong>de</strong>termina o arligo 49.- <strong>da</strong> lei <strong>de</strong> 46 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1865,<br />
com referencia a disposiçào do artigo 15." <strong>da</strong> lei <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro<br />
<strong>de</strong> 4813; sendo tao pro~i<strong>de</strong>nie a primeira lei cita<strong>da</strong>, que<br />
duas vezes, no mesmo artigo, exige a citaç5o do procur;idor,<br />
lendo-o a parte, já <strong>de</strong>pois do praso dos primeiros trintadias, ja<br />
antes do annunoio no Diario do gooctrro :<br />
Por estes fun<strong>da</strong>mentos conce<strong>de</strong>m a revista, annollarn o accora30<br />
recorri<strong>da</strong>, e julgando <strong>de</strong>finitivamente sobre o. termos e<br />
formali<strong>da</strong><strong>de</strong>s do processo, em wnformi<strong>da</strong><strong>de</strong> riom os artigos 9.e e<br />
I.. <strong>da</strong> lei <strong>da</strong> 19 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 18k3, man<strong>da</strong>m que os aolos<br />
baixem a relação <strong>de</strong> <strong>Lisboa</strong>, a Brn <strong>de</strong> que sendo o recorrente<br />
adrnittido a preparar a appellação no praso legal, se sigam os<br />
mais lermos <strong>de</strong> direito.<br />
<strong>Lisboa</strong>, ?I& <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 4876. -Campos Henriqnes -Vismu<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Alves <strong>de</strong> Sit, vencido. -Tem voto dos conselheiros<br />
Pereira Leite, Oliveira, Rebello Cabral, Campos Henriqnes.<br />
(D. do G. n." 265 & 1876).<br />
TRIBUNAL DE JUSTIGA. - i876 37.5<br />
Coneelhciro d'eista<strong>de</strong>: - psma o seu bepoPmsm-<br />
%o, tanto nas caasas dvels Geme PRU epkmi-<br />
aao*, <strong>de</strong>vem obsiervrtr-sle ae PormalP<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
legaes.<br />
Nos antes civeis <strong>da</strong> relagãa <strong>de</strong> <strong>Lisboa</strong> Unir0 <strong>de</strong> direito <strong>da</strong> 9:<br />
vara), em qae 6 recorrenk? o marque2 d'Avila e <strong>de</strong> Bolama,<br />
na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> governador <strong>da</strong> wmpanbia geral <strong>de</strong> credito<br />
predial portupiil:z, e recorridos D. Pdro <strong>de</strong> Portugal e Castro,<br />
viovo, e seu: iulios menores, se proferiu oaccordào seguinte :<br />
Acrxir<strong>da</strong>m em mnferencia os do conselho no supremo tribunal<br />
<strong>de</strong> justiça, ele. :<br />
Mosrra.s% dos anfw que, tendo-se reqaefido no final do 1ibella<br />
a 8. 23 o <strong>de</strong>poimenta pessoal do recorrente, na gnali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> governador <strong>da</strong> companhia geral <strong>de</strong> credito predial portngnez,<br />
contra a qoa1 e outros foi intenla<strong>da</strong> a presenre acção, o jaiz <strong>da</strong><br />
I: ioutancia, <strong>de</strong>ferindo em tempo competente a este reqnerimento,<br />
man<strong>da</strong>r intimar o recorrente. para vir <strong>de</strong>por em juizo,<br />
sem proce<strong>de</strong>ncia <strong>de</strong> formali<strong>da</strong><strong>de</strong> alguma, <strong>de</strong>clarando no <strong>de</strong>spacho,<br />
em que marcou dia para o <strong>de</strong>poimento a ti. 233 v,, que o<br />
d;..pgsto no artigo $3.0 do <strong>de</strong>weta <strong>de</strong> 9 <strong>de</strong>j~m'fo <strong>de</strong> isEi0 rião po-<br />
.li.i enten<strong>de</strong>r-se, seniio wm refwd a&$ procb~w mhm;<br />
Mostra-se que, aggravando o recorrente d'este <strong>de</strong>spacho<br />
para a relago <strong>de</strong> <strong>Lisboa</strong>, a relagão pelo aceoròão 0. 2k5 v., <strong>de</strong><br />
que vem interpusia a presente reuisia, negira provimento ao aggravo,<br />
confirmando a <strong>de</strong>eis50 recorri<strong>da</strong> com o fm<strong>da</strong>mento <strong>de</strong><br />
que as Iormali<strong>da</strong><strong>de</strong>s prescripbs nos artigos I:~Z%P r I:125.0 <strong>da</strong><br />
novissima reforma judiciariq t? no <strong>de</strong>creto <strong>de</strong> 9 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong><br />
!8%, artigo i3.q para em processos crimes <strong>de</strong>porem as pessoas<br />
<strong>da</strong>s classes ahi <strong>de</strong>signa<strong>da</strong>s, não estavam expressamente <strong>de</strong>creta<strong>da</strong>s<br />
para os <strong>de</strong>poimentos nos processos eiveis: e qiie, sendo expressa<br />
na or<strong>de</strong>nação, livro 3.", tirufo 53.7 t3.\ a pena <strong>de</strong> confesso<br />
ao revel, sem distincgo <strong>de</strong> classe. ac disposifleg dos referidos<br />
artigos, como dispogiçõs <strong>de</strong> excepçbo a lei civit, não podiam<br />
tornar-se pelo preceito do arlipn i1.0 do codigo civil exiensivas<br />
a taes <strong>de</strong>poimentos, sendo a lei civil igual para todos, 8 dsvendo<br />
ser applica<strong>da</strong> sem dístincção <strong>de</strong> pessoas, artigo 7.0 do citado<br />
eodigo;<br />
Consi<strong>de</strong>rando porém que o <strong>de</strong>creto <strong>de</strong> 9 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> i850,<br />
publicado em virto<strong>de</strong> <strong>da</strong> anclndsafio concedi<strong>da</strong> ao governo pela<br />
iei <strong>de</strong> 1i <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1849, e que tem por isso força <strong>de</strong> lei, tra-<br />
tando no titulo 1 .O <strong>da</strong> organisaçáo geral do conselbo d'estado, <strong>de</strong>-<br />
fioindo e ~stabelecendo nu capitnlo i.* a naínreza do cargo, os<br />
direitos e prerqativas que lhe 50 inherentes segundo a carta<br />
constitucional B as leis, <strong>de</strong>termina expressamente no artigo 13.5<br />
alem <strong>de</strong> outras dis)iosi@es qeraer, que coot8em n'esse capitulo,<br />
relativas aos conselheiros t'eubdo, que, quando algum d'elles<br />
tiver <strong>de</strong> <strong>de</strong>por em juizo, rr <strong>de</strong>poimento se tome nos ermos e com<br />
*