P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa
P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa
P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Por estes fiin<strong>da</strong>me~tw, viste Iailar con>pletamente n'esle<br />
processo, nos termos que ficam expressadb~, corlio <strong>de</strong> <strong>de</strong>licto ;<br />
e atten<strong>de</strong>ndo que o supremo tribunal <strong>de</strong> justiça julga <strong>de</strong>finitivamente<br />
sobre termos e formali<strong>da</strong><strong>de</strong>s do processo, na eonformi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
do artigo $.3 8 6.0 <strong>da</strong> lei <strong>de</strong> i9 dz <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> i8@& e arligo<br />
I:i60.* do codigci tio processo civil, aonuilam, a reslieilo <strong>da</strong> réu<br />
Pe3ro dn Menezes Parreira, todo o processo CK)~<br />
falla <strong>de</strong> base<br />
legal ; e man<strong>da</strong>m que OE antm baixem a i: instancia para os<br />
<strong>de</strong>vidos effeitos. . .<br />
<strong>Lisboa</strong>. 16' <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1877.- L~pes Brauco- Vis-<br />
con<strong>de</strong> &i! Alres dr Sa - Oliveira - H~bello Cabral - Nenezes.<br />
- Presente, Vaxuncell~s.<br />
(D. do G. n.O $84 <strong>de</strong> 4877).<br />
CometlPnqiío : - eatá a eiln enjeSa a acgho <strong>de</strong><br />
iiuueltigão <strong>de</strong> obra nova,<br />
ExcepeCben: - A let que as faz a ama regra<br />
reensa aos juizes o po<strong>de</strong>r tnt~oduzir<br />
eutcas <strong>de</strong> movo, OP ampllar a8 qmae errtns<br />
feltns.<br />
Na. autos civeis <strong>de</strong> ygravo <strong>de</strong> petição vint!os <strong>da</strong> relaçào do<br />
Porto, aggrsvantcs Maria Joaquina, viuva, e filha, aggravados<br />
JosB <strong>de</strong> Alinai<strong>da</strong> Alves e inulher, $e pi.olerru o ac.cori1õo se-<br />
guinie :<br />
Accor<strong>da</strong>m em coaferencia os <strong>da</strong> conselho ua supremo tribunal<br />
<strong>de</strong> juslip :<br />
Que tomatii cooheci:iiento do presente agpravo, iriter~oclii<br />
do accordão fl. 3% +ia relal;io do Porto, nus terinos doa artigos<br />
1:!76.* e $:I3.' do eodigo do procecsri civil ; c<br />
Considrrandu qne n referido codigo consigna expressaniente<br />
a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> do preliminar <strong>da</strong> concitiai;50 para a valí<strong>da</strong>dt~<br />
dos processos, que se in~taurarem em juizo, no artigo 3387.0, que<br />
diz assi rri : nenhum racgibp<strong>de</strong>rá ser $~-opo$tcm em ]&zo sem que<br />
p& ?&afhcia & conciliwâo, e+labiilecendu ao meorno teme6<br />
2 marcando d~signa~famenté niw $8 I? e 2." as excelipjes ào<br />
preceito geral <strong>da</strong> iei, que 6 <strong>de</strong>rivado <strong>da</strong> artigo 148.O <strong>da</strong> carta<br />
constitucional <strong>da</strong> nionarehia ;<br />
Consi<strong>de</strong>rando qne em maferia <strong>de</strong> conciliaçãa 8 esta a legii-<br />
IaGo actnalmenli? ern vigor, achando-se revoga<strong>da</strong>s, e euh~titui<strong>da</strong>s<br />
por ella, as dispasiflea do artigo 1.0 e seus rrspeciivoa numeros<br />
<strong>da</strong> lei <strong>de</strong> 46 <strong>de</strong> jaoho <strong>de</strong> 4834 n.as <strong>de</strong>. ouwa qualqurr le.<br />
giala$ão anterior, geral ou eriiPrial, a este rrspeiio~ srpu~~tlo 11<br />
rrligd 4 ufa lei <strong>de</strong> 8 <strong>de</strong> ueveriibro do 1376 ;<br />
Coasi<strong>de</strong>i.a:idu que as s~iiriyi:òrs isgaes nàcj pci<strong>de</strong>iii ser ai!-<br />
mitti<strong>da</strong>s, nem arnufia<strong>da</strong>s fóra 110s casos, e al&m ddiw termos em<br />
que a lei as estabeleceu, como é principio geral e absoluto <strong>de</strong><br />
direito, hoje expresso nu artigo 11.- do codigo civil, assim cnncebido:<br />
A Lei que faz excep-46 as regras geraes nb pb<strong>de</strong> ser<br />
applica<strong>da</strong> a nenhuns caso>, que não estejam especificados na<br />
mesma Isi r ;<br />
- Consj<strong>de</strong>raado que a ac@o <strong>de</strong> nanciaeo <strong>de</strong> nova obra não<br />
se acha comprehendi<strong>da</strong> em nenhuma <strong>da</strong>s ereepçües menciona<strong>da</strong>s<br />
nos 88 i." e 2." do referido arligo 357 7 nem em disposição<br />
algnma <strong>de</strong> legislaçãri ~~ postedor; e cooseguinlemente<br />
que. sem o5ensa direcla <strong>da</strong> lei, não pMIe dizer-se isenta do preliminar<br />
<strong>da</strong> conciliação ;<br />
Consi<strong>de</strong>rando que .n't.stes termos fica sendo evi<strong>de</strong>nte que,<br />
effectnado o embargo, a acção <strong>de</strong> nonciai;ão, <strong>de</strong> que se frara.<br />
nãu podia sgr proposta em juizo, cnuiu foi, contra os aggravanres.<br />
rem se mostrar .;atirff?ita esta formali<strong>da</strong><strong>de</strong> legal - e impreicrivei;<br />
Consi<strong>de</strong>rando que o artigo 3fi7.O exceptaa <strong>da</strong> cunciliaçãn<br />
no 5 2.v súniante o embargci, cnioo yreparatorio <strong>da</strong> causa, mas<br />
nio a acçáo, <strong>de</strong> qae o prcrcessa é diífereote; <strong>da</strong> mosma forma<br />
qu~, dispensa a distribuii;ão n'equell~ segorido o artigo 159.0, ir<br />
irnpreteriuelmeote a exige n'asra, arti~o 383.b, senduobvias e di:<br />
primeira iniuiçáo as razões <strong>de</strong> differeuça que rt: dZo n'urn e no<br />
outro caso :<br />
Cunsici'rrando que na acção <strong>de</strong> nunoia@n o smhrrgo B um<br />
preparatwio <strong>da</strong> cau$a, ilualificado roinri id pelo codigo do processo,<br />
que irata d'alle bo ~%01tuio 3.O do titulo 3.q que se inicrese<br />
: Dos actos prwentitlris s prqaraatorias g&rB dguw causas,<br />
artigo 380." e iegriinirs, ii~ru $.* ; faeultaiivo, <strong>de</strong> que. a pai.te<br />
po<strong>de</strong> prescindir, começando e acahaudo a causa sem o reqiiisrer.<br />
na conforrui<strong>da</strong><strong>de</strong> do arligo :3880."? qae se exprime assim :<br />
a To<strong>da</strong> a pessoa que se julgar offendi<strong>da</strong> nri seu direito em coaseqnencta<br />
<strong>de</strong> obra nora que lhe i!au+r prejnieo, riu qne pela sua<br />
ilinccão venha a cansar-Ib'o* p& repuerw o embargo du obra,<br />
indica'ndu ligo oi funilarnento-. <strong>da</strong> 11pdido m; e que anb&@ ser<br />
feito em juim differmte d'.mle em gue a ac* f& propo.~ta.,<br />
<strong>de</strong>vtriido apenas ser remeilido para el;k topo que se jantar rei'tidào<br />
<strong>da</strong> distribnição, artise 385.0;<br />
rnusi<strong>de</strong>rando finalirienta, e eiu casarnu que .a lei. fazendo<br />
excepções a nma regra gsrai, recnsa por isto mesmo aos juizca<br />
a po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> introdnzir outras <strong>de</strong> novo, ou <strong>de</strong> ampliar as que estáo<br />
feitas :<br />
Dào provim~atn ao agpravo, em vista <strong>da</strong>s rases expostas ;<br />
annullam a &ecisáo <strong>de</strong> direito do accordão recorrido 0. 38 v.,<br />
man<strong>da</strong>m qne, baixando a 3.s inssancia os pr~sentcs aatos <strong>de</strong><br />
agpraro <strong>de</strong> instrurni?ntn, o juiz reforme o ipii <strong>de</strong>spacho conslante<br />
d'elles a B- t4 r., ii <strong>de</strong>âra ao reqnerimento 0. 8 dos aggrxvauies<br />
;<br />
E cooiternnaiu o: aggrrvadur oas cusias do recurso.<br />
.*