11.05.2013 Views

P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

dieação do joiz recorrido7 á relaçio, com contraminuta do ministerio<br />

publico, sem haver minuta dos aggravantes, que to<strong>da</strong>via<br />

h requerimento seu foram ouvidos na relação, <strong>de</strong>pois <strong>da</strong> resposta<br />

do ministerio pnblieô, e <strong>de</strong> se man<strong>da</strong>r fechar e lacrar a maior<br />

parte do proeew, e negar-se a 6nal, por tlaahi<strong>da</strong><strong>de</strong>, provimento<br />

aos aggravantes, os 1." recorrentes, e conce<strong>de</strong>r-se, por<br />

mimia <strong>de</strong> votos, assignando @aido o 'aiz relator, aos outros<br />

aggrrvantas, or ser o crime, pelo Pnd foram pmnoouadm,<br />

puniiel pelo L.* do artigo L830 do oadigo penal, e assim ser<br />

admissivel a ti;irip, segundo o ariigo k.* do <strong>de</strong>creto <strong>de</strong> 10 <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 5.G2 ;<br />

5.O Finatmente, recorreram <strong>de</strong> revista do dito actordão,<br />

pela sua parte, o bacharel Jod Ferreira Pinto dos Santos e José<br />

Joaquim Pinto <strong>da</strong> Fonseca, *e pelo que respeita a concessão <strong>da</strong><br />

Ban~ aos outros tres pronunciados o ministario publico;<br />

E oonsi<strong>de</strong>rando, que sendo o aggravo restricto a mncessão<br />

ou <strong>de</strong>negação <strong>de</strong> 6an- em proeesso com base legal, e sem nnlli<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

insanavel, e nao se trata90 <strong>de</strong> injq pronuncia ou <strong>de</strong><br />

aprecia@o dos termos em que foi feita, cnmpria <strong>de</strong>cidir em harmonia<br />

Frn a classificação do crime adopta<strong>da</strong> no <strong>de</strong>spacbo <strong>da</strong><br />

pronuncia, nao alteravel em tal sifnação, segando a praxe e O<br />

direito estabelecido;<br />

Consi<strong>de</strong>rando assim, que albm dos eqnivocos ou inexactidões<br />

existentes no accordão recorrido, qnando aponta a aggravante<br />

Joaquim Pinto <strong>da</strong> Fonseca e o <strong>de</strong>creto <strong>de</strong> tO <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro<br />

<strong>de</strong> 187% em logar <strong>de</strong> Jose Joaquim <strong>da</strong> Fonseca, e do-<strong>de</strong>creto<br />

<strong>de</strong> 10 <strong>de</strong> <strong>de</strong>reinbro <strong>de</strong> 1852, verifica-se manifesta coritra<br />

dicção nus seus Inn[larncnbs e dtrcisão, pois que estando todos<br />

os pronuiiciados na mesina silua@ão criminal, e não se negando<br />

nem dizerido nãa prova<strong>da</strong>s lollal: as circuinstancias que se <strong>de</strong>ram<br />

nas offensas oorpirraes commetti<strong>da</strong>s contra uma ancfori<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

publicxi, vista dos auloa <strong>de</strong> corpo <strong>de</strong> dslicto e <strong>de</strong> querela, e<br />

do <strong>de</strong>spacho <strong>de</strong> proouneia, não p6<strong>de</strong> applicar-se a nos o qn8<br />

não seja applicavel aos outros, e vi#-versa não aeve ,por emquanto<br />

<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> appliear-se a estes o gne se applicon aquelles,<br />

para na0 havor juigamenb contradictorio nas suas partes, e por<br />

isso nu110 :<br />

CO~ce<strong>de</strong>m portanto a revista, e julgando <strong>de</strong>finitivamente,<br />

nrrc termw do artigo 2.e <strong>da</strong> cana <strong>de</strong> lei <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro do<br />

iW:$ <strong>de</strong>cIaram nallo o accordão recorrido, e tuan<strong>da</strong>m baixar os<br />

amo8 (<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> fecha<strong>da</strong>s e lacra<strong>da</strong>s as respectivas e só as res-<br />

~ectins Par& do processo) á relação do Porto, para que por<br />

novos juizes se cumpra a lei.<br />

<strong>Lisboa</strong>, 3. <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1876. - Rebello Cabra1 - Pereira<br />

Leite - Oliveira - Menezes - Lopes Branco. - Presente,<br />

Yaseuncellos.<br />

(D. do G. n.O 275 <strong>de</strong> 1876).<br />

Cerpo <strong>de</strong> <strong>de</strong>tieto : - cmqnanto par elle niio se<br />

prrãer qnaIillcar o facto crimlaomo, eeganão<br />

a verifimpao <strong>da</strong>ri elememtoe eoniSltntivaa do<br />

crime, a&o e vBlP<strong>da</strong> ti qnorela sem a p~o-<br />

anueia do réu.<br />

Nos autos crimes <strong>da</strong> relago <strong>de</strong> Ltsboa, 2.' v:ra, recorrente<br />

JoçB Maria Yasearenhas, se prolerin o accor<strong>da</strong>o segnrnb :<br />

Accor<strong>da</strong>m em conferencia os do conselho no supremo Mbana1<br />

<strong>de</strong> justi a :<br />

Consta bo traslado appsom i estes auto3 nos qmes 6 remrente<br />

D. fos8 Maria Masearenha~, e recorrido o ministerio publico,<br />

ue constando no i: districto criminal <strong>de</strong> <strong>Lisboa</strong>, participa.@<br />

1 3 L, b?r na noite do L <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> I876 bavido no passaio<br />

publico do Rocio uma occdrreneia <strong>de</strong> que resnltaram oEsnsas<br />

corporaes na pessoa <strong>de</strong> Eduardo José dos Santos Silva; o<br />

juiz mandou roce<strong>de</strong>r a corpo <strong>de</strong> <strong>de</strong>licto directo 8. 7, em 8 <strong>de</strong><br />

Iniba no qoa! os f~niiistisos, <strong>de</strong>baixo <strong>de</strong> jnrame~to recebido e<br />

com assistencia do juiz e minislerio pnblico, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> <strong>de</strong>screverem<br />

as lesões que podiam ver, conclniram nos termos seguin.<br />

tes : náo se p& por ora <strong>de</strong>ttmnhar a mm'ra corao @a, isto<br />

d, o mame feito precisava ser completado por outro,.para se<br />

qualificar a offeasa segundo o codipo penal, ou no artigo 359.°<br />

ou no 36(1.", ou no artigo 361.0<br />

Comlado o miaiatario publico quereiou a fl. 14 v. directamenb<br />

conlra o recorrente peia incriminacão <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> e puni<strong>da</strong><br />

no artigo 361.0, o;., o5stante a incerteza em que estava, rnanifesta<strong>da</strong><br />

paio rrqael,ímenlo que ccii~juncaamrnle ali fez, pedindo<br />

qae no vigesiioo dia, a contar d'arjoelld em que Leve lugar o fe-<br />

rimenlo, se procedttçse a exame <strong>de</strong> sani<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Seguiu-se a interrogago <strong>de</strong> Irei, tesiemunhas do snmmario<br />

e o <strong>de</strong>spacho <strong>de</strong> pronnncia 0. 81 v., em lt <strong>de</strong> jnlho, com tm-<br />

<strong>da</strong>mento no artigo 361.' do digo, e <strong>de</strong>negação <strong>de</strong> fiança.<br />

O snmmario coiitinuoa <strong>de</strong>pois atb não haverem mais teste-<br />

manhas, e no vigesimo dia, 3 contar do facto, proce<strong>de</strong>s-se a U.<br />

3.7 para complemeoto do <strong>de</strong> U. 7, ao novo auto, no qual os fa-<br />

curtativos unanime e eategoricamerita <strong>de</strong>clararam 11ii1: o axarninado<br />

esta curado sem <strong>de</strong>formi<strong>da</strong><strong>de</strong>, molestia ou ala.~j%i~, e j4 apto<br />

para po<strong>de</strong>r exercer o seu emprego, que B mestre <strong>de</strong> piano.<br />

Eate exame nIo satisfr~r o ministerio publico e o juiz, pedindo<br />

aquelle, sem <strong>de</strong>elarar rno:ivo algum, e man<strong>da</strong>ndo ste <strong>da</strong><br />

mesma fórma proce<strong>de</strong>r a novo cxame.<br />

03 dois novos exanies 0. .IR e 8. k2 conllrmâm o anterior<br />

<strong>de</strong> ff. 35, acbando o examin~~io curado, myope <strong>de</strong> ambos os<br />

$ho$, <strong>de</strong> onze a doze, tensào <strong>de</strong> humores, o campo drr vista<br />

igual em ambos as olhos, e uma malha amarella no esqnerdo,<br />

que se po<strong>de</strong> achar em lodos os myopes adiantados.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!