11.05.2013 Views

P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>da</strong>, tomando por fundsmenlo <strong>da</strong> <strong>de</strong>cisão a quarta tençào a fl.<br />

450, a qual foi venci<strong>da</strong>, e soppondo que a segnn<strong>da</strong> tenção se<br />

contomoa eom a quarta, o que não era poarivel por ser esta<br />

posterior á segun<strong>da</strong> :<br />

Por erfps fan<strong>da</strong>menlos conce<strong>de</strong>m a revista, annnllam o ac.<br />

cordão recorrido, e man<strong>da</strong>m que os autos baixem a relação <strong>de</strong><br />

<strong>Lisboa</strong>, para se <strong>da</strong>r o <strong>de</strong>vido clirnprimenbo i lei.<br />

<strong>Lisboa</strong>, 16 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> i8i;. -- Campos Henriqnes -<br />

Viseon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alves <strong>de</strong> Sa - Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Seahra. - Tem voto do<br />

wnnelheiro con<strong>de</strong> <strong>da</strong> Fornos, Campos Henriques.<br />

Bcnr <strong>da</strong> cor&* : - aa Jas%.f#lancB;cs para enoce<strong>de</strong>r<br />

a'elles eram <strong>da</strong> erclasiva cowpeteoeir~<br />

do 'aiz <strong>da</strong> l.* VPP~ <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>ãe <strong>de</strong> Lãwboa, e<br />

<strong>de</strong>vb u'eIIa~, RDI~F <strong>de</strong>ctnracia especfGu<strong>da</strong><br />

<strong>da</strong> natareza dos beas e <strong>da</strong>e doa~õea, e tftnlos<br />

orliçtaaee.<br />

Nos autos civeis <strong>da</strong> rela~ão <strong>de</strong> <strong>Lisboa</strong> (1." vara), recorrente a<br />

con<strong>de</strong>ssa <strong>de</strong> Sarze<strong>da</strong>s, recorridos Francisco <strong>de</strong> Assis <strong>da</strong> Silvei-<br />

ra e Eorena e a fazen<strong>da</strong> nacional, se proferiu o accordão se-<br />

gainle :<br />

Acwr<strong>da</strong>m os do conselho no supremo tribunal <strong>de</strong> justiça,<br />

eto. Consi<strong>de</strong>rando que o recorrido veio a jnizo <strong>de</strong>duzir uma h&-<br />

bilitação e jnsrifieação para soccessào em bens <strong>da</strong> corfia, como<br />

consta <strong>da</strong> peliqk iinical, e artigos juskificativos <strong>de</strong> a. 9, e se<br />

mossra dos autos ;<br />

Consi<strong>de</strong>rando qoe as habilibçties o jasiificações para suc-<br />

ce<strong>de</strong>r em bens <strong>da</strong> coroa, on requerer mercés em recompensa<br />

<strong>de</strong> serviços feitos ao estado, que pela antiga legislapào perten-<br />

ciam ao juizo<strong>da</strong>s jusliljcag5es do reino, que <strong>de</strong>pois passaram pa-<br />

ra o extiocto conselho <strong>da</strong> fazen<strong>da</strong>, e queactnalmcnte são <strong>da</strong> pri-<br />

vativa 6 exclusiva conipeiencia do juiz <strong>de</strong> direito <strong>da</strong> 1.' vara <strong>da</strong><br />

ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Lísfma, <strong>de</strong>vem ser processa<strong>da</strong>s e juiga<strong>da</strong>s peta fórma<br />

estabeleci<strong>da</strong> anteriormeale ao <strong>de</strong>creto <strong>de</strong> i6 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1838,<br />

segundo a expressa dispsiçZo dos artigos 86.0 e 3CiO.* aa no-<br />

vissima reforma judiciaria;<br />

Consi<strong>de</strong>rando que r fórrna dos processos or<strong>de</strong>na <strong>da</strong> na lei<br />

não estii sujeita a vonta<strong>de</strong> <strong>da</strong>s parles, où ao arbitrio dos juizes ;<br />

qae 6 materia <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m e ioreresse publico, e que por isso a<br />

soa inobservancia prodoz nulli<strong>da</strong><strong>de</strong>, qus o direito qaalifiea <strong>de</strong><br />

insanavel ;<br />

Cnnsid~rando qne, çegundo o processo especial, actaaiman-<br />

te em vigor, applicavel au C850 <strong>de</strong> que se trata, rios lermos dos<br />

oitados artigos <strong>da</strong> reforma, todo aqueiie que qaer habilitar-se<br />

por legitimo successor <strong>de</strong> outro em bsns <strong>da</strong> coroa, ou sejam <strong>de</strong><br />

jno e her<strong>da</strong><strong>de</strong> ao em vi<strong>da</strong>s, <strong>de</strong>ve requerer a haàilita@o no<br />

juizo privativo <strong>da</strong> I.= rara, jnntando aos seus artigos as cartas<br />

originaes <strong>de</strong> seu aotecessor na fraigão dos bens <strong>da</strong> corfih e 9<br />

docnmenlos tambzm origiaaes, que necessârios forem para legitimar<br />

a sua pessoa, prohihindo a Iei erpresçamente que se Jnn+<br />

tem docamentos, que não sejam orjgínaes, os qoaes nwea se<br />

encorPorarn nos aalaP, nem nas sentenças, quando estas a final<br />

ehegam a passar-se,<strong>de</strong>vendo os mesmos tiiulos e dotnrnentos originaes<br />

set entregaes e restitnidos 5s partes, sem d'elles ficar<br />

traslado, mas somente em sm Iogar TPC~~O ê~~fropstado;<br />

Consi<strong>de</strong>rando que este é o direito ex resso do reino, cansigna<strong>da</strong><br />

nos alvaria com for~ <strong>de</strong> Isi <strong>de</strong> 1l<strong>de</strong> outnbm <strong>de</strong> 1766,<br />

item I.*, 20 <strong>de</strong> ferereito <strong>de</strong> i8626, 3 h.\ lei <strong>de</strong> %% <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro<br />

<strong>de</strong> 1764, titulo 4.; fi 1.0, e mais legislação panllela, <strong>de</strong>clarado<br />

em vigor na especie presenge peln art~go 360.0 <strong>da</strong> novissima reforma<br />

judiciaria, em conformi<strong>da</strong><strong>de</strong> com o artigo 678.0 <strong>da</strong> anterjor<br />

reforma judiciaria <strong>de</strong> 13 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1837, parle $.; q50<br />

assim o havia jl or<strong>de</strong>oado;<br />

Consi<strong>de</strong>rsndo que, não sendo admissivel, nos termos <strong>da</strong> legislaçào<br />

aponmiii, unia justifioaçãa te habilitago para sucw<strong>de</strong>r<br />

em bens <strong>da</strong> coroa, setn uma <strong>de</strong>claração osp6Gifjca<strong>da</strong> <strong>da</strong> natureza<br />

d%esses hens, e a juncpão <strong>da</strong>s dnaç5es ou titulos originaes, mostram<br />

os aulas, que na <strong>de</strong> que n'elles se trata, se não acham sa.<br />

tisfeitos estes 'requisitos, ssseneiaes e indis ensaveis em seme-<br />

Ihantes casos. segundo o direito e a praxe o reino;<br />

Considcrnndo qoe contra esta doutrina a50 I! prooe<strong>de</strong>ote o<br />

pon<strong>de</strong>rado na; teoções <strong>de</strong> tl. 184, e <strong>da</strong>sio;tia<strong>da</strong>menle a fl. 254,<br />

ten<strong>da</strong>nte a provar que as certidões e publicas formas, jan-<br />

tas pelo recorrido aos seos artigos justificativos <strong>de</strong> 8. 9, tèem a<br />

mesma força e vali<strong>da</strong><strong>de</strong>, que os titulas oi'iginaes, substiluindo-os<br />

para todos os effeitos Ispaes; par isso que contra a clara e e$-<br />

pressa ciisposi~ào <strong>da</strong>s leis 11t*m mesmo é, Iiciru hesitar, como se<br />

expressava o asserito <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> àezeuibro cie 1710, e ti axioma<br />

<strong>de</strong> direito ;<br />

Consi<strong>de</strong>rando que o item primeiro do alvsra <strong>de</strong> 54 <strong>de</strong> oulu-<br />

hro <strong>de</strong> 1766 e assim coocehiùo : - Priihibo que nos reqr?eri-<br />

menlos para as ditas con8rmapões por succ~sfãrt, ou para as<br />

marcbs <strong>de</strong> r7eriõca@u <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>s, se produzam certidõa, ou docu-<br />

mentos alguns, nem ain<strong>da</strong> <strong>da</strong> Torre do Tombo, reduzrndo-se<br />

os rructessores a exhiliirern sómente as sdrt?ditus ca@m oripi-<br />

aaes dos seus immediatos antecessorei;, aos quaes preten<strong>de</strong>rem<br />

strcce<strong>de</strong>r ; o &m dtUm m<strong>da</strong> wu.k pie níio sejam os documm-<br />

tos t& or@))(w, que necessarios forem para legitimarem<br />

as suas pessoas em or<strong>de</strong>m as ditas succe~~õ~s,- e que ignal<br />

disposipãn se encontra ao 5 4." do alvara ds 20 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong><br />

1826, nos seguintes termos : - E tomando em consi<strong>de</strong>rasZo a<br />

oecessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> proscrever abusos, que soa informado brerem.se<br />

slgumas vezes intro<strong>da</strong>zido n'esta materia em prejoizo <strong>da</strong>s partes<br />

If

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!