P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa
P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa
P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
d<br />
maio <strong>de</strong> 4866, que não. foi revogadq e que está hoje a abrigo do<br />
actual codigo civil, artigo f :753.* nnico e k762.O :<br />
Conce<strong>de</strong>m a revista pelas r* indica<strong>da</strong>s ; annullam a <strong>de</strong>-<br />
cisão <strong>de</strong> direito do aecordão recorrido, 8 na conformi<strong>da</strong><strong>de</strong> dos<br />
artigos i:i6i.* e I:f7i.a do COI~I~II do processo civil, man<strong>da</strong>m<br />
que a eausa seja remetri<strong>da</strong> a relação <strong>de</strong> <strong>Lisboa</strong>, d'on<strong>de</strong> veio,<br />
para ser novamente julga<strong>da</strong> por juizes diversos dos que intervieram<br />
na <strong>de</strong>cisão recorri<strong>da</strong>. - Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alves <strong>de</strong> Si - Cun<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> FornbS - Agnilar, vencido - Campos Hanriqnes. - Fui<br />
presente, Seqneira Pinto.<br />
Admiteri* : - pello oommetdldo amtee <strong>da</strong> iepa-<br />
sagno jndieid dos comiages, e qme fak apre-<br />
c8ado pelo conselho <strong>de</strong> farnilfrr ns reepecti-<br />
vr acqão, n&o po<strong>de</strong> o marldo querelar, mas<br />
i5mt peh cmpunettfcfo <strong>de</strong>pcrir.<br />
Nos autos crimes <strong>da</strong> relqão <strong>de</strong> <strong>Lisboa</strong> (3.0 dislricto criminal,<br />
ã* vara), recorrente Maria <strong>da</strong> Gloria, recorrido Antonio José<br />
Sampaio, se proferiu o aecordão seguinte :<br />
Aeocir<strong>da</strong>rn em conferencia os do conselho no sapremo tri-<br />
bunal <strong>de</strong> justiça :<br />
Mostra-se d'estes autos, qoe o recorrido, separado judicial-<br />
mente <strong>da</strong> recorrente sua miiliir.r, a requerimento d'esta, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
10 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 187k, nr fl. E3 at8 k $6 v., requereu em Otfi<br />
<strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> i875 ao juizo <strong>de</strong> direito do 3." districto criminal a<br />
forrnagão <strong>de</strong> corpo <strong>de</strong> <strong>de</strong>licto indirecio contra ella e Jose <strong>da</strong> Cos-<br />
ta, ou Jo@ Pedro <strong>da</strong> Costa. :i:a querelar conrra ambos, pelo<br />
crime previsto no artigo &O! .: Z. 55 do codigo penal ;<br />
Mostra-se que <strong>de</strong>pois .!r . . :.* o dito corpo <strong>de</strong> ddliclo Pm 9<br />
<strong>de</strong> setembro do referido airi.' r:.- 1. 59, o recorrido, repro<strong>da</strong>zin-<br />
do no requerimento 8. 67 ri i; --. ado no <strong>de</strong> E. 2, querelou a fl.<br />
68 em 20 do mesmo mez e ân,i;,, r o ministerio publico a fl. 76<br />
no dia seguinte, contra a8 dua : p~ssoas ja iiidiça<strong>da</strong>s :<br />
itfostra-se que <strong>de</strong>pois <strong>da</strong> oronuneia 8. 93 v. e 97 v. o que-<br />
relado J6sê Pdro <strong>da</strong> Copia apgravon <strong>de</strong> peiiçio para a rela@~,<br />
on<strong>de</strong> pelo aecordào fi. I%$ lhe foi <strong>de</strong>negado provinientu, c recor-<br />
reoáo <strong>de</strong> revista a 8. i48 esta fui no accurdão fl. 1.52 v. jnlga<strong>da</strong><br />
<strong>de</strong>serta e não segui<strong>da</strong>, por fali.;& <strong>de</strong> preparo e <strong>de</strong> allegago sobre<br />
impedimento para a sua exp&içao;<br />
Mostra-se que a querela<strong>da</strong>, boje recorrenki, tanibem aggra-<br />
vou <strong>de</strong> yetiçào a fl. 16i para a relafão, qne no accordào 8. 167<br />
r. Ibe negou provimento, interpondo logo a revisra 0. 169, <strong>de</strong><br />
que agora ha a couirecer ;<br />
Consi<strong>da</strong>rando, porbm, que o recorrido na sua petição 8. %<br />
<strong>de</strong>elaron, gne a recorrente eomcçoo a commetter o crime <strong>de</strong><br />
adolkrio na travessa <strong>de</strong> Sanio Amaro o.* 17, fregoaia <strong>de</strong> Santa<br />
Izabel, quando como sua mulher nbi com elle residia, mas<br />
qne <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> sua ssparaçào judicial foi viver na ma <strong>da</strong> Rosa<br />
n.* 100, e ultimamente na rua direita <strong>da</strong> Graça n.0 g6, pondo em<br />
arnbas as partes taberna, e vivendo em mancebia escan<strong>da</strong>losa<br />
com o dito Costa ;<br />
Consi<strong>de</strong>rando qae contra o adulterio commettido ante* <strong>da</strong><br />
separação judicial requeri<strong>da</strong> a 0. 11 v. pia reenrreote, e contes.<br />
tado a A. 15 pelo recorrido do rraado ahi ailegado, e que foi afiraciado<br />
pelo conselho <strong>de</strong> família a Ii. 25 v., não podia qnerelar-se,<br />
por estar esse meio criminal prejudicado Ia forma <strong>da</strong> cantestr@o<br />
do meio civil aote.orrneoL8 inientag segundo a dispasi-<br />
@o do codigo civil artigo :E09.*, e do codipú penal artigo $02.)<br />
Consi<strong>de</strong>rando que, em tal caso, cessou a competencia do<br />
jiiizo <strong>de</strong> direito do 3P distrícto criminal para proce<strong>de</strong>r, como<br />
proce<strong>de</strong>u, qnanto ao facto do adultario anterior a separação<br />
conjugal, e a respeito do masmo crime posterior a essa separa-<br />
@o era competente sómente o juizo criminal, em cujo districto<br />
fosse a mora<strong>da</strong> <strong>da</strong> recorrente ao Tempo d3 inslau~ação do proresso<br />
eonrra ella, isto é, o juizo <strong>de</strong> direito do districto criminal<br />
a que pertpnc.ews a rua direita dx Graça, segundo a competsnria<br />
estabeleci<strong>da</strong> no artigo 8%.* ãa reforma jodicirria <strong>de</strong> Et <strong>de</strong><br />
maio <strong>de</strong> IR4i ;<br />
Cnri'ri<strong>de</strong>rando que u accordà~i 8. i39 o50 fixou tiem podia<br />
fixar a cornpetsnzia, rendo eoxrii, ?r.i e é incomp+lente o juizo<br />
ùe direito do 3.0 dia1ric:o criir: .:.! para receber r~uerela por facto,<br />
corriquanto iiconlecido ;!e:::r, <strong>da</strong> area <strong>da</strong> sua jurisrlie~ão,<br />
ja reniettidu ou cnnio tal c~tnsidrrsdo assim como para conhecer<br />
do crime commptti30 em ni:t;o di-tricto criminal, s sem o<br />
reo qualquer ser acha60 no