11.05.2013 Views

P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Consi<strong>de</strong>rando qoe a concessão <strong>da</strong> Bança pedi<strong>da</strong> pelos recorridos,<br />

para se livrarem soltos, foi fortemente impugna<strong>da</strong> pelo<br />

ministerio polilito, altsnta a uature?ta do srims e suas consequencias,<br />

segundo oonsta dos exames directos e <strong>de</strong> sani<strong>da</strong><strong>de</strong>, e<br />

pelos mesmos fun<strong>da</strong>mentos foi in<strong>de</strong>feri<strong>da</strong> no <strong>de</strong>yachq fl. i2,<br />

<strong>de</strong> gns se aggravou por instrumento para a relapo do Porto ;<br />

Conái<strong>de</strong>ranilu qns o referido crime, pelo qual foram proamcíados<br />

os recorridos, nos termos do artigo 36l.o o.* 6.0 do co.<br />

digo penal, e punído cum a pena <strong>de</strong> <strong>de</strong>gredo temporario ;<br />

Consi<strong>de</strong>rando qae nas crimes em que a pena correspon<strong>de</strong>n-<br />

te, ~egnndo o codigu penal, fui o <strong>de</strong>gredo, os, criminost;s ser50<br />

sempre presos sem qne Ihes seja permittido livrar-se soltos sob<br />

fiança, ou a pena seja perpetoa o11 s8ja iemporaria, aomo expres-<br />

samente <strong>de</strong>termina o <strong>de</strong>creto <strong>de</strong> 10 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1852, arti-<br />

go 3.* Di@ 4.0 ;<br />

Consi<strong>de</strong>rando, finalmente, que o accordão recorrido, prq-<br />

veado aos reccrridos, fez a espeeíe dos aoaos applicaeo manr-<br />

festamante erra<strong>da</strong> do.artigo 18.* do ccidigo peaal, uorqae o re-<br />

ferido crime não podia ter outra qurli6icaqã0, nos termos ex-<br />

postos :<br />

Por estes fno<strong>da</strong>mentnq e em conl&rmi<strong>da</strong><strong>de</strong> com a lei <strong>de</strong> i9<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>zembri~ <strong>de</strong> I863, artigo I: g E.*, conce<strong>da</strong>m a revista, annullam<br />

o aceordio recorri<strong>da</strong> e man<strong>da</strong>m que os aato5 baixem B<br />

rela&io do Porto, para que, por dlfferantes juizes, se dd a <strong>de</strong>vi<strong>da</strong><br />

&ecn@o a lei.<br />

<strong>Lisboa</strong>, 90 <strong>de</strong> nov~rntro <strong>de</strong> 1875. - Campos Henriques -<br />

Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fornos - Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alves <strong>de</strong> Sa - T7iscon<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

seabra - Pereira Leiie.. - Fni presenre, Sequeira Pinto.<br />

(D. do O. 31.' 101 & 1876).<br />

me<strong>da</strong>tearaiemtoa: - peta eant~af'aegfia <strong>da</strong>a àe<br />

conipos8q:io sccpets, ara aacaorZsti<strong>de</strong>s n'ee<br />

te reano, e <strong>da</strong>a peipeattvar* mrroms, a8o po<strong>de</strong>m<br />

os seas Imvento~es nr'elle intent-ar proceseo<br />

c~lmiael.<br />

Nos autos crimes <strong>da</strong> relação <strong>de</strong> <strong>Lisboa</strong>, %.a disiricto crimina[ ;<br />

recorrente, Jos.4 Joaquim Rey ; recotridos, Felix Dehant, e o<br />

ministerio publico, se proferiu o awordão seguinte :<br />

Accor<strong>da</strong>rn os do conselho em conicrencia no supremo tri-<br />

banal <strong>de</strong> jnstip, etc.<br />

Mostram estes autos em que i! recorrente José Joaqnim Rey,<br />

pharmacentico, morador no largo <strong>da</strong> Corpa Santo, n.' 19, 2.0<br />

an<strong>da</strong>r, e recorrido Pelix Debaui, goe se diz mebico e pharmacen-<br />

ti.co, moradqr em Paris na rua do Faubourg Saint-Dinis, n." 1k7,<br />

ter este apr&çeotado em jnizo a petição Q. 2, na qoal, allegando<br />

ter inventado nmas pilulas do toa composir$@, <strong>de</strong>nomina<strong>da</strong>s pargativas,<br />

qoe fabricava na sns pharmacia, tendo d'dtas feito <strong>de</strong>posito<br />

no tribunal commercial <strong>de</strong> <strong>Lisboa</strong>, e feito annuncig-as<br />

nos jomaes do commereio e do governo, e invocando, na quali-<br />

<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ci<strong>da</strong>dão franco?, o tratado oor~ a França, ralidcado pela<br />

carta <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> jnlho <strong>de</strong> 1867, acausava Q recorraate <strong>de</strong> contra-<br />

fazer apuelie seu produeto e marca, expondo-o assim & vun<strong>da</strong><br />

publica, e exportando-o, no qoa vi<strong>da</strong>va ns seus direitos <strong>de</strong> pro-<br />

urie<strong>da</strong><strong>de</strong>, e se achava iocnrso nas peoas dos artigos m.0 # 2.e<br />

'e 459: do codigo penal. Pedia om oanelasão que se proce<strong>de</strong>sse<br />

a nma busca e apprehenGo na pharmacia e na casa <strong>da</strong> habik.<br />

ção do recorrente, aon<strong>de</strong> <strong>de</strong>veriam acbar-se os objectos e v&.<br />

gios ùo crimg e seguiùarnente o corpo <strong>de</strong> <strong>de</strong>lido, para elle ser<br />

a final punido como <strong>de</strong> direito fosse.<br />

A & 13 lavrou-se um auto <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>da</strong>ra~o do recorrido, em<br />

qae se reproduzia a petição 0. 12, e a 8. 17 ijesigrian-se dia para<br />

a bosca, com assistencis do ministerio publico.<br />

Segnia-se a bneca, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 0. 18 a fl. 26, <strong>de</strong> cojos autos GOOSta<br />

terem-se apprebendido cargas, papejs, livros <strong>da</strong> escripturaqão<br />

do recorrente, na, cepo e urna consa a que chamaram balanceira,<br />

aprecia<strong>da</strong> no mame fl. 29, que conclue por <strong>de</strong>c1rrar que pn.<br />

dia servir para a marcoçáo <strong>da</strong> cap~uta <strong>da</strong>s rolha <strong>da</strong>s gari;il;~.<br />

e frascos, bveado as peças <strong>de</strong> ferramenra complementares. .\i.b<br />

se acharam nem apprehen<strong>de</strong>ram pilulas nenbumas, nem caisas<br />

d'ellas, quer provin<strong>da</strong>s <strong>da</strong> pharmacia Dshaut, quer <strong>da</strong> pharma.<br />

eia lisbnnense.<br />

Os papeis e livros apprehendidob, que <strong>de</strong>viam fazer parte<br />

integrante d'este praca'so, pelo ~rc~eaito do artigo 916." 8 &: <strong>da</strong><br />

novissima reforma judiciaria, nfto se acham n'ellr, e nem o laborioso<br />

exame <strong>de</strong> paritos qtie n'elles se fez, e terminou a B 47<br />

no quarto día, podia ter outro objeeto qoe não fose esculber<br />

d'elles os qne tivessem relação com as provas <strong>da</strong> culpabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

do recorrente, para serem snbm~ttidos a apreciaç50 dos juizes.<br />

Posto que nos <strong>de</strong>spachos fl. 49 a fl. 66 se man<strong>da</strong>sse Frme<strong>de</strong>r<br />

ao exame <strong>da</strong>s pilulas, nomeaudo.se como períhs dois litho.<br />

grapbos, os autos <strong>de</strong> exame ff. St e 0. 68 mostram qQe n'elles<br />

não appâreceram pifulas nenhnmaç, e apenas uma caixa <strong>de</strong> as<br />

ter, Leva<strong>da</strong> <strong>da</strong> pharmacia Barral, e oulras qne se disseram proa<br />

vin<strong>da</strong>s <strong>da</strong> pharmacia lisbooense, e to<strong>da</strong>s apresenta<strong>da</strong>s pelo reecrrrido<br />

por meio <strong>da</strong> petição fL $8, e termo <strong>de</strong> apresentação ff.<br />

58 v, Piem os lithogr~phos tinham oomp~teacia iiephama para O<br />

exame a confrontaçao e analyse <strong>da</strong>s prlulas, se d'isso se tratõ.rse.<br />

Dando-e vista ao ministeria pnblico a 0. 73, proaioven elle,<br />

qae as piloias conti<strong>da</strong>s nas caixas a que os exames se referiam,<br />

fossem submetli<strong>da</strong>s a competenle analgse chimiea, e exame<br />

medieo-legal, a fim <strong>de</strong> se averiguar, mmparan<strong>da</strong>-se com as <strong>de</strong><br />

Dehant, se eram contrafeitas e falclifica<strong>da</strong>s, com relago a estas;<br />

C

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!