11.05.2013 Views

P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

538 accoa~kos no SUPREMO<br />

<strong>Lisboa</strong>, $3 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1877. - Rebello Cabral - Oli-<br />

veira, vencido - Menezes, vencido-Lopes Branra. - Tem VO-<br />

to do juiz viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Seabra. - RebelIo Cabral.<br />

(D. do G. n.' 1 <strong>de</strong> 4878).<br />

PerJarie : -para se <strong>da</strong>r este argme nka ba~trt<br />

qae a testsmnahtr, qne *e dSz perjnra, seja<br />

contradita<strong>da</strong> ~ O ootiraa. P<br />

Nos antos criincs viuiloi ila rclaq5o do Porto, recorrenle Claadi-<br />

na Maria Teixeira <strong>da</strong> Costa, recorrido o ministerio publico, se<br />

proleriu o accordáo seguinte :<br />

Accor<strong>da</strong>m em conferencia os do mnselho no supremo tribunal<br />

<strong>de</strong> jusliça :<br />

Mostra-se dos autos qae a recorrente foi urna <strong>da</strong>s iesternunhss<br />

<strong>de</strong> aceusa@u, no processo que se jalgou ein audiencia geral<br />

<strong>da</strong> comarca <strong>de</strong> Valle-Passos, no dia 9 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1876, em<br />

que eram aecnsad~ pelo crime <strong>de</strong> furto avaliado eni 94600 reis<br />

os réus Jos8 Joaqoim Ribeiro, sua mulher e filhos ;<br />

Mostra-re mais, que ,a requerimento do ministerio pnblicci<br />

se propuz ao jury o qasstro, se a recorrente se achava em perjurio<br />

no <strong>de</strong>poimento que tinha prestado no referido processo,<br />

quesito que foi resolvido alíirmativarnenle pelo jury;<br />

Mostre-~e, finalmente, que a recorrente é accusa<strong>da</strong> n'este<br />

processo pelo crime <strong>de</strong> perjurio, punido pelo artigo 938.9 9 3.'<br />

do codigo penal ;<br />

Atlen<strong>de</strong>ndo a que pelo anto 8.3, que servo <strong>de</strong> corpo <strong>de</strong> <strong>de</strong>licto<br />

n'esk? processo nos termos <strong>da</strong> artigo õSao <strong>da</strong> reforma judiciaria,<br />

alo se verificam os elementoii essencialmente coustitolivos<br />

do crime <strong>de</strong> perjurio, porque jurando a recorrente que viu<br />

perpetrar o referido furto, e sendo contradita<strong>da</strong> pelas duas tesremunhas<br />

Clara Pereira e dona Maria, não é sómente por essa<br />

contradição entre os dois <strong>de</strong>po:mentos que a recorrente se po<strong>de</strong><br />

dizer incursa no crime <strong>de</strong> perjurio, visto que dm antos não eonsta<br />

nem se @<strong>de</strong> verificar, w foi a recnrrente ou as duas referi<strong>da</strong>s<br />

testemunhas as que perjuraram ;<br />

Aiten<strong>de</strong>ndo r que o <strong>de</strong>poimento <strong>da</strong>s duas menciona<strong>da</strong>s testemunhas<br />

nenbuma fé pó<strong>de</strong> fazer em juizo, pela contradiçáo palpavel<br />

que se nota entre o <strong>de</strong>poimento oral, e o seu anterior<br />

cri~lo no Procenso preparatorio, em que juraram em conformi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

mui a recorrente ;<br />

Atten<strong>de</strong>ndo a que a recorrente jurou sempre uniformemeute<br />

a0 Processo pieparatorio do referido crime e na audiencia<br />

geral, nào havendo portanto contradição em seu <strong>de</strong>poimento <strong>de</strong><br />

que po<strong>de</strong>sse resultar a crime <strong>de</strong> perjurio;<br />

Aiten<strong>de</strong>ndo, finalmente, a que sem corpo <strong>de</strong> <strong>de</strong>liclo, que v?rifique<br />

necessariamente os elementos essencialmenb wnsliRtt-<br />

TRIBUNAL BY JUSTICA. - $87 7<br />

vos do facto criminoso, não pó<strong>de</strong> instaurar-se processo criminal<br />

segundo o artigo YCII.~ <strong>da</strong> reforma jiillil:iaria, artigo 18.0 do eodigo<br />

~ienal e lei <strong>de</strong> f 8 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> lfi'ci, artigo 13.0 n.* %.O :<br />

Por estes fun<strong>da</strong>mentos e violaçao <strong>da</strong>s leis cila<strong>da</strong>s conce<strong>de</strong>m<br />

a mviata, e julgando <strong>de</strong>finitivamente sobre os termos c formali<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

do processo, em coobrmi<strong>da</strong><strong>de</strong> com os artigos 2.0 e 6.0 <strong>da</strong><br />

lei <strong>de</strong> 49 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 18k3, annullam o processo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o seu<br />

principio e man<strong>da</strong>m que os autos baixem a 1.~instanoia para os<br />

efleilos legaes.<br />

<strong>Lisboa</strong>, t <strong>de</strong> dzzembro <strong>de</strong> (877. - Campos Hcnriqaes -<br />

Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alves <strong>de</strong> Sa - Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Seabra - Agoilar. -<br />

Tem v010 do eonselbeiro Oliveira, Campos Henriqnes. - Foi<br />

presente, Seqneira Pinlo.<br />

(D. do C. n.* 16 & 1878).<br />

Arrematec.'io : - erie execripibes em que 0s<br />

esecofl~dosi reiiooeirram o Pôr0 <strong>da</strong> men do-<br />

mieilio, <strong>de</strong>ve fazer-se no juizo <strong>da</strong> execa-<br />

9.5' e nAo mo <strong>da</strong> eiiiaç5io doa beum.<br />

Nos autos eivei', vindos <strong>da</strong> relaçào <strong>de</strong> <strong>Lisboa</strong>, t.' remrrentn o<br />

goveroador <strong>da</strong> companhia piiral <strong>de</strong> cr'edito predial portuguel,<br />

2.0~ recorreales Antooio Piaiho Casqueiro e soa mulher, se<br />

piaferiu o accordão seguinte :<br />

Aecoràaru os do conselho no supromo tribunal <strong>de</strong> justiça :<br />

Xostra-se dos autos que promovendo o governador <strong>da</strong> com-<br />

panhia geral <strong>de</strong> credito predial porluguez exeeuçio bypotbeca-<br />

ria no jnizo <strong>de</strong> direito <strong>da</strong> 4: vara d'eaa ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, contra Antonio<br />

Fialho Casqueiro e sua mulher, se arrm-nataram na praça dos<br />

leilòes algumai <strong>da</strong>s proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s bypolhsca<strong>da</strong>s ;<br />

Yostra-se mais que tendo <strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r-se a arremata@o <strong>da</strong><br />

outros bens, requereram os executados que se aonullassem as<br />

arreuiatações ja feitas, e se suspcn<strong>de</strong>sseui as outras, p-ando-<br />

se yreeatoi'ia para o juizo <strong>da</strong> situação do5 bens <strong>da</strong> villa <strong>de</strong><br />

Moura;<br />

Mostra-se mais que ;i peti@o a. i7 foi in<strong>de</strong>feri<strong>da</strong> pelo <strong>de</strong>s-<br />

pacho fl. 2t r., e que aggrarantla os executados por perigo para<br />

a relagào <strong>de</strong> <strong>Lisboa</strong>, se proferiu o aceordão ti. 33 qne proveo os<br />

aggraeaoles em parte, <strong>de</strong>negandd-lhes provimento n'outra, e é<br />

d'este acetirdào que recorreram em revisla o exequeote e Os exe-<br />

cutados pelos leitoos <strong>de</strong> R. 37 e 39 ;<br />

Consi<strong>de</strong>rando que cumquanto seja principio incanteslatel<br />

que para estes processos B competente o juizo <strong>da</strong> situa o dos<br />

bee a ia<strong>da</strong>vir certo que a rrecugio correu oo jnizo <strong>da</strong> 8 vara<br />

d'esa ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, differenie do <strong>da</strong> situação dos bens hypothecados ;<br />

Consi<strong>da</strong>rando que o.< executados renunciaram o fôro do seu<br />

domioilio, como co<strong>de</strong>ssam na petição <strong>de</strong> aggravo fi. k, couves-

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!