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P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

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ACí:OitD&OY DO SUPREMO<br />

rança indivisa, nh 56 vista a expressa disposição do ariigo liO.*<br />

g %.O do rwulamenlo <strong>de</strong> %S <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> t870, que exige a ciiatão<br />

<strong>de</strong> tmlos os iiii~:ressbdos activa e passivamente; mas dos artigos<br />

e:Oli.@. !ilrN'l.: 2083.0 a 2W.> que apenas fazem as cabeças<br />

do casal indiriso simple, administrador d'elle, <strong>de</strong>nqaudo-lhe<br />

a facnl<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> intervirem sem citação <strong>de</strong> todos os her<strong>de</strong>iros nas<br />

qnesr6e$ do dominio ti Das ten<strong>de</strong>ntes a <strong>de</strong>sfalcar o casal, o qQe<br />

se v& claramenfe do artipo %:&~L.o do codigo civil.<br />

E porquanto não foram cikdos para o projeclado <strong>de</strong>sfalque<br />

do casal indiviso 60 IaHeoido con<strong>de</strong> do Farrobo iados os interessados<br />

n1e1le, falta que se não soppre pela eitaç3o <strong>da</strong> viova, cabeça<br />

do casal, e cujas iaenlãa<strong>de</strong>ç se teçtringeni a couserval-o e<br />

administral-o, e e falta <strong>da</strong> primeira eitago, conlra a qual ella<br />

reclama, é nulli<strong>da</strong>dc inmpprivel pelo preceito do artigo #30.' do<br />

codigo 30 processo civil, e ain<strong>da</strong> pelo artigo 131.~8 unieo.<br />

Portanto, provendo no aggravo, <strong>de</strong>claram uullo o accordão<br />

recorri:to R indo o rrtais prneeraado, a jolgado nos autos a que<br />

str relerem as certidões que serviram para instruir &te aggravo,<br />

salvos os documentos, e c!on<strong>de</strong>innam a agrava<strong>da</strong> nas custas.<br />

<strong>Lisboa</strong>, 9 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 187'7.- Oliveira .- Rebello Cabra]<br />

- Lopes Branco.<br />

íU. do G. n.* 279 <strong>de</strong> 1877).<br />

~9s" ieh~ crartsrr ~~&miR3lrl : - W64iW ?:8yt:3.1<br />

@F:P &~i3e2edle~~~ 6. afies ei:~ nrp%= eu ,m?:as<br />

c ia -?e ?o e*Sj~ie -:e 31~iaTcilC~a .R$.;. se r; 13- *i1 R<br />

.c. sc:r..aswwqexta ariepalli ers rqei'e',.s;i, <strong>de</strong> O -e9,<br />

qt-a r-cio gr~bno~ua fnarol sshi- p,-31 :E$ a -r%<br />

sait rriz8a c &e eouhedmemte do mal qme<br />

fazia.<br />

Nas anios crimes <strong>da</strong> rslaçRo <strong>de</strong> <strong>Lisboa</strong> (comarca <strong>de</strong> Leiria), re-<br />

corrente Joçé Ricardo Gallo, rerorrido o ministsrio publico, se<br />

proferiu o segnink amordão :<br />

Aewr<strong>da</strong>rn em conferencia as do ~oneelbo no supremo tribunal<br />

<strong>de</strong> jasu'p :<br />

N'stes autos, em qne B rearrenta 105.4 Ricardo Gallo s recorrido<br />

o ministerin publico, vem o reeorreule con<strong>de</strong>moado na<br />

peoa d1.8 prisio maior cellular fiar oito aunos, segt114a ile doze<br />

annm dn <strong>de</strong>gredo em Abim (1.' classe), e em klternativa em<br />

Lrabaltins perpetuas no ulirama- pelo crime <strong>de</strong> hornicidiq occorridn<br />

na maahii <strong>de</strong> 2 <strong>de</strong> rriarw <strong>de</strong> 1875. na Desoa <strong>de</strong> seu cuii!mlo<br />

Joaquim Pereira RrddHo, ifrtpnis <strong>de</strong>, no accordão 1:çério<br />

<strong>de</strong> 8. ti- se ter nwadli !~r~~-tirnenli, ai] aggrhvo rio aiato drt prc,,<br />

ccr~o r$-lalivo i :3efieieucia dos qllesito~ fl. 94, por aio compre-<br />

hen<strong>de</strong>rem .a parte principal <strong>da</strong> <strong>de</strong>teza do recorrente, e recusa<strong>da</strong><br />

n admissão do qaesilo a fl. i07 qne a comprebendia.<br />

No dito accord5o inkrlocuturio consi<strong>de</strong>rou-se que o primeiro<br />

quesitu dos <strong>de</strong> fi. 94 exeluja outros e especialmenle o proposio<br />

a fl. 107, por se ter n'elle pergunta<strong>de</strong> ao jnrg se o recorreore<br />

disparou o tiro <strong>de</strong> que resultou a morte qolantariarnenle;<br />

Consi<strong>de</strong>rando, porém, que a responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> criminal nao<br />

nasce çOmente do lacto material Ler sido voluntariamente praticado<br />

pelo auctor d'elle, como é expresso nos artigos 1b.O e 33.v<br />

do codigo penat, porque os loucos <strong>de</strong> qoalqoer especie não po<strong>de</strong>m<br />

ser criminosoa, nem os menores <strong>de</strong> sele annon, posto que<br />

tenham vonk<strong>de</strong>, nem mesmo os <strong>da</strong> qnatorze annoe, se n30 ?&em<br />

d. neeessario diecernimeoio, os ebrios <strong>de</strong> embriague$ casual a<br />

completa, porque todos mtes, apesar <strong>de</strong> terem wnta<strong>de</strong>, são eriminatroente<br />

irrcsponsaveis pelo aclri commeltido, se no mornento<br />

<strong>de</strong> o praticarem não tinham conaeiencia do mal que faziam;<br />

Consi<strong>de</strong>rando que a <strong>de</strong>lcza do recorranle, na contestar;àu <strong>de</strong><br />

tl. 50, se resornia li<strong>da</strong> em. exriuir a responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> criminal,<br />

porque no mouiento do iaclo mali.rial, que se Ibe atlribuia, esbva<br />

fotalinei~le privado dã sua razão e do conbecimentr, 30 mal<br />

que fazia, como se v& doe artigos 2.' e 6.0 <strong>da</strong> contestação, eon-<br />

lendo todos os mais materia att~nente a levar ao conhecimento<br />

do jurv. F! a sua eonvicpão que elle no momento em que o iiro<br />

se disiaron estava tdlalmente privsdo <strong>da</strong> sna raão e do conhe.<br />

cimento do mal que fazia;<br />

Consi<strong>de</strong>rando que os quesi!nc E. 98 ficaram incompletos e<br />

<strong>de</strong>ficientes por não comprebeb. i.Tsi tn<strong>da</strong> a roateria-<strong>da</strong> <strong>de</strong>faa,<br />

e a princiliai e indispensavel ;r .i . juizes ds ilireito sobre a<br />

respmra do jury, quanto a rll:i, :iA: iildn fosse negativa oir afirmativa,<br />

po<strong>de</strong>reril proferir unia s~.i>t:?flgt ju<strong>da</strong> t: legal *em se' arriscarem<br />

a impcjr a um bomem privado <strong>da</strong> ruão no niiinientri<br />

em que praticou o facco material, base <strong>da</strong> accosagão, unta pena<br />

ravissima que o codigo penal sxelae, se o jary respon<strong>de</strong>sse arfrmaivameote,<br />

que o recorrente estava privado <strong>da</strong> soa razáo G<br />

eonbecimenlo do mal que resultava do facto malerial ;<br />

Consi<strong>de</strong>rando que o quesito ti. 407, infelizmente rejeitado,<br />

era justamente o que resumia to<strong>da</strong> a <strong>de</strong>bza do recorrente, e habilitava<br />

os jnizes a proferirem sentença justa e legal, conbrmi..<br />

fosse o wer~ictwm au jury, e dispensava o quesito 3.0 e seguioles<br />

por inureis ou imperlinentei., e evitava a Ia1 ou qual contra.<br />

dicçào que se nota r~lre a resposa ao quesito i.* e a <strong>da</strong>ta ao<br />

quesita 6~, em que o jury aprecia o estado babilual do rmr.<br />

renle no QEO <strong>da</strong> sua razão;<br />

Consi<strong>de</strong>rando, finalmente, que pur <strong>de</strong>ficiencia dos quesitos<br />

6 insanaveimenie nullo o processo erimirial, nos termos <strong>da</strong> lei<br />

<strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> julho <strong>da</strong> IR65, arcigu 13.", o.* i 1 .o :<br />

Portanto, conce<strong>de</strong>ndo a rcrim e julgando <strong>de</strong>fini8ivamerite<br />

em execoçso dos artigos 2.0 e 6.0 tla lei <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zeinhro <strong>de</strong>,<br />

1853, annullani o procassdo r julgado <strong>de</strong><strong>de</strong> 8. 9h ínelusiva-

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