11.05.2013 Views

P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

ino? çó a registou em 89 do mesmo mez e anuo, onze dias <strong>de</strong>pois,<br />

docnmenlo 0. 117.<br />

Mostram ain<strong>da</strong> os autos, que B n'esta priori<strong>da</strong><strong>de</strong> que o segando<br />

cr-edor fun<strong>da</strong> o seu direito, <strong>de</strong> preferir ao primeiro, e i<br />

unicamente n'ella que se fun<strong>da</strong> a sentenga <strong>da</strong> primeira instancia,<br />

que o proferiu, e o aeeordão <strong>da</strong> relaçio, que a confirmou e<br />

do qual foi interposta a revisla.<br />

Consi<strong>de</strong>rando, porém, que na escriptnra <strong>de</strong> I8 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong><br />

187i, na qnal o <strong>de</strong>vedor commum garantiu com hypothecas, ao<br />

segnndo credor, a sna divi<strong>da</strong> <strong>de</strong> 6008000 reis lhe <strong>de</strong>clarou ,que<br />

esses mesmos bens qne lhe hypotbecava, se achavam ja hypothecados<br />

a outros credores, o que foi aceito por elle, como se<br />

FB <strong>da</strong> menciona<strong>da</strong> escriptura a tl. 94, i5 evi<strong>de</strong>nte que a bypotheca<br />

d'este segundo credor ficou consistindo noicaniente nos sobejos<br />

que restassem dos predios hypolhecadog <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> pagos<br />

os credores a quem primeiro o tinham sido; e<br />

Consi<strong>de</strong>rando qae não só nào ficarão sobejos alguns, mas<br />

que nem ain<strong>da</strong> os prediols hypothecados chegarão para pagamento<br />

do primeiro credor, pois que prucedondo a execução por<br />

elle promovi<strong>da</strong>, para pagamento <strong>da</strong> quantia <strong>de</strong> 1:93761%% reis,<br />

foi o predio arrematado pela quantia <strong>de</strong> 1:4FjOL000 reis, faltando<br />

ain<strong>da</strong> por isso? para o total pagamento do capital em execn-<br />

@o, 487&192 reis, é evidcnte que o segundo credor nao tem<br />

hypothtiea <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> alguina que garanta o seu credito, e<br />

nào po<strong>de</strong> por isso disputar preferencias, com a primeiro credor,<br />

que registou a sua ewriptura <strong>de</strong> hypotheca em 13 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong><br />

1868 e a tornou <strong>de</strong>pois a registar em 29 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1871, nos<br />

livros relorolados, documento <strong>de</strong> fl. 117.<br />

Acresce ain<strong>da</strong> que sendo o certificado extrabido do registo<br />

<strong>da</strong>s escripturas bypotbecarias, um documento authenlico e qne<br />

em f4 pnblica, oenhutna lei o <strong>de</strong>clara nullo ou inefficaz, por ter<br />

sido <strong>de</strong>siruido o Livro em que tinba sido feito o registo, e sendo<br />

umbem cerfo que o titalo reformado toma o iogar que OCCU~~- ra antes do acontecimento, que <strong>de</strong>u occasião a reforma, não podiam<br />

<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> se terem em consi<strong>de</strong>raçào estas circumslancias,<br />

para se <strong>da</strong>r cnrnprimeuto as dispor-içòeç do artigo 1017." do COdi@<br />

civil e as do artigo 79." do regulamento do registo predial.<br />

Portana, conformando-se corn as disposifles <strong>da</strong> lei <strong>de</strong> 19<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1843, artigo 1.0, 8 2.q e artigo 3.q couee<strong>de</strong>m a<br />

revista, julgam nullo o accurdão recorrido, par erra<strong>da</strong> applicação<br />

<strong>da</strong> lei, e man<strong>da</strong>rn baixar os auius a relação <strong>de</strong> <strong>Lisboa</strong>, para<br />

por differentes juizes se <strong>da</strong>r cum~ii~imento a lei.<br />

<strong>Lisboa</strong>, 28 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1876 - Menerer - Oliveira - Re-<br />

bello Cabra1 - SA Yargas (vencido quanto ao segnndo e uliirno<br />

fnn<strong>da</strong>mento). - Presente, Vasconcellos.<br />

bi.rema$aeãio : - a dos bem## <strong>de</strong> raiz, por virtm<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> exeooçBo, <strong>de</strong>ve ser feita no foPzo <strong>da</strong><br />

comapca <strong>da</strong> soa aiiulrqiim, sCii<strong>da</strong> que, por o<br />

<strong>de</strong>vedor ae ter obrlgndli, r reeyun<strong>de</strong>r em OUtro,<br />

seja n'elte execahdo.<br />

Nos autos civeis <strong>da</strong> relação <strong>de</strong> <strong>Lisboa</strong>, 6: vara, recorrente Ma-<br />

noel Homem <strong>da</strong> Costa Noronha, recorrido o viscon<strong>de</strong> <strong>da</strong> As-<br />

seca, se proferin o accordão seguinte :<br />

Accor<strong>da</strong>m em conferencia os do conselho no supremo tribunal<br />

<strong>de</strong> justiça, etc.<br />

Mostram sstes autos, em que B recorrente Manoel Homem<br />

<strong>da</strong> Costa Noronha e recorrido o viscon<strong>de</strong> <strong>da</strong> Asseca, ter este pedido<br />

na peticão 0. 18 v+ as jnsties civis <strong>da</strong> comarca <strong>de</strong> <strong>Lisboa</strong><br />

a execução <strong>da</strong> otirigago hypoihecaria, conslanie <strong>da</strong> eseriplrrra<br />

fl. 43 v., em que o recorrente se obrigon a respon<strong>de</strong>r perante el-<br />

Ias, bypothecando to<strong>da</strong>via bens todos sitos na eomarm <strong>de</strong> Torres<br />

<strong>Nova</strong>s ;<br />

Moslrarri mais, (IU~ penhorad~s e IOUVB~OS OS bens hppo.<br />

thecadns por precatorio dirigirto air juizo (18 Torres <strong>Nova</strong>s, pedia<br />

o recorrido a U 30 precâtorio para o juiz presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong><br />

praça dos leilões <strong>de</strong> <strong>Lisboa</strong> para a arrernatação d'elles, o qae<br />

lhe foi <strong>de</strong>ferido no <strong>de</strong>spacho fl. 33 e sustentado no aceordão fl.<br />

36, apesar <strong>da</strong> opposiç&o do recorreote qaa d'elle interpoz e seguiu<br />

em tempo este recurso <strong>de</strong> revista;<br />

Consi<strong>de</strong>rando, porem, que o facto auctorisaão na lei do recorrente<br />

se obrigar a respon<strong>de</strong>r peranfe as justiças <strong>de</strong> <strong>Lisboa</strong><br />

pela obrigação contrabi<strong>da</strong>, r6 a eslaj <strong>da</strong> o direito <strong>de</strong> or<strong>de</strong>oarem<br />

a execução hypolhecariâ e <strong>de</strong> a fazerem effecliva, mas pelos<br />

meios e vias iegães ;<br />

Consi<strong>de</strong>rando que esses meios e vias Iegaes são os precatorios<br />

dirigidos aos juizes <strong>da</strong>s locali<strong>da</strong><strong>de</strong>s em que tenha <strong>de</strong> se proce<strong>de</strong>r<br />

As diligencias necessariâs para se effeetuar a exeeuqão,<br />

segori<strong>da</strong> os prineipios geraes <strong>de</strong> direito, recorihecidos nas leis e<br />

entre estas nos arlipos 197.0, 583.9 e 835.0 <strong>da</strong> novissima reforma<br />

judiciaria, porque a Iei <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m publica, orgsanica do po<strong>de</strong>r<br />

judicial, restridgiu em regra geral, inalteravel por mero arbilrio<br />

<strong>de</strong> quem qne nào seja o proprio legislador, a jurisdicção<br />

dos diversos jnizes coilectivos, ou srligulares aos limiles do Lerri[orio<br />

que a ca<strong>da</strong> uni distribuiti, como é <strong>de</strong> rér c103 artigos I.",<br />

60, 29.q 82." c outros <strong>da</strong> cila<strong>da</strong> novissima reforma jadiciaria, o<br />

que ja assim era pela legisiaç.50 atitipa ;<br />

Coosi<strong>de</strong>rando que o praeiamento e arrernatação dos bens<br />

penhorados são actos e diligencias iudiciaes indispensavais para<br />

se completar a esecoção nio renii<strong>da</strong>, nos yuaes para a sua vali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

tem <strong>de</strong> concorrer o local, o juiz e os empregados subalternos,<br />

que sU ao sen juiz <strong>de</strong>vem ubediencia na respectiva Iamli<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

cita<strong>da</strong> reforma, artigos 600.0 a 603.*;

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!