11.05.2013 Views

P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

P - Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Consi<strong>de</strong>rando qoe a certidão em que esta se baseoa, cuja<br />

regulari<strong>da</strong><strong>de</strong> não estA <strong>de</strong>monstra<strong>da</strong>, porque referindo-se a annoa<br />

sem <strong>de</strong>clarar quaes 8 quaotlis, seria em iodo o caso, tivesse ou<br />

não força <strong>de</strong> sentença, uma sentença tlliqui<strong>da</strong> a que os tríbuaaes<br />

não podiam <strong>da</strong>r execoçiio sem prbvia liqni<strong>da</strong>pão ;<br />

Consi<strong>de</strong>rando que era <strong>de</strong> mais irtelita, porque nãu continha<br />

o necessario e indispensavel para certificar que era uma ver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira<br />

sentença em execu@o apparelha<strong>da</strong>; porque esse caracter<br />

vem <strong>da</strong> lei, e si, <strong>da</strong> lei, e não @<strong>de</strong> ser arbitrariamente substituido<br />

por qualquer auclori<strong>da</strong><strong>de</strong> qne lhe dB o nome <strong>de</strong> sentença<br />

execnioria -<br />

Cai<strong>de</strong>rando que o tribunal, sem se intrometter a conhecer<br />

<strong>da</strong> Legali<strong>da</strong><strong>de</strong> ou illegali<strong>da</strong><strong>de</strong> do lançamento <strong>de</strong> um tributo,<br />

bem ou mal feilo, tem comludo a obrigação e a jurisdicçào precisa<br />

para conhecer do direito com yue se pe<strong>de</strong> um tributo a quem<br />

não tem obrigago <strong>de</strong> o pagar, senão como e quando a lei vigento<br />

<strong>de</strong>lermina; -<br />

Coasi<strong>de</strong>raiido que as pessoas obriga<strong>da</strong>s a pagar a <strong>de</strong>cim?<br />

<strong>de</strong> juros sào senipre os <strong>de</strong>sedores, o qual B expresso no aivara<br />

<strong>de</strong> 14 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1775, 8 3.-, que diz :<br />

*Mando que por nenhum modo se imponha aos credores a<br />

obrigação <strong>de</strong> pagarem a <strong>de</strong>ci- eonlra a Iitterai di~posi~ão do 5<br />

24.0 <strong>da</strong> provi<strong>de</strong>ncia e resoluçao h.* <strong>de</strong> I8 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 176!,<br />

que só a man<strong>da</strong> cobrar os <strong>de</strong>redortis. B Dando no 5 5.0 a mao<br />

d'esia <strong>de</strong>terminac5o;<br />

Consi<strong>de</strong>rando que esta é ain<strong>da</strong> hoje a lci em vigor, nunca<br />

revoga<strong>da</strong>, c pelo contrario expressamente reconheci<strong>da</strong> no <strong>de</strong>ereto<br />

que approvou o regulamenro <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1851, <strong>de</strong>creto<br />

com forca <strong>de</strong> lei, porque 6. auctorisado na lei <strong>de</strong> 413 <strong>de</strong> iulho <strong>de</strong><br />

1850, a quat no artigo 10." diz : ' A <strong>de</strong>cima ou qoinlo <strong>da</strong>s foros<br />

será lança<strong>da</strong> ao eriiphyteuta para este a <strong>de</strong>scontar quandi~ pagar<br />

o faro. A <strong>de</strong>cima ou quinto dos juros seia lança<strong>da</strong> ao <strong>de</strong>vedor,<br />

que a <strong>de</strong>scontara no pagamento do juro, ou carregara com ella<br />

quaado o ernpre'iiimo for cratuito B ;<br />

Consi<strong>de</strong>rando que qriàndo s lei <strong>de</strong>nera a fazen<strong>da</strong> o direito<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong>r ao cred!ir a <strong>de</strong>cima dos juros, quando fez o manifesto<br />

direclo, a nos termos legaes, e man<strong>da</strong> que a haja do rlilrredor<br />

que a <strong>de</strong>scontara no pagamento dus jurns ao credor, oenhuma<br />

auctori<strong>da</strong>do, exceplua<strong>da</strong> o yodct legislativo, unico 13 exclu.<br />

sivamente competente para revogar, inlerpretar aulhentieamente,<br />

ou modificar por qualquer tiirma as leis em vigor, pb<strong>de</strong> usar<br />

<strong>de</strong> nrn direito que ella lhe não <strong>de</strong>u, por arbítrio <strong>de</strong> queni quer<br />

qne seja, ciiinprindo a Lodos aplilical-ar e executa!-as Geluiente,<br />

e com especiali<strong>da</strong><strong>de</strong> ao po<strong>de</strong>r judicial, insli$uiùd para arantir a<br />

liber<strong>da</strong><strong>de</strong> civil, a que mais interessa ã generali<strong>da</strong>& dos ci<strong>da</strong>dãos.<br />

Portanto, jolgando <strong>de</strong>finitivamenl~! sobre lermos e lormali<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

do prncesso, em execuçào <strong>da</strong> lei <strong>da</strong> 19 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong><br />

1%3, artigo %?, e do artigo 1:160.: unicu, do codigo do pro-<br />

cesso civil, cnoc<strong>de</strong>m a revista a reeorreeto direcção <strong>da</strong> companhia<br />

geral <strong>da</strong> aprieultura <strong>da</strong>s vinbas do Alto Doura), jnlgam nullo<br />

todo 11 proci:~s&d~ e jtilpado n'am rxeeugào, ficando assim prejudicado<br />

o recurso do rninistariri publico, quanto 'd questão <strong>da</strong><br />

multa. e man<strong>da</strong>m baixar os atitos ao juizo <strong>da</strong> 1.' iristancia para<br />

os eiieitos Iegaes, e seu1 custas, porque . - a fazen<strong>da</strong> as não <strong>de</strong>vi:<br />

segundo a lei.<br />

<strong>Lisboa</strong>, 7 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1877. -0lireira -Rebello Cabra[<br />

- Menezes - Lopes Branco. - Tem voto conforme do snr.<br />

eonselbeiro viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Seabra - Oliveira. - Prosenta, Vasconcetlos.<br />

Cmiaprnbiri : - na eretn~ão contra aftn <strong>de</strong>ve a<br />

uibagi%o fazer-se ã sen legtllmo sepresciltanre.<br />

Nos aulos civeis <strong>da</strong> relaqãri dc <strong>Lisboa</strong>, 1.a vara, recorrenle Ma-<br />

noel ABooso Esnregueira, director <strong>da</strong> cornpanbia real dos ca-<br />

niinhris <strong>de</strong> ferro portuguetes, fecorridr, Vasco Ferraira Pinto<br />

Bajto, se proferiu o accordào seguinte :<br />

Aceor<strong>da</strong>m os do ennselhi) no supremo tribunal <strong>de</strong> justiça :<br />

Nostra-se que o padre Manoal Gomes Duarle Persira Coentro,<br />

obteudo como empreiteiro rie ohras ale arte na linha fcrrea<br />

do norte, senteiiça no juizo <strong>de</strong> direito <strong>da</strong> 1 .' vare <strong>da</strong> comarca<br />

<strong>de</strong> I,isboa, peta quauiia <strong>de</strong> 16:3%8f.i9 reis, eotii juros e cusfaq,<br />

avaliadus ultimairienre ein 90:065i543OL reis ciinlra a empreza<br />

censtructora <strong>da</strong> dita tinha ou o marquez <strong>de</strong> Salamanca, reprrsentado<br />

por Angelo Arribas Ugarr, seu engenheiro director, ehe<br />

gou a iutentar execução contra Salamanca em Madrid;<br />

Moma-?e que posteriormt:nte, a reqtierirnentci {to dito padre,<br />

se passára nova carta ds sentença com sdva, <strong>da</strong> qual se requerbra<br />

axeeu~ão na mencionarta i.' vara, em iiomr do recorrido<br />

Vasco Ferreira Pinio Basto, comocessionario do padre {aeni<br />

to<strong>da</strong>via se mosirar aqui i, titulo <strong>de</strong> cessão), contra o marqnez <strong>da</strong><br />

Salamanca e Angelo Arribas Ugart, com jtxtifica@o (I) próvi:i<br />

<strong>de</strong> ausencía d'aquelle em parle incerta ;<br />

Mostra-se qne em logar <strong>de</strong> ser citado para pagar au norneaib<br />

bens a penhora o marquez ou Ugarl., seu repreienlao~e, quando<br />

habitiurfu para a exeeuçãn rios lermos do julgado e do cupprase<br />

<strong>da</strong> dita carta <strong>de</strong> seuteriça, ki ciudo o recorrente Manoel Affonco<br />

<strong>de</strong> Espregueira, director <strong>da</strong> cornpanbia real dos caminhos<br />

<strong>de</strong> ferro portupuezes, vindo irninediatamente a oppúr-se coni embargos,<br />

vi~to corao nem elte nem aqudla ciiinpanhia recaberani<br />

citaçào para a cansa. d'on<strong>de</strong> nasceu a sentença exequen<strong>da</strong>, nem<br />

foram abi ouvidus a conveucido~. allegando mais, que a companhia<br />

rral dos caniiribos <strong>de</strong> ferro purtuguezes. como exyloradora,

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!