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Diagnóstico Urbano Socioambiental | Município de Ubatuba - Litoral ...

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Outro dado interessante <strong>de</strong> mencionar, para uma melhor caracterização da ativida<strong>de</strong> econômica, é o Quociente<br />

Locacional (QL). Dados da RAIS e do MTE foram coletados para o cálculo do QL <strong>de</strong> cada setor econômico no<br />

município.<br />

Conforme Silva et al. (2008), para a elaboração <strong>de</strong> critérios <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> aglomerações produtivas locais,<br />

“é <strong>de</strong>sejável elaborar um indicador que seja capaz <strong>de</strong> captar pelo menos três características <strong>de</strong> uma aglomeração<br />

produtiva local: a) a especificida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um setor <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma região (município); b) o seu peso em relação à<br />

estrutura empresarial da região (município) e c) a importância do setor para a economia do Estado” (p.6).<br />

Este exercício realizou-se com base no cálculo do QL. O QL refere-se a um indicador típico na literatura <strong>de</strong><br />

economia regional, <strong>de</strong> comparação <strong>de</strong> duas estruturas setorial-espaciais, a partir da razão entre as duas<br />

estruturas econômicas, sendo consi<strong>de</strong>rada, no numerador, a “economia em estudo” (município) e, no<br />

<strong>de</strong>nominador, a “economia <strong>de</strong> referência” (estado).<br />

Desta forma, o cálculo leva em conta, no numerador, a relação entre o emprego do setor ou ativida<strong>de</strong> “x” no<br />

município “j” em estudo e, no <strong>de</strong>nominador, a relação entre o emprego do setor “x” no Estado em que está este<br />

município “j” pelo emprego total no Estado <strong>de</strong>ste município.<br />

Após os cálculos, consi<strong>de</strong>ra-se como potenciais Arranjos Produtivos Locais (APLs) aqueles setores com QL<br />

superior a 1.<br />

Vale lembrar que há estudos que adotam como critério o QL maior ou igual a dois ou três. Em quaisquer das<br />

situações (QL superior a 1, 2 ou 3), o resultado indica que a especialização do município “j” na ativida<strong>de</strong> ou setor<br />

“x” é superior à especialização do conjunto do Estado nessa ativida<strong>de</strong> ou setor (Silva et al., 2008). Nossa opção<br />

por analisar os QLs superior a 1 <strong>de</strong>ve-se ao fato dos municípios em análise serem pequenos, <strong>de</strong> baixa renda e/ou<br />

estagnados.<br />

Em relação aos dados da RAIS, cabe mencionar que sua utilização para este exercício justifica-se pela<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>sagregação setorial e geográfica dos dados, o que permite <strong>de</strong>sagregá-los até o nível municipal<br />

e, em termos setoriais, até o nível <strong>de</strong> subsetores da ativida<strong>de</strong> econômica seguindo a Classificação Nacional <strong>de</strong><br />

Ativida<strong>de</strong> Econômica (CNAE).<br />

Por outro lado, é sabido que esta base <strong>de</strong> dados traz consigo a restrição <strong>de</strong> somente contemplar o emprego<br />

formal, não permitindo, portanto, medir a “força” da economia/empreendimentos informais, constituída <strong>de</strong><br />

pequenas empresas familiares e outras ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pequena escala; empreendimentos estes <strong>de</strong> importância<br />

nesta pesquisa.<br />

Por estas limitações, este exercício nos serviu apenas como ponto <strong>de</strong> partida para aplicação dos questionários e<br />

mapeamento <strong>de</strong> setores estratégicos e potenciais do município, e outros perfis <strong>de</strong> estabelecimentos (inúmeros<br />

informais, por exemplo).<br />

Os dados para <strong>Ubatuba</strong> (Quadro 1) apontam, para o ano <strong>de</strong> 2010, os seguintes setores potenciais:<br />

1 - alojamento e comunicação um QL excepcionalmente elevado (o que será fruto <strong>de</strong> investigação <strong>de</strong>sse<br />

relatório) sai <strong>de</strong> 2,554 para 2,818 em 2010; comércio varejista (QL <strong>de</strong> 1,981, cai para 1,766); serviços médicos,<br />

odontológicos e veterinários (QL <strong>de</strong> 1,062, sobe para 1,302); agricultura (QL <strong>de</strong> 0,142, cai para 0,104);<br />

administração pública (QL <strong>de</strong> 1,192, cai para 1,066), serviço <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> pública (QL <strong>de</strong> 1,743, cai para 1,208) e<br />

construção civil (QL <strong>de</strong> 0,622, sobe para 1,100).<br />

Quando se comparam estes dados com o ano <strong>de</strong> 2000, a análise da década nos traz algumas questões<br />

interessantes.<br />

Por exemplo, no caso da construção civil, este setor apresentava QL <strong>de</strong> 0,622, e passou para 1,100, o que po<strong>de</strong><br />

revelar dinamismo neste setor ao longo <strong>de</strong>ste período, embora possa ter outro significado para a cida<strong>de</strong> como<br />

um todo.

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