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Diagnóstico Urbano Socioambiental | Município de Ubatuba - Litoral ...

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só. Depois tem que ir pra cida<strong>de</strong>. A prefeitura ainda dá o cartão, eles não pagam passagem. Mas problema <strong>de</strong><br />

ônibus nós temos porque é pouco horário”.<br />

“A parte aqui do norte em relação à prefeitura é bem abandonada. A relação com o município é muito restrita<br />

à escola local, mas não existe biblioteca. Aqui é só lousa e giz”.<br />

“Tem alguns professores que falam sobre cultura quilombola. Depen<strong>de</strong> do professor. A lei existe, mas não<br />

significa que ela seja cumprida”.<br />

No campo da infraestrutura urbana, o saneamento básico e o tratamento e <strong>de</strong>stinação do lixo, aparecem como<br />

gran<strong>de</strong>s gargalos, sendo classificados como precários e onerosos. Nos bairros mais afastados outras questões <strong>de</strong><br />

infraestrutura, como a pavimentação, o transporte público e o acesso a energia elétrica, são citados como<br />

problemas a serem equacionados.<br />

Segundo entrevistados nos grupos <strong>de</strong> pesquisa e <strong>de</strong> organizações da socieda<strong>de</strong> civil, a região central da cida<strong>de</strong> é<br />

provida <strong>de</strong> re<strong>de</strong> <strong>de</strong> esgoto, mas muitos bairros permanecem sem cobertura.<br />

“A cobertura <strong>de</strong> saneamento básico é <strong>de</strong> apenas 30%”, afirma uma organização entrevistada. A re<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

drenagem é precária e são comuns os alagamentos, mesmo na área central. É necessário fazer um<br />

saneamento a<strong>de</strong>quado à realida<strong>de</strong> do município, comentam os interlocutores na oficina.<br />

“Na Estufa, quando chove, alaga tudo. Não tem uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> esgoto; a re<strong>de</strong> só foi até ali naqueles dois postes<br />

<strong>de</strong> morro ali e parou (...) <strong>Ubatuba</strong> inteiro alaga quando chove (...) Aqui no centro tem re<strong>de</strong> <strong>de</strong> esgoto, mas<br />

alaga também quando dá chuva grossa”<br />

“Lá on<strong>de</strong> eu moro, eles estão fazendo a re<strong>de</strong> (...) on<strong>de</strong> eu moro tem asfalto, mas re<strong>de</strong> <strong>de</strong> esgoto não. O esgoto<br />

é jogado no rio”.<br />

Segundo os entrevistados dos grupos <strong>de</strong> pesquisa e entida<strong>de</strong>s organizadas, a coleta <strong>de</strong> lixo é regular, sobretudo<br />

na temporada. Depois <strong>de</strong>sse período, a regularida<strong>de</strong> cai. Menciona-se que a coleta seletiva está em fase inicial <strong>de</strong><br />

implantação, pouco abrangente e não seria eficiente, principalmente na temporada. Nos bairros on<strong>de</strong> já está<br />

operando parece haver problemas na regularida<strong>de</strong> do serviço.<br />

“Coleta <strong>de</strong> lixo para nós aqui agora está melhorando um pouco mais. Vem na temporada, <strong>de</strong>pois cai (...) na<br />

temporada funciona bem, <strong>de</strong>pois eles passam um dia ou outro (...) lá em Picinguaba fizeram uma casinha<br />

para por o lixo. Fica lá 15 dias, <strong>de</strong> vez em quando o caminhão passa. Agora, quando é temporada que tem<br />

bastante lixo, toda sexta-feira ele está lá (...) a seletiva, diz que tem (...) mas não é em todo lugar que tem.<br />

Surgiu há pouco tempo (...) na minha casa não passa, tanto é que eu até parei <strong>de</strong> separar o lixo<br />

“A coleta seletiva é muito fraca. O caminhão fica semanas sem aparecer (...) você passa na mesma rua três<br />

dias e você vê o mesmo lixo, isso acontece”<br />

“No Brasil, o perfil do nosso lixo, 48% é orgânico. Aqui não tem cooperativa <strong>de</strong> catadores. Existia, mas não foi<br />

pra frente”.<br />

“Em época <strong>de</strong> temporada o caos aqui quadriplica. O município que se diz que tem uma natureza exuberante,<br />

não existe uma coleta seletiva eficiente”.<br />

Comenta-se que o lixo doméstico vai para Tremembé, o que, segundo entrevistados <strong>de</strong> organizações e da<br />

pesquisa <strong>de</strong> opinião, implica em elevados gastos em razão da distância percorrida, o que onera em <strong>de</strong>masia o<br />

município. Havia um lixão que fechou, mas seus impactos negativos ainda são visíveis no município.<br />

“O lixo está indo para Tremembé. Dizem que pagam 3 mil reais cada viagem do caminhão, não sei se é<br />

verda<strong>de</strong> (...) é bastante dinheiro que vai para fora (...) antigamente tinha um lixão aqui, mas interditou (...) o<br />

lixão não funciona mais, só que está lá e quando chove está caindo no rio (...) po<strong>de</strong> ser que hoje <strong>de</strong>u uma<br />

paradinha, mas eu creio que chovendo aquilo ali vai entrando no solo” .<br />

“O dinheiro gasto diariamente para o transbordo do lixo, é algo que dói no coração. Por mês, gasta-se<br />

milhões”.

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