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Diagnóstico Urbano Socioambiental | Município de Ubatuba - Litoral ...

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Convênio Petrobras Instituto Pólis | Relatório nº 6<br />

<strong>Diagnóstico</strong> <strong>Urbano</strong> <strong>Socioambiental</strong> | <strong>Município</strong> <strong>de</strong> <strong>Ubatuba</strong><br />

BASE DAS INFORMAÇÕES: ATÉ 2012 REVISÃO DE MARÇO DE 2013<br />

Resolução 399, <strong>de</strong> 22/2/2006<br />

Divulga o Pacto pela Saú<strong>de</strong> 2006 – Consolidação do SUS e aprova as diretrizes operacionais do referido pacto.<br />

Portaria GM/MS nº 699/06 – Regulamenta as Diretrizes Operacionais dos Pactos, pela Vida e <strong>de</strong> Gestão.<br />

Portaria GM/MS nº 3.085/06 – Regulamenta o Sistema <strong>de</strong> Planejamento do SUS.<br />

Mais informações <strong>de</strong> legislação da saú<strong>de</strong> na página da Biblioteca Virtual em Saú<strong>de</strong> do Ministério da Saú<strong>de</strong><br />

i Para Ramírez y Benito (2000:48) i , o <strong>de</strong>senvolvimento local po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finido como um “proceso <strong>de</strong> crecimiento económico com<br />

cambio estructural que conduce a uma mejora <strong>de</strong>l nivel <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> la población local, creando empleo, renta y riqueza por y para la<br />

comunidad local”.<br />

Face esta conceituação, é importante <strong>de</strong>stacar que tal i<strong>de</strong>ia não <strong>de</strong>ve negligenciar a importância das políticas macroeconômicas e as<br />

especificas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento socioeconômico e político, tais como, os <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento industrial, respeito ao meio ambiente<br />

integrados com aumento <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>, saneamento básico, saú<strong>de</strong>, i<strong>de</strong>ntificação e preservação das culturas locais, busca <strong>de</strong><br />

equida<strong>de</strong>, tanto <strong>de</strong> gênero, como <strong>de</strong> raça, e <strong>de</strong>mais ações adotadas em âmbito fe<strong>de</strong>ral, estadual e municipal - local.<br />

Não imputarmos exclusivida<strong>de</strong> no <strong>de</strong>senvolvimento local como única forma <strong>de</strong> elevar as condições socioeconômicas políticas no<br />

<strong>de</strong>senvolvimento municipal e ou regional, consi<strong>de</strong>rando também, conforme Bacelar, Tânia (MEPUS – TALLER III, 2001) i ,“ o que se<br />

procura é contribuir para a criação <strong>de</strong> um entorno favorável promovendo o <strong>de</strong>senvolvimento local, ou seja, criando as condições<br />

favoráveis para que se <strong>de</strong>senvolvam as ativida<strong>de</strong>s econômicas que já existem, porem com a participação ativa das organizações.” e no<br />

caso da agricultura local, ver Cano Wilson i (1998) on<strong>de</strong> ele <strong>de</strong>staca que: “Seja a agricultura <strong>de</strong> subsistência, seja comercial, é evi<strong>de</strong>nte<br />

as limitações impostas pelo financiamento local, a elevação dos custos <strong>de</strong> captação <strong>de</strong> exce<strong>de</strong>nte agrícola que a intermediação<br />

comercial e financeira pratica”. Ou seja, na maioria das vezes os alimentos produzidos localmente, não conseguem alcançar os<br />

circuitos longos da economia, ficando restrito aos circuitos curtos, a <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compras governamentais, e <strong>de</strong> festas tradicionais<br />

que po<strong>de</strong>m atrair os turistas.<br />

Assim sendo utilizamos conceitos – teóricos assentados nos estudos apresentados nas diversas bibliografias, visando apreen<strong>de</strong>r<br />

aspectos do <strong>de</strong>senvolvimento local e sustentável, pensadas e implementadas <strong>de</strong> modo a contribuírem para a exitosa consecução das<br />

políticas locais. Afinal, questões cruciais no <strong>de</strong>bate acerca do <strong>de</strong>senvolvimento econômico, tais como taxa <strong>de</strong> juros, nível <strong>de</strong><br />

investimento, taxa <strong>de</strong> câmbio, diminuição da taxa <strong>de</strong> fecundida<strong>de</strong>, (janela <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>, para <strong>de</strong>ntre outros, aumentar a relação<br />

<strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong>cente), aumento da longevida<strong>de</strong> (enseja reorganização territorial e da previdência <strong>de</strong> modo diferente do existente<br />

hoje) bem como, percentual <strong>de</strong> repasses aos municípios e <strong>de</strong> gastos em <strong>de</strong>terminadas políticas locais, são <strong>de</strong>cisões tomadas em<br />

âmbito fe<strong>de</strong>ral (ou estadual) e que po<strong>de</strong>m ajudar ou inviabilizar ações, programas e projetos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento local. Nesta<br />

perspectiva, <strong>de</strong> acordo com Ortega (2008:74) i : “na base <strong>de</strong>sse <strong>de</strong>senvolvimento territorial estaria, portanto, a i<strong>de</strong>ntificação ou criação<br />

<strong>de</strong> uma cultura no território centrada na crença em uma perspectiva <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, alicerçada em capacida<strong>de</strong>s e recursos<br />

existentes em nível territorial, no aproveitamento <strong>de</strong> recursos humanos, na mobilização <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s e valores, com o objetivo <strong>de</strong> criar<br />

uma trajetória <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento”.<br />

Assim, percebe-se que o conceito <strong>de</strong> “local” e <strong>de</strong> “território”, cada vez mais utilizados e mencionados, adquirem um caráter<br />

“polissêmico” (Ortega, 2008:51). Cassiolato & Szapiro (2003) i concebem o local e a territorialida<strong>de</strong> a partir da i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong><br />

“inter<strong>de</strong>pendências específicas da vida econômica”, não apenas <strong>de</strong>finida como localização da ativida<strong>de</strong> econômica. Na visão dos<br />

autores, uma ativida<strong>de</strong> é totalmente territorializada quando sua viabilida<strong>de</strong> econômica está enraizada em “ativos”, que incluem<br />

práticas e relações sociais, não disponíveis em outros locais e que não po<strong>de</strong>m, instantaneamente, serem criadas ou imitadas em<br />

lugares que não as tem.<br />

Trata-se, portanto, do <strong>de</strong>senvolvimento “endógeno” <strong>de</strong> economias <strong>de</strong> dinâmicas territorializadas, assentadas na cooperação, na<br />

aprendizagem, nos conhecimentos tácitos, nas culturas técnicas específicas e nas inter-relações sinérgicas (Reis, 2002, apud Ortega,<br />

2008: 53).<br />

A i<strong>de</strong>ia do <strong>de</strong>senvolvimento endógeno baseia-se na visão que os sistemas produtivos consistem em um conjunto <strong>de</strong> fatores materiais<br />

e imateriais que permitem que as economias locais e regionais adotem caminhos para o crescimento econômico e o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

social. As trajetórias a serem seguidas por essas economias <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m tanto dos recursos internos como sua adaptação e/ou<br />

aproveitamento dos estímulos das políticas macro, regional, industrial e <strong>de</strong>mais políticas setoriais.<br />

Desta forma, ao se referir ao <strong>de</strong>senvolvimento local há que consi<strong>de</strong>rar a importância das seguintes dimensões: a) econômica:<br />

relacionada com a criação, acumulação e distribuição da riqueza; b) social e cultural: implica qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, equida<strong>de</strong> e integração<br />

social; c) ambiental: se refere aos recursos naturais e a sustentabilida<strong>de</strong> dos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> médio e longo prazo e d) política: trata-se <strong>de</strong><br />

aspectos relacionados à governança territorial, bem como ao projeto coletivo in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte e sustentável. Tecidas estas<br />

consi<strong>de</strong>rações iniciais, acredita-se que é possível avançarmos rumo a uma concepção sistêmica <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento local, ou,<br />

conforme se referiu Paula (2008) i , na sua visão <strong>de</strong> Desenvolvimento Local Integrado e Sustentável - DLIS.<br />

ii É importante <strong>de</strong>stacar que os recursos oriundos da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> óleo e gás do Pré-Sal, além dos impactos diretos na geração <strong>de</strong><br />

emprego e renda, po<strong>de</strong>m significar mudanças profundas em problemas estruturais da economia e socieda<strong>de</strong> brasileira. De acordo<br />

com Almeida ii , a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estruturação <strong>de</strong> um Fundo Soberano composto pelas receitas da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> óleo e gás po<strong>de</strong>ria<br />

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