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Diagnóstico Urbano Socioambiental | Município de Ubatuba - Litoral ...

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Convênio Petrobras Instituto Pólis | Relatório nº 6<br />

<strong>Diagnóstico</strong> <strong>Urbano</strong> <strong>Socioambiental</strong> | <strong>Município</strong> <strong>de</strong> <strong>Ubatuba</strong><br />

4.2.3. O TURISMO – Potencialida<strong>de</strong> pouco explorada<br />

BASE DAS INFORMAÇÕES: ATÉ 2012 REVISÃO DE MARÇO DE 2013<br />

A vocação turística <strong>de</strong> <strong>Ubatuba</strong> é apontada como a característica mais importante do município entre todos os<br />

segmentos entrevistados, tanto na socieda<strong>de</strong> civil organizada como nos grupos <strong>de</strong> pesquisa. O que chama a<br />

atenção é que a “importância” <strong>de</strong>sta vocação é evi<strong>de</strong>nciada por uma avaliação negativa em relação ao turismo. É<br />

voz corrente <strong>de</strong> que não é dado ao turismo a “centralida<strong>de</strong>” que <strong>de</strong>veria ter, tendo em vista todo o potencial<br />

natural, histórico e cultural que o município têm ou já teve. Avalia-se que o potencial turístico é mal aproveitado<br />

pela ausência <strong>de</strong> uma política municipal voltada para o turismo; que as belezas naturais e a riqueza cultural,<br />

principalmente das comunida<strong>de</strong>s tradicionais, não é potencializada e divulgada; que a cida<strong>de</strong> não é estruturada<br />

para atrair e receber os turistas; que o município fica <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do veranismo restrito à temporada e não<br />

investe no turismo sustentável; que o mo<strong>de</strong>lo do turismo “veranista” sujeita a população à sazonalida<strong>de</strong> dos<br />

empregos. Para ilustrar a fragilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste mo<strong>de</strong>lo veranista, foram citados na oficina, os exemplos das praias<br />

europeias, que segundo os participantes faliram.<br />

“Não há divulgação da cida<strong>de</strong>, das suas belezas naturais (cachoeiras e não só praias)”.<br />

“Tem vários pontos turísticos em <strong>Ubatuba</strong>, mas que não é divulgado para fora. Cachoeira do Ipiranguinha é<br />

<strong>de</strong>stratado, não é informado como ponto turístico porque o bairro é consi<strong>de</strong>rado violento”<br />

“Tudo aqui <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do turismo, po<strong>de</strong>ria ser melhor aproveitado, falta uma política melhor <strong>de</strong><br />

aproveitamento do turismo aqui na cida<strong>de</strong>”.<br />

“Para o turismo ser mais permanente e não só na temporada é preciso que o município, a gestão publica<br />

olhar melhor esta questão, valorizar a cultura, e não só das comunida<strong>de</strong>s tradicionais, mas <strong>de</strong> todas. A gestão<br />

publica esta muito ruim, é só <strong>de</strong>sgraça. Por exemplo, tem os navios que estão atracando em <strong>Ubatuba</strong> e a<br />

prefeitura recebe um recurso toda vez que chega um navio. Isto é mais valorizado do que a cultura local, e<br />

eles não fazem uma ponte <strong>de</strong>ste turista do navio com as comunida<strong>de</strong>s que po<strong>de</strong>riam ser visitadas”.<br />

“Aqui não é uma cida<strong>de</strong> turística, aqui é uma cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> veranistas”.<br />

“Ficamos muito à mercê da temporada. Fora da temporada sobrevivemos do dinheiro acumulado e<br />

administramos ao longo do ano”.<br />

“Todas as praias da Europa que apostaram na especulação imobiliária faliram”. Deve-se investir em<br />

infraestrutura turística das praias para acolher turistas durante todo o ano.<br />

A falta <strong>de</strong> apoio na infraestrutura turística a<strong>de</strong>quada é recorrente na avaliação dos entrevistados das<br />

organizações da socieda<strong>de</strong> civil, principalmente aquela voltada para as comunida<strong>de</strong>s tradicionais e pescadores,<br />

que segunda avaliação dos mais variados segmentos entrevistados, constituem-se em potencial importante para<br />

o <strong>de</strong>senvolvimento do município. Mencionam que existe uma distanciamento muito gran<strong>de</strong> e falta <strong>de</strong> interesse<br />

no <strong>de</strong>senvolvimento do potencial turístico das comunida<strong>de</strong>s tradicionais, por parte dos órgãos municipais<br />

responsáveis pelo turismo.<br />

“Aqui se vive basicamente do Turismo. No nor<strong>de</strong>ste existe receptivida<strong>de</strong> para o turismo, aqui não tem<br />

infraestrutura a<strong>de</strong>quada. Aqui a gente também vive do turismo por conta dos pescados. O nosso pescado é<br />

basicamente para o turismo”.<br />

“É muita falta <strong>de</strong> interesse. Eu nem sei quem tá agora (na secretaria) é tão distante... Mas relação a gente<br />

quase não tem não, é mais fácil a gente sentar com o secretário da cultura do Estado e conversar como<br />

articulação política do que com a prefeitura. A gente não tem esse acesso e ate por falta <strong>de</strong> interesse <strong>de</strong>les.<br />

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