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Diagnóstico Urbano Socioambiental | Município de Ubatuba - Litoral ...

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Convênio Petrobras Instituto Pólis | Relatório nº 6<br />

<strong>Diagnóstico</strong> <strong>Urbano</strong> <strong>Socioambiental</strong> | <strong>Município</strong> <strong>de</strong> <strong>Ubatuba</strong><br />

BASE DAS INFORMAÇÕES: ATÉ 2012 REVISÃO DE MARÇO DE 2013<br />

estas comunida<strong>de</strong>s, especialmente no que se refere à frequência <strong>de</strong> médicos e a <strong>de</strong>mora no agendamento <strong>de</strong><br />

consultas e exames. As dificulda<strong>de</strong>s levam as pessoas a recorrer ao sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Caraguatatuba.<br />

“Tem um posto <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> que o médico vem uma vez por mês e olhe lá, quando ele não fica doente ou<br />

acontece alguma coisa, os exames você tem que ir até a cida<strong>de</strong>. Enfermeira a gente tem uma se precisar, mas<br />

ela tem horários”.<br />

“A saú<strong>de</strong> aqui é precária. Igual em todo lugar, muito difícil. Só tem postinho lá na praia. Pra fazer consulta<br />

você tem que sair daqui ir até Caraguá. Nós estamos nos tratando em Caraguá, porque aqui não tem mais.<br />

Ultrassom em Caraguá, a vista em Caraguá, tudo em Caraguá”.<br />

“No postinho é só agendando. Se eu ficar doente hoje, não tem vaga, vai marcar pra daqui a 15 dias, até eu já<br />

sarei né?! Se eu tô doente hoje. Eles falam que não tem vaga daí encaminha para o pronto socorro, o pronto<br />

socorro faz aquela vistoria geral. O médico pergunta o que você tem. Se tá com dor <strong>de</strong> cabeça ele anota lá e<br />

pega o remédio. Você entra <strong>de</strong> frente e sai <strong>de</strong> costas”.<br />

“A comunida<strong>de</strong> comprou o material para fazer posto da região. Vão iniciar os mutirões logo mais. Muito<br />

tratamento é feito em Caraguatatuba”.<br />

Nos grupos <strong>de</strong> pesquisa e em organizações da socieda<strong>de</strong> civil, ainda que se mencionem avanços na educação,<br />

sobretudo no que se refere à construção <strong>de</strong> novas escolas e ao papel da Escola Técnica Municipal, a falta <strong>de</strong><br />

creches e, especialmente, a dificulda<strong>de</strong> e/ou impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seguir a contento a trajetória escolar constituem<br />

os principais entraves apontados.<br />

“Aqui não tem cursos, não tem escola a<strong>de</strong>quada para você colocar seu filho. Tem escola, como ele falou,<br />

melhorou muito, mas vai até a 8ª série e acabou” .<br />

“Você não tem o apoio <strong>de</strong> uma faculda<strong>de</strong>, um cursinho para vestibular, você não tem nada que te prepare.<br />

Ninguém aqui em <strong>Ubatuba</strong> tem oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> crescer na área <strong>de</strong> educação (...) quem tem condições <strong>de</strong><br />

pagar e ir todo dia para Caraguatatuba, gastar ônibus ou combustível, essa pessoa vai... (...) aqui tinha uma<br />

faculda<strong>de</strong> e fechou (...) a gente que consegue estudar até o colegial não tem como estudar mais. Eu mesmo<br />

quero fazer uma faculda<strong>de</strong> e não tem” .<br />

“Falta creches, creche <strong>de</strong> 0 a 3 anos você não acha vaga; <strong>de</strong> 4 anos aí acha “<br />

“Educação aqui, talvez, seja uma das poucas coisas que sejam aceitáveis. Tem uma escola técnica municipal<br />

que fomenta o turismo, meio ambiente, contabilida<strong>de</strong> que supre as <strong>de</strong>mandas locais. Ainda existem escolas<br />

municipais <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>”.<br />

Nas comunida<strong>de</strong>s quilombolas mais distantes do município falam da dificulda<strong>de</strong> para dar continuida<strong>de</strong> os<br />

estudos a partir da 6ª série, por causa das longas distâncias que as crianças tem que percorrer, o que seria causa<br />

<strong>de</strong> muita evasão escolar. Os poucos horário <strong>de</strong> ônibus disponíveis, dificultam mais ainda o <strong>de</strong>slocamento das<br />

crianças e adolescentes até a escola. A educação, assim como outras políticas públicas, seriam esquecidas e<br />

abandonadas nestas longínquas comunida<strong>de</strong>s do litoral norte do município e a cultura quilombola não<br />

necessariamente é incorporada na gra<strong>de</strong> curricular das escolas.<br />

“O quilombola aqui pra po<strong>de</strong>r estudar, do 1º ate o 5º eles tem aqui, do 6º ao 9º eles tem que ir pra Puruba,<br />

que é a 25 km daqui. Se eles quiserem fazer o colegial eles tem que ir lá pra <strong>Ubatuba</strong> que são 50 km. Então sai<br />

daqui às 5 da manhã e retorna umas 14h 15h. Então você tem uma evasão escolar muito gran<strong>de</strong>.<br />

“A educação também é outro problema por causa do ônibus... Ônibus só tem as 6 horas, 11 horas e <strong>de</strong>pois 6<br />

horas da tar<strong>de</strong>... O escolar ali pra Itamambuca, que leva as crianças só ali, que é <strong>de</strong> graça, até a quarta série<br />

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