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Diagnóstico Urbano Socioambiental | Município de Ubatuba - Litoral ...

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Este é o maior <strong>de</strong>safio dos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da atualida<strong>de</strong>, e que não é exclusivo <strong>de</strong> <strong>Ubatuba</strong>: como<br />

enfrentar os problemas <strong>de</strong>correntes da (<strong>de</strong>s)organização do trabalho e do tempo livre das pessoas, da<br />

<strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> social e do estilo <strong>de</strong> vida, que se traduzem em obesida<strong>de</strong>, hipertensão, diabetes, agravos<br />

<strong>de</strong>vidos a violência e/ou insegurança, <strong>de</strong>pressão, stress, alcoolismo e drogas, uso abusivo <strong>de</strong> medicamentos,<br />

entre outros.<br />

Cabe ressaltar que o enfrentamento a<strong>de</strong>quado <strong>de</strong>ssas questões <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> principalmente <strong>de</strong> ações<br />

intersetoriais, envolvendo além da saú<strong>de</strong> as áreas <strong>de</strong> educação, cultura, trabalho, segurança alimentar,<br />

esportes e lazer, inclusão social, habitação, meio ambiente, segurança, entre outros. Estas ações <strong>de</strong>vem se<br />

preocupar com a melhora das condições <strong>de</strong> vida em geral. Mas, a área da saú<strong>de</strong> tem um papel essencial na<br />

a<strong>de</strong>quada articulação das <strong>de</strong>mais áreas! O setor saú<strong>de</strong> precisa assumir ativamente este papel, propondo<br />

ações integradas. Esta é a essência da necessária mudança do chamado mo<strong>de</strong>lo assistencial, que precisa<br />

evoluir do atendimento das chamadas “condições agudas” para uma intervenção que contemple com a<br />

mesma importância as <strong>de</strong> promoção da saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong> prevenção, <strong>de</strong> cura e as reabilitação. Fala-se <strong>de</strong> uma<br />

concepção <strong>de</strong> re<strong>de</strong> <strong>de</strong> atenção à saú<strong>de</strong> – a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> cuidados - que se estruture a partir da atenção básica,<br />

com uma assistência continuada às condições crônicas, humanizada e acolhedora das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cada<br />

usuário - que para tanto precisa ser territorializada, com cada unida<strong>de</strong> assumindo a responsabilida<strong>de</strong> pela<br />

saú<strong>de</strong> da população <strong>de</strong> sua área.<br />

Em qualquer cida<strong>de</strong>, esta é a principal função do sistema municipal <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. E só se consegue avançar nesta<br />

função implementando uma gestão participativa, que extrapola a visão reducionista da participação apenas<br />

como controle e fiscalização dos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>: exige-se uma nova relação com o conjunto dos<br />

trabalhadores da saú<strong>de</strong>, para que estes mu<strong>de</strong>m sua forma <strong>de</strong> se relacionar com o público, <strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> vê-lo<br />

apenas como <strong>de</strong>mandante <strong>de</strong> cuidados, e sim como o principal agente da sua própria saú<strong>de</strong> e condições<br />

melhores <strong>de</strong> vida. Este é o objetivo principal da chamada educação popular para a saú<strong>de</strong>: a transformação do<br />

“paciente” em sujeito, ativo, responsável pela sua saú<strong>de</strong> – em síntese, um cidadão. E uma iniciativa neste<br />

sentido precisa começar por uma nova relação do gestor com o Conselho Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, além dos<br />

conselhos gestores das unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e as entida<strong>de</strong>s e os movimentos sociais.<br />

Estas consi<strong>de</strong>rações reforçam a importância <strong>de</strong> valorizar o conjunto dos Termos <strong>de</strong> Compromisso <strong>de</strong> Gestão,<br />

assumidos formalmente pela Secretaria <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> ao a<strong>de</strong>rir ao Pacto pela Saú<strong>de</strong>. Deve ficar claro que aqueles<br />

compromissos ainda “não realizados” precisam ser encaminhados em conjunto, e que só produzirão<br />

resultados com a evolução do mo<strong>de</strong>lo assistencial vigente, que se traduza numa mudança do papel do<br />

“sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>” junto à socieda<strong>de</strong>. Afinal, é a população que o financia, e que merece viver melhor, viver<br />

mais tempo, morrer mais tar<strong>de</strong> – mas que para isso precisa contar com uma atenção à sua saú<strong>de</strong> que<br />

estimule o autocuidado, a autonomia e o <strong>de</strong>senvolvimento pleno da cidadania.<br />

13. CULTURA<br />

13.1 Breve histórico<br />

<strong>Ubatuba</strong> é consi<strong>de</strong>rada uma Estância Balneária. A origem tupi <strong>de</strong> seu nome significa "abundância <strong>de</strong> cana<br />

silvestre", "bosque <strong>de</strong> cana silvestre". Al<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> Iperoig foi o nome inicial <strong>de</strong> <strong>Ubatuba</strong>, quando esta começa a<br />

aparecer na história brasileira.<br />

Os primeiros habitantes da região foram os índios Tupinambá, hoje uma etnia praticamente extinta. As<br />

guerras foram muitas e os Tupinambás <strong>de</strong> Iperoig se organizaram para <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r suas terras, formando a<br />

Confe<strong>de</strong>ração dos Tamoios. Alguns Jesuítas, como Manuel da Nóbrega e José <strong>de</strong> Anchieta saíram <strong>de</strong> <strong>de</strong> São<br />

Vicente com <strong>de</strong>stino a Al<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> Iperoig na missão <strong>de</strong> pacificar os índios. Mas a pacificação não foi tão fácil,<br />

José <strong>de</strong> Anchieta virou prisioneiro dos índios durante vários meses, “enquanto Nóbrega voltou a São Vicente<br />

para finalizar o Tratado <strong>de</strong> Paz que passou a figurar na História do Brasil como “A paz <strong>de</strong> Iperoig” (Primeiro

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