Diagnóstico Urbano Socioambiental | Município de Ubatuba - Litoral ...

Desenvolve-se mais especificamente no Parque Estadual da Serra do Mar – Núcleos Picinguaba e Santa
Virgínia, nos municípios de Ubatuba, São Luiz do Paraitinga e Natividade da Serra, no Estado de São Paulo. Em
Ubatuba estão participando do projeto as seguintes entidades produtivas: Associação de Moradores do
Quilombo do Camburi, Associação de Moradores do Quilombo da Fazenda, Associação Catifó da Praia Grande
do Bonete, Associação de Moradores e Amigos do Corcovado e Sociedade Amigos do Sertão do Ubatumirim.
O Projeto se “fundamenta na divulgação e expansão da utilização dos frutos da palmeira juçara para produção
de polpa alimentar e seu uso na culinária; consolidação de sua cadeia produtiva, por meio da difusão do
manejo sustentável da juçara para geração de renda, associada a atividades de recuperação da espécie e da
Mata Atlântica; e a reconversão produtiva de áreas, contribuindo com a fixação de carbono”.
“É fruto da construção conjunta com as comunidades rurais e tradicionais onde as instituições atuam, com
apoio de parceiros locais, sendo elas foco deste projeto. O projeto tem objetivos de consolidação,
recuperação e monitoramento da espécie, utilizando metodologias participativas e articulação em rede que
envolve outras instituições em diversos estados brasileiros, além de diversas ações de divulgação e
comunicação do projeto e seus resultados”.
“A metodologia proposta procura estimular a participação das comunidades e agricultores em todas as etapas
dos projetos e dos empreendimentos, para que possuam uma visão completa de todas as fases da cadeia
produtiva. Procura-se garantir as atividades produtivas e extrativistas tradicionais problematizando as
realidades de conservação dos recursos naturais, dos mercados, do planejamento, das formas de organização
e de associativismo e da contabilidade das atividades e dos resultados. Procura-se estabelecer uma visão
sistêmica dos seus empreendimentos, subdivididos em 3 segmentos: a produção de matérias primas; a
transformação dos produtos; e a comercialização” (Site IPEMA)
A polpa da juçara já está integrando com êxito o rol dos produtos comercializados pelas comunidades
quilombolas e da agricultura familiar para a alimentação escolar.
12.2.1.b.3 Ampliar o acesso e qualificar os serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural;
Há necessidade de se ampliar e organizar melhor a assistência técnica.
A equipe de Assistência Técnica e Extensão Rural da Secretaria Municipal de Agricultura, Pesca e Meio
Ambiente é pequena, contando com uma secretária, uma bióloga, um especialista em pesca, um especialista
em maquinário e dois motoristas de tratores para preparar a terra para todos os produtores.
São vagas de livre nomeação e normalmente preenchidas de acordo com interesses políticos.
A Secretaria presta um serviço de preparo do solo para os produtores cadastrados, realizam a recuperação de
áreas com adubação verde e atendem apenas as áreas sem restrição ambiental. Possuem dois tratores e os
implementos, voltados inclusive para a produção da agricultura orgânica. São atendidos aproximadamente de
30 a 40 produtores, com maior intensidade entre os meses de fevereiro a junho, por conta principalmente das
hortaliças.
No quilombo do Camburi há um trabalho com hortas e coletores de semente, mas como tiveram alguns
problemas internos e perderam toda a produção, não quiseram se organizar novamente. No quilombo da
Caçandoca tentaram fazer hortas, mas não houve continuidade.
Também não houve continuidade no projeto de maricultura, com o Ministério da Pesca.
Não existem grupos de mulheres rurais ou pescadoras para geração de renda assistidos pela Secretaria.
A Secretaria vem realizando o trabalho de fomentar a agricultura orgânica. Participa da comissão de orgânicos
em São Paulo e vai realizar a Sétima Semana do Alimento Orgânico, evento que acontece anualmente.
Realizam visitas às hortas orgânicas, com assessoria da equipe do Ministério da Agricultura e está em curso a
implantação do sistema de certificação participativa. Por enquanto, apenas cinco produtores foram
cadastrados para a certificação participativa pelo Ministério da Agricultura, mas em Ubatumirim, são quase
quarenta produtores, que produzem banana e outras culturas.