03.06.2013 Views

Diagnóstico Urbano Socioambiental | Município de Ubatuba - Litoral ...

Diagnóstico Urbano Socioambiental | Município de Ubatuba - Litoral ...

Diagnóstico Urbano Socioambiental | Município de Ubatuba - Litoral ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Convênio Petrobras Instituto Pólis | Relatório nº 6<br />

<strong>Diagnóstico</strong> <strong>Urbano</strong> <strong>Socioambiental</strong> | <strong>Município</strong> <strong>de</strong> <strong>Ubatuba</strong><br />

BASE DAS INFORMAÇÕES: ATÉ 2012 REVISÃO DE MARÇO DE 2013<br />

“Cerca <strong>de</strong> R$10 milhões anuais são gastos para o tratamento dos resíduos sólidos do município”.<br />

O transporte público é mencionado <strong>de</strong> forma recorrente nas comunida<strong>de</strong>s mais distantes como um problema,<br />

por causa da sua <strong>de</strong>mora ou mesmo pela <strong>de</strong>pendência da população do transporte escolar. Só embarcam<br />

quando tem lugar e que nos períodos <strong>de</strong> férias, finais <strong>de</strong> semana e feriados não funciona.<br />

“Aqui não existe nenhuma infra <strong>de</strong> banco, correio, lotérica. Tem que fazer tudo no centro. Ônibus passa aqui<br />

<strong>de</strong> 40 em 40 minutos”.<br />

“E os dias <strong>de</strong> feriado não tem ônibus pra nós. Nem sábado, nem domingo, nem nas férias. A gente tem que<br />

sair daqui e pegar lá na pista. Dias <strong>de</strong> sábado nós só temos as 9 horas e as 11 horas. Depois acabou, não tem<br />

mais, dois horários só.... Nós não temos ônibus, digamos assim, do povo. É ônibus escolar”.<br />

A PAVIMENTAÇÃO da cida<strong>de</strong> é alvo <strong>de</strong> inúmeras críticas. Há bairros ainda não pavimentados e as ruas<br />

<strong>de</strong>masiadamente esburacadas causam transtornos à população.<br />

“Tem lugar que nem asfaltado foi, é só buraco (...) tem vários lugares na Praia Gran<strong>de</strong> que tem buracos que<br />

se você visse, fica com dó <strong>de</strong> andar com moto ou com carro”<br />

“Só tem buraco na cida<strong>de</strong>, o turista fica assustado (...) o asfalto, eles colocam uma película <strong>de</strong> qualquer jeito<br />

lá, que aqui quando chove fica cheio <strong>de</strong> buraco. Então já cansei <strong>de</strong> trocar amortecedor da moto porque é<br />

muita buraqueira (...) até nossas bicicletas fura pneu, quebra correia”<br />

Em uma das Comunida<strong>de</strong>s Quilombolas foi levantado o problema do acesso a energia elétrica, tendo em vista as<br />

dificulda<strong>de</strong>s enfrentadas para a sua liberação para as casas que se encontram na área <strong>de</strong> parque, especialmente<br />

para as moradias <strong>de</strong> jovens quilombolas que constituem novas famílias.<br />

“Temos outro grave problema também, por ser área congelada, nem luz nós temos. Tem que fazer novos<br />

postes né?! Minha filha casou, só aumentou um pouquinho ali, eu <strong>de</strong>i o quarto pra ela, ela construír a cozinha<br />

e o banheiro, lógico que vai casar e não vai viver todo mundo junto no mesmo buraco só, numa casinha só.<br />

Não fez uma nova construção, ela fez uma cozinha e um banheiro, quartinho ela ficou no <strong>de</strong>la mesmo. Daí<br />

fechamos a casa, dividi a casa com ela, porque eram em quatro filhos, agora só to com um menino em casa, a<br />

outra casou. A gente comprou um poste padrão com dois relógios e tá quase um ano, e ele não consegue ligar<br />

a luz <strong>de</strong>le até hoje porque a área é congelada. Não liberam acesso porque põem Itesp no meio e liga pra<br />

central em São Paulo que joga pra <strong>Ubatuba</strong>, <strong>Ubatuba</strong> joga pra são Paulo. Ele tá enrolado, não consegue ter a<br />

luz <strong>de</strong>le. A gente tá usando a luz junto e tá vindo muito alta e ele sem trabalhar, que ele tá doente também,<br />

com a coluna machucada e nossa luz tá vindo sempre 30 e pouco. A gente faz a maior economia”.<br />

<strong>Ubatuba</strong> possui uma área rural produtiva e parques com potencial para serem melhor explorados para a<br />

produção <strong>de</strong> alimentos e uma ativida<strong>de</strong> pesqueira a ser melhor estruturada. Portanto <strong>Ubatuba</strong> tem a<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> incrementar a política <strong>de</strong> abastecimento do município. Esta percepção surgiu em várias<br />

entrevistas e na oficina com as organizações da socieda<strong>de</strong> civil.<br />

“É preciso ter incentivo à criação <strong>de</strong> campos <strong>de</strong> produção agrícola que fomentem a ca<strong>de</strong>ia produtiva do<br />

turismo local”.<br />

“Gran<strong>de</strong> potencialida<strong>de</strong> é o parque estadual. Possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> fomento <strong>de</strong> pequena produção agrícola<br />

familiar nas áreas do parque, com a população resi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> áreas do parque”.<br />

“A gente não consegue ter uma estrutura <strong>de</strong> armazenamento <strong>de</strong>ssa produção (do pescado), para no tempo<br />

certo estar colocando ela no mercado ou mesmo agregar valor”.<br />

É forte na lembrança a fazenda “do japonês” que, pelos relatos na pesquisa qualitativa, produzia em gran<strong>de</strong><br />

escala, mas para abastecer o mercado <strong>de</strong> São Paulo. Hoje essa fazenda está <strong>de</strong>sativada e há produção <strong>de</strong><br />

79

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!